"Se barateia a vida quando se tem uma progressão [de pena] muito generosa", diz Moro, sinalizando concordância com Bolsonaro. "O regime tem de ser mais rigoroso nesses casos", diz ele citando homicídios.
Para o juiz da Lava Jato, a "grande corrupção" também deve ter regras diferenciadas de progressão de pena.
Bolsonaro diz que tirou férias em vez de deixar o magistrado porque queria garantir cobertura à família caso lhe ocorresse alguma coisa entre sua saída da Justiça e sua entrada no governo. (Nesse período, ele continua tendo direito ao auxílio moradia)
Repórter perguntou se Moro não temia ser tratado como um "troféu" por Bolsonaro. O juiz responde: "não acredito nisso".
Moro defende a redução da maioridade penal para 16 anos em casos de crime como homicídio e estupro.
"Há uma situação de declarações pretéritas, mas estamos falando de futuro", diz Moro quando uma repórter pergunta o que ele acha das declarações de Bolsonaro sobre homossexuais, tortura, ditadura e opositores.
"Não vejo nada além de receios infundados", diz Moro sobre possibilidade de implementação por Bolsonaro de políticas públicas que prejudiquem as minorias.
Moro considerou "incipientes" as suspeitas de crimes financeiros de Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda. "Me pareceu ser bastante dedicado e bastante competente", além de "extremamente correto", disse Moro sobre ele. Guedes é investigado pelo MPF por suposta gestão temerária
Desculpem, o correto é: Moro diz que tirou férias...
