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Uma teoria alternativa que realmente acredito é que o Stalin planejou a Guerra da Coreia. Mas não qualquer guerra, ele queria um conflito longo e que envolvesse EUA e China, de forma que Mao se distanciasse do Oeste e a China se tornasse um satélite enfraquecido da URSS. (cont.)
assim como ele acreditava que os EUA saíram desgastados da guerra. Isso explica o motivo de a URSS não ter utilizado seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU quando foi aprovada a resolução para mandar uma força em apoio à Coreia do Sul e também o fato de (cont.)
as tropas norte-coreanas, conforme os planos determinados pelos estrategistas soviéticos, terem sido desnecessariamente desviadas para Seul, ao invés de destruir de forma definitiva o exército do Sul em Pusan. Doutro lado, os EUA, sob o comando do presidente Harry Truman (cont.)
e o secretário de Estado, Dean Acheson, também tinham interesse em um conflito na península coreana, após a tentativa de aproximação dos EUA com a China ter falhado e a subsequente assinatura do pacto sino-soviético no início de 1950. Convencidos de que era necessário (cont.)
um aumento significativo nos gastos americanos em defesa, nos termos da NSC 68, Truman e Acheson necesitavam de um conflito que evidenciasse o perigo ao bloco capitalista. Ironicamente, assim como Stalin,
eles também viam com bons olhos um conflito que envolvesse EUA e China na península coreana. Não à toa, os gastos em defesa dos EUA, durante a Guerra da Coreia, praticamente triplicaram, passando de 5% para 14% do PIB.
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