Thread by @AlemD4sSombras

Parece haver um esforço por parte de certos setores em manter parte da população brasileira com raiva e indignada, tanto por anúncios à imprensa quanto pelas campanhas de desinformação nas redes sociais.

Isso não é por acaso. Segue a thread.

Raiva e indignação são as emoções que mais geram engajamento nas redes. Uma torrente contínua de notícias e anúncios ajuda a manter a base de apoio engajada. Ao mesmo tempo, tem outra função: a de cortina de fumaça.

Temos uma espécie de ciclo sem fim (perdão, Rei Leão): anúncio de medidas ou declarações "polêmicas" -> indignação e engajamento -> manifestações contra -> volta-se atrás no anúncio

E, enquanto isso, outras coisas que eram para ter atenção são menos priorizadas

E, caso isso não funcione, apela-se para outra medida: o "scapegoating" (ou criação de bodes expiatórios): grupos ou setores que são apontados como inimigos ou entraves no caminho da "ordem e progresso". Temos visto isso nos EUA de Trump com boa parte da imprensa

E mentiras. Mentiras, desinformações, mais mentiras, insistência nas mentiras. Tudo para manter a base engajada; Afinal, "se ele está falando é porque é verdade"

Ao mesmo tempo que se atacam as organizações capazes de desmontar essas mentiras, como: imprensa, ONGs nacionais e internacionais, e órgãos de fiscalização e controle (inclusive de dentro do próprio governo).

E aí, com essas declarações e os "balões de ensaio" acompanhados de desmentidos e revezes, se cria a armadilha quase perfeita:
- se as pessoas reagem e divulgam para criticar, cria-se a cortina de fumaça
- se as pessoas não reagirem, significa que podemos fazer isso mesmo

Como resistir e reagir sem aumentar o alcance e o engajamento (por parte da "base de apoio" e por parte da oposição também) deste tipo de declarações e propostas?

Essa é a pergunta que temos que responder, e logo.