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A desigualdade entre homens e mulheres está aumentando no Brasil. O que os impostos têm a ver com isso? #DiaInternacionalDaMulher #DiaDaMulher
No último ano, vimos a desigualdade entre homens e mulheres aumentar pela primeira vez em mais de duas décadas, como mostrou o relatório da @OxfamBrasil: goo.gl/3JPdnu
O Fórum Econômico Mundial mostrou o mesmo: no ranking de desigualdade de gênero, o Brasil caiu cinco posições, indo para o 95º lugar.
O principal indicador responsável pela piora no ranking do Fórum Econômico Mundial foi o subíndice de oportunidade econômica, que avalia participação na força de trabalho e igualdade salarial.
Outro fator, menos discutido, também tem relação com a desigualdade entre homens e mulheres: a forma como cobramos impostos no Brasil.
Hoje, 50% da nossa carga tributária está em impostos sobre consumo, aqueles que pagamos nas contas de gás e luz, ou ao comprar algum produto.
Esses impostos são chamados de regressivos, porque quem ganha menos acaba gastando uma parte maior da própria renda para arcar com os tributos.
Se um produto custa R$ 10 em tributos, esse valor vai ter um peso diferente no orçamento de cada um. Para uma pessoa que ganha R$ 10 mil, o gasto representa 0,1% da própria renda. Já para quem recebe R$ 1 mil, o gasto é de 1%!
Logo, o sistema tributário atual pesa mais justamente no bolso daqueles que têm menos. Isso inclui as mulheres, já que elas ganham até 38% menos do que homens na mesma função: goo.gl/JzQ1uT
Entre mulheres brancas e negras também há desigualdade. Enquanto as brancas representam 18,77% da carga tributária, as negras arcam com 35,59%, praticamente o dobro!
O Brasil precisa de uma #ReformaTributária que torne os impostos mais justos. Podemos começar reduzindo os impostos sobre o consumo. Assim, os impostos não pesarão tanto no orçamento daqueles que têm menos.
Em contrapartida, é possível aumentar a arrecadação por meio do Imposto de Renda, cujas alíquotas aumentam de acordo com a renda do contribuinte. Esse imposto é progressivo, porque quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos.
Assim, garantimos o financiamento de políticas públicas, como saúde, educação, aposentadoria, segurança…
Com essas mudanças, é possível ter um sistema tributário mais justo para todos, que contribua de fato para reduzir a desigualdade entre homens e mulheres! Conheça as propostas da #ReformaSolidária: goo.gl/E43s6T
