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Por ocasião dos 55 anos do golpe militar de 1964, separamos neste domingo checagens de alguns fatos sobre a ditadura. Siga o fio.

FALSO. "O período militar não foi ditadura", diz @jairbolsonaro. aosfatos.org/noticias/na-tv…
Os 21 anos do ciclo militar tiveram “aberturas” e “endurecimentos”, mas é consenso que o período foi ditatorial. Na classificação de Elio Gaspari, em sua documentação do regime, documentos históricos permitem as seguintes conclusões:
De 64 a 67, Castello Branco exerceu “ditadura temporária”; de 67 a 68, Costa e Silva “tentou governar dentro de um sistema constitucional”; de 68 a 74, o país esteve sob “regime escancaradamente ditatorial”; e, de 74 a 85, inicia-se sob ditadura a tentativa de sair desse regime.
Ou seja, não há qualquer dúvida de que houve períodos mais ou menos radicalizados de governos autoritários — e que, portanto, houve ditadura.
Veja todos os detalhes: aosfatos.org/noticias/na-tv….
FALSO. "Bolsa Ditadura: Você sabia que 20 mil anistiados, entre eles, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Marieta Severo, Taiguara, Lula, Zé Dirceu, FHC, recebem o Bolsa Ditadura mensalmente e são isentos de pagar Imposto de Renda?" aosfatos.org/noticias/nao-e…
O que tem sido chamado pejorativamente de "Bolsa Ditadura" é, na realidade, um benefício previsto pela Lei 10.559/2002, que regulamentou o Regime do Anistiado Político. Porém, não são 20 mil os anistiados que recebem a indenização nem são todos esses artistas os beneficiários.
4.300 são os anistiados pelo governo que recebem alguma reparação. Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil entraram com processos contra o vereador de Angra dos Reis, Thimóteo Cavalcanti (PR), que disseminou a desinformação. Detalhes: aosfatos.org/noticias/nao-e…
A educação era melhor na época da ditadura? NÃO. Dados sobre analfabetismo, reprovação, frequência escolar, investimento público e autonomia pedagógica mostram claramente que não. Detalhes e mais no fio: aosfatos.org/noticias/educa…
No período de maior repressão do regime militar, de 68 a 74, 24 a cada 100 crianças de 10 a 14 anos não sabiam ler e escrever. Na década de 90, a proporção de crianças analfabetas cai e, no período democrático, em média, 5 a cada 100 crianças de 10 a 14 anos são analfabetas.
Ao final da ditadura militar, mais da metade das crianças que entravam na primeira série repetiam de ano. Essa proporção cai para 32% em 2001. Ou seja, ainda que o problema da reprovação persista no período democrático, houve avanços significativos.
Também houve redução da reprovação nos anos finais do ensino fundamental. Ao final do regime militar, as taxas estavam em 45% para os alunos que cursaram a 5ª série e 25% para os alunos que cursaram a 8ª série. Em 2001, a reprovação na 5ª série era de 28% e, na 8ª série, 15%.
A obrigatoriedade do ensino foi instituída pela primeira vez na Constituição de 1934, mas ela só foi regulamentada em 1961, com a primeira Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Com isso, o legado da expansão da educação no período militar foi de iniciativa democrática.
Em 1980, as despesas com educação dos governos federais, estaduais e municipais representavam 2,46% do PIB. Em 1995, os investimentos em educação passaram a 4,5% do PIB em 1995. Em 2014, representavam 5,95% do PIB, ainda segundo a Unesco.
É possível entender em detalhes os dados na reportagem que está neste link: aosfatos.org/noticias/educa….
FALSO. "Ministra Damares cancela pagamento de 2.000 anistiados, entre eles FHC, Lula, Chico Buarque, Gilberto Gil. A farra acabou!", diz boato. aosfatos.org/noticias/damar…
Por mais que Damares Alves tenha dito que sua pasta está revisando o pagamento a anistiados políticos, não houve, até o momento, cancelamento de benefícios. Os nomes de políticos e artistas listados no boato também não constam da lista oficial de anistiados.
FALSO. "Seu professor de História contou que a Dilma me matou?", diz boato que atribui à ex-presidente assassinato do soldado Mário Kozel Filho. Ela não teve envolvimento com o atentado. aosfatos.org/noticias/dilma…
Militantes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) jogaram um carro-bomba contra um QG do Exército. Além de matar Kozel, a explosão deixou outros seis militares feridos.
Dilma não integrava a VPR na época, mas outra organização: a Colina (Comando de Libertação Nacional).
Apesar de engajada na política estudantil e na produção de jornais tidos como material subversivo, Dilma não fez parte das ações militares dos grupos que integrou, como informam sua biografia no CPDOC-FGV e relatos de outros ex-militantes do Colina e companheiros de cela.
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