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Eu queria chamar a atenção de vocês para algumas coisas novas que marcam a cobertura em rede da #VazaJato. Não vou explorar tudo agora. Porque quero, até sexta, organizar minhas notas e dados na forma de um artigo.
1. A adoção da hashtag p/ nomear a cobertura. É uma prática q sai da cultura colaborativa das redes, com os narradores tomando às rédeas da história q estão a contar, criando no público uma sensação dramática, típicas de séries como GOT. Espera-se (e vibra-se) pelo novo episódio.
2. É claro que não é uma série. É jornalismo. Mas a audiência mudou após a "cultura netflix", ela está acostuamda ao teaser, a ideia de temporadas, de episódios, dos "finais" beta permanentes. A VazaJato se parece com a LavaJato, pois é permeada do suspense do que virá de novo.
3. No lugar da delação, a revelação da conversa privada. Ambos materiais baseados no testemunho.A primeiro vem da meia-verdade; o segundo, da franqueza (típica daquilo que é privado).
4. Mas, para além desse filosofar, queria seria direto numa coisa: a perda da capacidade das hashtag políticas no Twitter como um movimento cooperativo. E mais peças de propaganda computacional.
5. Em boa parte porque o RT se tornou alvo de ferramentas que o automatizam de modo relativamente fácil. Não à toa que a proporção de RTs para os tuítes originais em hashtags de defesa ou de crítica a Moro é sempre alta. E os TTs tornam-se irrelevantes quando essas lá estão.
6. O que há de importante na outra hashtag, a #VazaJato, de cárater mais autoral e inexador é o alto volume de tuítes originais - que são os posts originais, que humanos se dedicam a criar.
7. Portanto, um caminho q me interessado é visualizar hashtags com alta proporção de tuites originais em relação aos RTs. E tb coletar + termos do que hashtags robotizadas. Ex: coletar o termo Moro, e não a hashtag #MoroHeroiOubandido. E assim reduzir o viés na extração de dados
8. Do resto, publico até sexta (teaser). :)
