Thread by @JotaInfo

Em entrevista ao vivo à Globonews, o ministro da Justiça, Sergio Moro, diz que temeu medidas contra a Lava Jato, como anistias ou leis mais brandas. "Tudo podia se perder". Disse que esperou poder, no ministério, atuar como obstáculo a retrocessos e ajudar em avanços.

Moro diz que Brasil cometeu um erro no passado ao dar asilo a Cesare Battisti. Diz que gostaria que ele tivesse vindo ao Brasil antes de ser enviado à Itália, "ñ pra ser troféu", mas p/mostrar que Brasil ñ é + um refúgio p/ criminosos por motivos de natureza político-partidária.

P/ Moro, decreto de Bolsonaro facilitando posse de armas deu critérios objetivos à concessão e deu valor à palavra do cidadão, o que seria uma mudança do atual governo."Tem gente que ñ quer ter arma em casa. Ninguém vai ser obrigado. Mas respeite opinião de quem se acha +seguro"

Moro diz que não há no Ministério da Justiça e Segurança Pública qualquer estudo ou movimento sobre ampliação do porte de arma (permissão para transporte de armas pelos cidadãos, fora de suas casas). Diz que se houver projetos nesse sentido será necessária uma análise profunda.

Sobre o desafio de combater a criminalidade no país, sendo especialista em crimes financeiros e corrupção, Moro diz que métodos são os mesmos: Investigações exitosas, prender os membros das organizações, isolar líderes e identificar e congelar o patrimônio e ativos financeiros.

Moro diz que atual lei antiterrorismo tem "redação bela" que dificulta caracterizar como atos terroristas ataques como houve no Ceará, que são tipificados como crimes menores. Diz que há "temor Infundado" de que nova lei vá contra liberdade de expressão, imprensa ou manifestação.

Morodiz que houve desvirtuamento de indultos, que, muito generosos, transferiam p/fora o problema da lotação dos presídios. "Ñ se pode fazer indultos que minem a confiança no império da lei. Vamos retomar aspecto humanitário, em casos de doença terminal, deficiência grave, p. ex"

Moro diz que não está sendo suficientemente reconhecido o mérito de Bolsonaro de acabar com loteamento político dos cargos do primeiro escalão, que, segundo ele, foram preenchidos por critérios técnicos, ao contrário dos governos anteriores.

Moro diz que vai propor legislação determinando a execução de pena em segunda instância. Segundo ele, a interpretação é consistente com a Constituição, de acordo com várias decisões do STF. Diz que é possível convencer parlamentares, a partir do apoio da maioria da população.

Moro faz uma ligação entre os dois lados do governo: Diz que aprovar medidas com apoio popular (como leis penais) mobiliza capital político que pode ser usado para reformas vistas como menos populares, como a reforma da Previdência

Moro: "Qual governabilidade queremos? A de uma cleptocracia, um governo de ladrões? Aquele saudosismo da ditadura nascia do descrédito na democracia". Diz que agora há uma forma virtuosa de formar o governo.

Moro, sobre críticas de que ida p/governo prova parcialidade: Caso do presidente Lula faz parte do meu passado, ñ faz parte do meu passado nem do meu futuro. Decisões foram baseadas em fatos. Petrobras foi saqueada. Álibi de perseguição parte do princípio de que ñ houve corrupção

Ping-Pong com Moro:
- Tem medo de quê?
- No momento, ñ cumprir expectativas
- Vontade de virar min. do STF?
- Pode acontecer no futuro, ninguém planeja
- O sr. cogita aceitar 1ª ou 2ª vaga no STF?
- Quero ser bom min. da Justiça
- Moro 2022?
- Ñ existe. São ilusões, especulações.

Moro sobre caso Marielle: Acho que é muito grave e precisa ser esclarecido...Estamos com essa expectativa. Se ñ for, acho que governo federal pode tentar investigar, seja uma investigação sobre a investigação, ou transferência do caso pro governo federal, que sempre é cobrado.