O WO gerado pelos atletas do Figueirense me lembra muito esta thread que fiz sobre a negativa das estrelas da NBA (liderados por Robertson e Pettit) de entrarem em quadra. Foi divisor de águas para direitos dos atletas, em protesto por inúmeras promessas descumpridas por gestores
Que este ato corajoso dos atletas do Figueirense seja também um divisor de águas, uma revolução no futebol brasileiro. Que paremos de romantizar o atraso de salários como se fosse normal. Que clubes parem de desrespeitar os atletas e os funcionários, afinal sua greve tem poder!
“Vieses cognitivos são os maiores inimigos do séquito, especialmente para convencê-los a abandonarem a seita em que estão e todos encontram ligação com a abordagem de alhures. Três deles valem a abordagem: o Efeito Backfire, o Investimento Emocional e a Falácia do Concorde”.
“O efeito backfire consiste em, diante de evidências claras contrárias às crenças estabelecidas, tender a não reconsiderar nossa opinião e, na realidade, acreditar ainda mais firmemente nela. O motivo? Ninguém quer ser exposto com o idiota do debate, o equivocado, o desinformado”
“Vira debate não de ideias, mas de orgulho. Ninguém quer se visto como sem personalidade, convicções, fraco. Quando a informação é basilar para suas convicções ideológicas, pior. Vê toda sua estruturação de pensamentos demolida, não se vendo mais como alguém capaz de raciocinar”.
Contribuição sensacional de (@madeiradez): no séc. XVII, auge da Santa Inquisição, a bruxaria era o grande fantasma, a maior preocupação da sociedade europeia - os inquisidores mais abusivos eram direcionados para “combatê-la”, com métodos ainda mais agressivos e arbitrários.
Nesse sentido, a primeira pessoa a trazer racionalidade ao assunto foi um filósofo e padre jesuíta, Friedrich Spee. Um livro com seus textos, Cautio Criminalis ("Precaução para promotores"), de 1631, argumentava que a "verdade" obtida por método inquisitorial penoso era falha.
Focava sua atenção justamente no pior dos crimes, o da bruxaria! Os “Promotores”/inquisidores não só deveriam “agir de forma mais arbitrária e negligente”, mas “prestar mais atenção e cuidado do que em qualquer outro crime capital, a fim de evitar um julgamento ilegal e confuso”!
As conversas vazadas (foi confirmado pelo MPF) deixam incontestáveis a parcialidade de Moro e sua suspeição na condução dos processos da Lava-Jato, fora inúmeras infrações disciplinares, éticas e ilegalidades na atuação jurisdicional. Chocante! #VazaJato
1- Moro se intrometeu diretamente no planejamento do MPF: “Olá Diante dos últimos desdobramentos talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas planejadas”.
Sugestões às fases seguintes da Lava-Jato - "aconselhar uma das partes acerca do objeto da causa" gera suspeição pelo CPC.
2- Moro consultou Dallagnol sobre como reagir a notas do PT: "O que acha dessas notas malucas do diretorio nacional do PT? Deveriamos rebater oficialmente? Ou pela ajufe?”.
A demonstração de parcialidade é novamente clara, agindo em conjunto com MPF para decidir melhor estratégia
Lendo sobre História negra feminina no Brasil, uma descoberta me emocionou. Deparei-me com uma das histórias de vida mais inacreditáveis e impressionantes que já ouvi, a de Ná Agontimé, a rainha de 2 mundos, nascida no séc XVIII. O desfecho é no Brasil. Trágico e recentíssimo👇
Agontimé foi rainha do reino de Daomé, atual Benin. A história do reino já dá thread. Sabe Dora Milaje, exército feminino de Wakanda (Pantera Negra)? Inspiradas nas únicas amazonas e exército feminino da história: as “nossas mães” de Daomé! Superavam homens em eficácia e bravura.
Ná era uma das esposas do rei Agonglo, do reino de Daomé (atual Benin) no século XVIII. O rei recebeu de um sacerdote a premonição de que seu primogênito Adanzan, sucessor ao trono, seria um desastre, por ser sanguinário. O filho de Agontimé, Guezo, ainda menino, virou o sucessor
No genocídio indígena, a política indigenista oscilou dependendo dos interesses lusitanos. Coroa, colonos, jesuítas. Após bugreiros, escravidão, extermínio e catequização, veio ação governamental inspirada no positivismo dominante da época: a assimilação do índio à sociedade.
Portugueses pautavam-se em falsa concepção nobre, humanista e evolucionista social, pregando aculturação “superior” forçada. Igual Bolsonaro, 4 séc depois. Essa lei pombalina, séc XVII, era “farsa libertária, só representou o direito de ser explorado sem ter para quem apelar”.
Com o Império, o índio foi tratado como entrave ao desenvolvimento, como agora. Deixou de ser um problema de mão de obra, para ser de terras. Exatamente o que Bolsonaro pensa. Mas 2 séculos antes, no Império e não na democracia. “Seriam capazes de superar sua própria natureza”?
“Fazemos lei pra ter efeito prático e não para agradar professores de processo penal”, disse Moro sobre o pacote.
O anti-intelectualismo segue à toda. Por que agradar quem dedica a vida ao estuda do assunto, né? Até na ditadura reformas eram antecedidas de comissões de juristas.
A proposta é recheada de inconstitucionalidades e absurdos lógicos e jurídicos. Não à toa, não é pra agradar juristas e ignorou comissão prévia de especialistas - apontariam falhas. De início, regime inicial obrigatório fere o princípio da individualização da pena. STF já decidiu
Moro ignorou o já existente excludente de ilicitude por legítima defesa e estrito cumprimento de dever legal. Quer alcançar também o excesso, inclusive DOLOSO, abrindo margem p/ execuções - possibilita PERDÃO judicial p/ HOMICÍDIO DOLOSO por PM. Ou seja, COM INTENÇÃO de cometê-lo