Essa parceria com Israel para dessalinização precisa ser melhor analisada. O coordenador de engenharia química da UFCG e do Laboratório de Referência em Dessalinização, professor Kepler França, que é quem coordena o projeto, diz que pesquisa o tema há mais de 25 anos.
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Segundo ele, ao longo de 30 anos foram instalados de 3.500 a 4.000 dessalinizadores. “Já desenvolvemos dessalinização por diversos processos: térmicos, energia solar, destilação, compressão de vapor, recentemente de membrana cerâmica, que nós da UFCG que desenvolvemos.”
Segue.
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”Precisamos melhorar, óbvio. Mas o que precisamos é de mais investimento do governo federal e órgãos de fomento para incentivar cientistas brasileiros a desenvolver tecnologias e deixar de comprar membranas dos gringos, porque isso deixa o sistema absurdamente mais caro", disse.
Cada dessalinizador produzido aqui custa em média de 16 à 28 mil reais, e consegue atender uma comunidade de até 10 mil pessoas. O projeto piloto de parceria com Israel foi cotado em 75 milhões.
O especialista, engenheiro químico, e coordenador do projeto diz que não há nenhuma novidade tecnológica que Israel tenha em dessalinização que esteja à frente do que já se aplica no Brasil, em parâmetros de viabilidade para a realidade local.
Por que Bolsonaro não considera reduzir custos? Mapear o sistema atual? Investir em manutenção? Em capacitação de cientistas e profissionais brasileiros? Por que não cota com asiáticos, latino-americanos?
É muito bom sim o interesse em levar um item essencial como água à todos brasileiros, mas podemos alcançar esse objetivo com uso inteligente da verba pública. Caso contrário, parece pra nós que o interesse maior é apenas comprar equipamentos caros de Israel como manobra política.
