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NO AR. Como os filhos de Bolsonaro usam polêmicas para impulsionar engajamento no Twitter. aosfatos.org/noticias/como-… 
Levantamento que realizamos nos perfis de Twitter dos irmãos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro indica que os filhos do presidente conseguem mais engajamento nas redes sociais com polêmicas do que ao divulgar propostas e ações de seus mandatos ou do governo do pai.
Nos quatros primeiros meses deste ano, os três publicaram, juntos, 2.974 mensagens e retweets. Em alguns casos analisados, tweets com xingamentos tiveram até quatro vezes o número de curtidas de publicações propositivas, como mensagens sobre a reforma da Previdência.
A varredura dos tweets publicados pelos filhos de Bolsonaro entre 1º de janeiro e 30 de abril deste ano foi feita por @aosfatos com o auxílio da ferramenta TAGS. Confira a seguir os principais aspectos que observamos.
Braço direito do pai nas eleições e apontado como o twitteiro oficial do presidente, vereador Carlos Bolsonaro faturou mais interações no Twitter com xingamentos e ataques a adversários do que ao abordar o projeto de reforma da Previdência do governo para policiais.
Exemplo disso é o tweet de 2 de março em que ele chama seus críticos de "vagabundos", que teve mais de 25 mil curtidas, um número quatro vezes superior ao das interações obtidas em um tweet sobre a Previdência para policiais e militares (6.700 curtidas).
As polêmicas rendem mais até do que divulgação do mandato de Carlos como vereador. Posts com termos como “vagabundos”, em três oportunidades, e “idiotas”, em sete vezes, receberam mais engajamento do que os sobre sua atuação na Câmara do Rio. Leia mais: aosfatos.org/noticias/como-…
O deputado federal Eduardo Bolsonaro notabiliza-se ao twittar informações controversas sobre a esquerda e temas internacionais. Para isso, chegar a divulgar sites conhecidos pela difusão de notícias falsas e até teorias da conspiração.
Em março, por exemplo, Eduardo compartilhou uma notícia falsa que teve 23,5 mil curtidas no Twitter, publicada pelo site Terça Livre, que deturpou uma entrevista concedida pela repórter Constança Rezende, do jornal O Estado de S. Paulo.
Na agenda internacional, Eduardo demonstra predileção pelas ações do governo de Donald Trump nos EUA. O presidente norte-americano é mencionado em 83 postagens do deputado no período analisado, sempre de forma positiva.
Há espaço ainda nos tweets de Eduardo Bolsonaro para teorias conspiratórias ventiladas em movimentos conservadores, como a existência de um 'globalismo'. Um post dele com referência ao tema amealhou mais de 4.500 curtidas. Leia mais: aosfatos.org/noticias/como-…
O irmão mais velho, senador Flávio Bolsonaro, reduziu sua presença no Twtter após o caso Queiroz, que revelou movimentações atípicas do seu gabinete na Assembleia do Rio identificadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), no fim do ano passado.
Foram 124 tweets nos primeiros quatro meses de 2019, um pouco mais da metade do que Flávio postou em outubro e novembro do ano anterior (217 mensagens), quando o escândalo envolvendo o seu ex-motorista ainda não tinha vindo à tona.
Ainda assim, Flávio envolveu-se em polêmica. Em 2 de abril, o senador twittou “Quero que vocês se explodam” junto com uma imagem de uma reportagem da revista Exame cujo título era o seguinte: "Hamas repudia visita de Bolsonaro a Israel e pede 'retratação'".
A mensagem foi apagada no mesmo dia, mas gerou repercussão negativa dentro e fora do Brasil. Antes de ser deletado, o tweet já havia amealhado mais de 3.700 curtidas e 1.663 comentários. Leia mais detalhes: aosfatos.org/noticias/como-…
