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@ProfZi Boa tarde.
O Complexo de Édipo

No vocabulário da Psicanálise, vamos encontrar o seguinte comentário:
“Conjunto organizado de desejos amorosos e hostis que a criança sente em relação aos pais sob a forma dita positiva , apresenta-se como na história de Édipo-Rei: ...
... desejo de morte do rival, que é o personagem do sexo oposto. Sob a forma negativa, apresenta-se de modo inverso: amor pelo progenitor do mesmo sexo e ódio ciumento pelo progenitor do sexo oposto.
Na realidade, essas duas formas se encontram em graus diversos na chamada forma completa do Complexo de Édipo.
Segundo Freud, o apogeu do Complexo de Édipo é vivido entre os três e cinco anos, durante a fase fálica; o seu declínio marca a entrada no período de latência.
É revivido na puberdade e é superado , com maior ou menor êxito, num tipo especial de escolha do objeto.
Complexo de Édipo desempenha papel fundamental na estruturação da personalidade e na orientação do desejo humano.
Para os psicanalistas ele é o principal eixo de referência da psicopatologia ; para cada tipo patológico eles procuram determinar as formas particulares da sua posição e da sua solução.
A antropologia psicanalítica procura encontrar a estrutura triangular do Complexo de Édipo, afirmando a sua universalidade nas culturas mais diversas e não apenas naquelas em que predomina a família conjugal”.
É importante que saibamos que o Complexo de Édipo é uma configuração psíquica que aparece num determinado período do desenvolvimento, acabando por diminuir.
Vozes têm se levantado, inclusive na comunidade psicanalítica contra esta concepção, mas nenhuma, até hoje, conseguiu regar a importância e os acertos das premissas que já estão consagradas.
O primeiro objeto de todo o ser humano é a mãe, ou quem seu papel exerça. Isto é tão importante, que se tem assinalado que crianças que foram amamentadas por amas-de-leite, carregaram por toda a vida conflitos pelo fato de terem tido “duas-mães”.
E uma afirmativa que pode ser contestada, na medida em que sabemos que as primeiras referências objetais são muito difusas e a consolidação dos objetos é essencialmente gradual, assim, sabemos que a criança não disporá de recursos para discriminar entre ...
...quem seja a mãe que não amamenta e a ama que o faz. Só bem mais tarde é que a criança se torna capaz de identificar quem o faz.
No menino, o desenvolvimento das relações objetais é mais simples pelo fato de o menino, nos estados de desenvolvimento ulteriores, permanecer ligado ao seu primeiro objeto: a mãe.
É claro que o menino ama o pai e , eventualmente odeia a mãe, mas uma coisa é verdade: o amor do menino pela mãe é a pulsão preponderante durante toda a sua fase sexual infantil.
Um estado de ódio pela mãe, ou um de amor pelo pai podem até ocorrer sem qualquer prejuízo no transcurso do processo.
O processo se dá dentro do seguinte esquema: o menino começa a perceber que o amor pela mãe, um amor identificante com o pai, do tipo: “Eu quero ser tão grande quanto ele e poder fazer tudo o que ele faz”.
Já o ódio pelo pai , baseado na constatação diária de que ele desfruta de certos privilégios, estabelece um conflito entre si , até que a coisa se define nos seguintes termos: ...
Amo minha mãe e odeio o meu pai, pois ele a toma para si”, sendo isso o chamado Complexo de Édipo positivo, que começa aí pelos três anos (às vezes menos) e atinge o auge aí pelos cinco, sendo que neste momento, o menino atravessa a fase fálica, o que reforça-lhe ...
...a ideia de uma possível castração a ser perpetrada pelo pai. O término se dará com o menino, para, ainda, evitar a castração, aderindo ao pai e tomando-o como seu amigo e assim, neutralizando a agressão que tanto teme.
Isso se dá aproximadamente aos sete anos, seguindo-se a latência.
A menina, que ama seu pai e odeia sua mãe, pretendendo-lhe o lugar, a coisa termina de maneira diferente, pois como vimos, no caso do menino é uma possível castração o grande problema, enquanto que nela, que já se considera castrada e que vive uma “inveja do pênis”, ...
...a renúncia a uma desejada condição fálica, vai resultar numa mudança de posição, passando ela a desejar um filho, um filho de seu pai e isso marca a solução do seu complexo.
Finalizando,comentário de Laplanche e Pontalis no vocabulário (pág.81):

“Encontramos também em Freud a expressão KERNKOMPLEX (complexo nuclear). Geralmente usada como Complexo de Édipo, esta expressão foi introduzida pela primeira vez em ...
...Sobre as teorias sexuais das crianças (Über infantile Sexualtheorien, 1908); ...
...devemos anotar, como Daniel Lagache, que neste texto, o que se considera, é o conflito entre a investigação sexual e a exigência de informação das crianças, por um lado, e a resposta mentirosa dos adultos, por outro.”
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