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JOTA @JotaInfo
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Quem acordou cedo após Réveillon pode se perguntar por que a posse de Bolsonaro e governadores é em 1ºde janeiro. A ideia inicial era boa: diminuir tempo entre eleição e posse. Collor, eleito em 15 de novembro, esperou até 15 de março, enquanto Sarney, sem força, governou+4 meses
Como tantas coisas, data da posse é determinada pela Constituição. Uma emenda mudou-a p/ 1º de janeiro, diminuindo coexistência de um presidente com pouco poder político e um presidente eleito com força política mas sem meios de ação. Em 1994, FHC foi o primeiro a assumir na data
Já houve várias propostas para tirar a data da posse de 1º de janeiro. Há o motivo óbvio de que ninguém gosta de trabalhar após o Réveillon. A atenção das pessoas também não está focada na política. A data atual ainda desestimula a presença de autoridades estrangeiras.
A proposta de mudança de data da posse que mais avançou é a PEC 182/07, que pretende ainda acabar com reeleição. Presidente assumiria em 5 de janeiro, governadores no dia 4, p/ que pudessem viajar a Brasília no dia seguinte. Foi aprovada em primeira votação em 2015, mas ñ avançou
Uma discussão específica atrapalhou em 2015 a tramitação da PEC que mudaria a #PossePresidencial para 5 de janeiro: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ñ aceitava dar mais 5 dias de mandato pra então presidente Dilma. Por isso, a mudança só valeria a partir de 2023.
Uma correção: Rodrigo Maia em 2015 era o relator da PEC da reforma política.
Enquanto a data da #PossePresidencial ñ muda, continuamos cobrindo dia 1º. Jornalistas chegaram às 7h ao CCBB, em Brasília, p/passar por raios-x de segurança e serem levados para locais das cerimônias (Congresso, Planalto, Itamaraty). Quem cobre um local ñ pode ir ao outro
Devido ao recesso do Congresso (normalmente de 23 de dezembro a 1ºde fevereiro, a posse dos deputados e senadores é um mês após a #PossePresidencial. Assim, presidentes no Brasil assumem com Congresso antigo e, na prática, sem sessões, embora possa haver convocação extraordinária
Desde a manhã, Apoiadores de Bolsonaro se posicionam na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes. Policiais e militares são aplaudidos. Carros carregando jornalistas tendem a não ter a mesma recepção, como os jornalistas do JOTA perceberam ao ser encaminhados à Praça
Nem toda a imprensa é alvo de hostilidade dos apoiadores de Bolsonaro reunidos na Praça dos Três Poderes. Alguns entoaram cantos de apoio à Record e à Band:
Um canto inédito em qualquer #PossePresidencial no Brasil: "WhatsApp, WhatsApp! Facebook, Facebook!"
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, chegou ao Brasil p/ a posse de Bolsonaro. Cargo é equivalente ao de ministro das Relações Exteriores. Ele deve ter um encontro com Bolsonaro, que busca alinhamento com EUA e particularmente com Trump
Como a Praça dos Três Poderes tem poucas árvores, a temperatura de 27 graus parece ser maior sob o mormaço em Brasília. Os bombeiros resolveram ajudar:
O presidente eleito Jair Bolsonaro sai em comboio da Granja do Torto em direção à Catedral de Brasília. Lá, talvez haja algum tipo de culto religioso. De lá o presidente seguirá para a posse no Congresso - ainda não foi divulgado se ele usará um carro aberto a partir da Catedral.
No Congresso, os presidentes da Câmara (Rodrigo Maia), Senado (Eunicio Oliveira) e STF (Dias Toffoli) e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, aproximam-se da rampa, para esperar o presidente eleito Jair Bolsonaro. Estão em uma sala próxima à rampa.
Bolsonaro segue de carro aberto p/ o Congresso, no Rolls Royce da Presidência, acompanhado da primeira-dama e de um dos filhos, Carlos Bolsonaro, que cuida de suas redes sociais. Ñ houve culto, mas o padre saiu p/ encontrar o presidente, que bateu continência p/ o sacerdote.
Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, sobem a rampa do Congresso, acompanhados de suas mulheres. No Congresso, eles tomarão posse como presidente e vice-presidente do Brasil.
Bolsonaro e Hamilton Mourão seguem para o plenário do Congresso, onde tomarão posse.
Deputados e senadores se amontoam no plenário para tentar tirar selfies com Bolsonaro ao fundo.
Na praça dos Três Poderes, público acompanha a cerimônia por telão. Houve gritos de "fora Rodrigo Maia!" "fora Eunício!". Sem mandato a partir do mês que vem, Eunício foi o mais vaiado. Maia aposta em neutralidade de Bolsonaro p/ se reeleger para a presidência da Câmara.
Bolsonaro lê compromisso constitucional e é empossado presidente.Mourão tb lê, gritando, e é empossado vice: Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil
A partir de agora, Bolsonaro é oficialmente o presidente da República Federativa do Brasil. A passagem de faixa, no Palácio do Planalto, apenas simboliza a transferência pacífica de poder.
Dos ex-presidentes da República, foram vistos no Congresso até agora José Sarney e o senador Fernando Collor. Lula está preso, Dilma não foi (PT boicotou a posse). Fernando Henrique ñ foi visto até agora.
Bolsonaro faz discurso na #PossePresidencial: Primeiro agradeço a Deus por estar vivo, profissionais da Santa Casa operaram milagre. Volto a esta Casa, onde pude crescer e amadurecer. Volto como presidente. Hj estou fortalecido e emocionado.
Bolsonaro diz que pretende livrar o país da corrupção, da violência e da submissão ideológica. Vamos unir o povo, respeitar a família, as religiões e preservar as raízes judaico-cristãs. Vamos livrar o Brasil das amarras ideológicas, sem ideologia de gênero.
Bolsonaro: Quando os inimigos da Pátria tentaram tirar a minha vida, milhões foram às ruas pra preservar a liberdade e democracia,. Diz que quer construir sociedade sem discriminação e divisão. Escolas devem educar e não doutrinar com ideologias.
Sobre o desarmamento, Bolsonaro diz que no referendo de 2005 o povo escolheu o direito de autodefesa. Diz que vai dar respaldo político para que policiais façam seu trabalho e que Forças Armadas serão valorizadas.
Chefe do Poder Executivo, Bolsonaro diz que resgatará a credibilidade do Congresso Nacional. Diz que montou sua equipe de forma técnica, sem toma-lá-dá-cá.
Bolsonaro diz que trabalhará por reformas e desregulamentação para que empresas possam gerar riqueza para o país. Promete uma reforma da democracia no país, para que não seja teórica, mas real, no dia a dia, com respeito ao Estado de Direito.
Bolsonaro encerra seu discurso recitando o slogan da sua campanha e é acompanhado por vários parlamentares: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".
Bolsonaro disse que a construção de uma nação + justa/desenvolvida requer a ruptura com práticas nefastas que macularam políticos e atrasam o progresso. "A irresponsabilidade nos conduziu à maior crise ética, moral e econômica da nossa história".
Na Praça dos Três Poderes, público aplaudiu o discurso de Bolsonaro com mais força a cada vez que ele falou as palavras "ideologia", "Deus" e "família".
Após o discurso de Bolsonaro, o presidente do Congresso Nacional, Eunicio Oliveira, faz discurso ressaltando a importância e a força do Parlamento e pede que o novo presidente não governe para uma parcela, mas para todos os brasileiros.
"Os Estados Unidos estão com você!", tuíta Donald Trump, parabenizando Bolsonaro e dizendo que o presidente brasileiro fez um grande discurso
"Ainda não me chame de bebê": Banda dos Dragões da Independência toca "Apelido Carinhoso", música de Gusttavo Lima, um dos apoiadores sertanejos de Bolsonaro durante a campanha de 2018. 🎵 "Eu sei que você poderia ter escolhido alguém menos complicado"🎶
Nuvem de palavras do primeiro discurso de Jair Bolsonaro como presidente. A palavra mais repetida foi Brasil, por 10 vezes. Foram mencionadas por quatro vezes: brasileiros, política e missão. Deus, liberdade e desafios foram citadas 3 vezes.
De Rolls Royce, Bolsonaro segue para o Palácio do Planalto. Público canta: “O capitão voltou”.
Dentro do Palácio do Planalto, convidados cantam: "O capitão chegou!"
Temer foi vaiado pela multidão quando apareceu no alto da rampa. Houve gritos de "Fora Temer".
Bolsonaro e Mourão sobem a rampa do Palácio do Planalto, acompanhados das mulheres, Michel Temer e Marcela Temer os recebem e os acompanham para o interior do Palácio, onde o novo presidente é recebido aos gritos de "Mito", pelos convidados.
No parlatório do Planalto, Temer transmite a faixa presidencial para Bolsonaro. Temer retirou a faixa, que estava em seu peito, e a colocou no novo presidente.
Bolsonaro despede-se de Temer e entra no Palácio. Está previsto um pronunciamento à nação, do Parlatório.
Bolsonaro e a primeira-dama Michelle voltam ao parlatório. Ela faz um discurso em Libras, agradecendo a Deus, família e amigos pelo apoio após atentado.
Usando a Linguagem Brasileira de Sinais, Michelle Bolsonaro diz que as eleições deram voz a quem ñ era ouvido. E que a população quer segurança, paz e prosperidade.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, fala à nação, do parlatório. Cumprimenta "general Mourão" e diz: Este momento ñ tem preço, servir a pátria como chefe do Executivo. Isso só está sendo possível pq Deus preservou minha vida e vcs acreditaram em mim.
Bolsonaro diz que este dia será marcado como o dia em que o país se livrou do socialismo, da ideologia de gênero e do gigantismo do Estado.
Bolsonaro promete fazer a transformação para a qual foi eleito. À multidão, diz: Graças a vcs, fui eleito com a campanha mais barata da história. Pega uma bandeira do Brasil e é saudado pelo público: "Mito, Mito!".
Bolsonaro defende que a família seja valorizada e convida a população a participar de um movimento para "restabelecer padrões éticos e morais". Presidente defende a meritocracia e diz que governo deve ser honesto e eficiente, sem "pedágios nem barreiras".
Crise econômica, desemprego recorde, ideologia de gênero, desvirtuamento dos direitos humanos. Tb diz que é preciso combater ideologia contra policiais. Defende o direito à propriedade e porte de armas. Diz que priorizará educação básica.
Bolsonaro: "Vamos retirar o viés ideológico das nossa relações internacionais". País foi muitas vezes governado por interesses partidários. "Vamos restabelecer a ordem neste país".
Bolsonaro agradece a Deus e repete slogan de campanha ao fim de discurso em que focou em pautas morais e temas de campanha. Chamado de "Mito", pega bandeira e improvisa: Esta é nossa bandeira, que jamais será vermelha. Só se for preciso nosso sangue para mantê-la verde e amarela
Dentro do Planalto, Bolsonaro agora recebe os cumprimentos de chefes de Estado e autoridades estrangeiras.
Nuvem de palavras do discurso ao povo do presidente Jair Bolsonaro. A palavra mais usada foi Brasil, por 10 vezes, seguida por Deus, mencionado 6 vezes. Governo foi citado 5 vezes. Foram mencionados 2 vezes: educação, segurança, ideologias, mudança, direito, enfrentar e desafios
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