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Vou tentar explicar como se forma um cientista para aqueles que ainda não sabem ou não entenderam a importância estratégica do CNPq e da CAPES para o Brasil. #astrothreadBR #pelacienciabrasileira
Durante o curso universitário os interessados em contribuir para o avanço da humanidade, devem fazer iniciação científica sob a orientação de um dos professores. A grande maioria dos professores universitários fazem pesquisa e são os que avançam o conhecimento da nação.
As agências de fomento federais CAPES e CNPq e as agências estaduais FAPE(sigla do estado) oferecem bolsas de iniciação científica para que o aluno se dedique a pesquisa além de estudar as matérias do curso.
As bolsas são importantes pq ele não vai precisar financiar os gastos diários que aumentam muito pois ele vira um auxiliar do grupo de pesquisa do professor. Terá que se locomover mais vezes a universidade, passar grande parte dos seus dias lá e se sustentar durante este período.
Depois da graduação, ou seja, de fazer a faculdade, quem quiser ser cientista precisa se especializar em uma certa área. Ou seja, virar o bam bam bam de um assunto, em outras palavras, ser o estudioso que domina o assunto.
Para ser o estudioso no assunto é necessário fazer pós-graduação. O primeiro passo é o mestrado e os professores escolhem os melhores candidatos para receber as bolsas das agências CAPES, CNPq ou FAP(estado).
Novamente a bolsa é importante e necessária pois a pós-graduação exige dedicação exclusiva. São dois anos se dedicando dia e noite (isto não é exagero) para aprender e desenvolver um tema de pesquisa.
O segundo passo é o doutorado e novamente os professores escolhem os melhores candidatos para receber as bolsas das agências CAPES, CNPq ou FAPE(estado). Não são todos os candidatos que conseguem bolsa, apenas os melhores.
O processo de seleção varia entre as instituições e geralmente o candidato tem que fazer provas de ingresso e recomendação de outros professores de outras instituições ou da mesma.
É um grande orgulho para o estudante ter sido selecionado para ganhar bolsa pois é um reconhecimento de que ele(a) tem o potencial para ser cientista. É também um grande orgulho para o professor ter seu estudante selecionado.
Este relacionamento entre professor e aluno de pós-graduação é engrandecedor. É assim que o professor-pesquisador-cientista passa o seu conhecimento adiante.
O professor que está passando o conhecimento adiante também foi bolsista, também obteve investimento das agências de fomento e precisa dos alunos de pós-graduação para manter a sua pesquisa atuante e de alto impacto.
As grandes descobertas científicas começam durante a pós-graduação e dão frutos ao longo do tempo.
Em todo o mundo os doutorandos são financiados de alguma forma para fazer a pesquisa e geralmente por alguma agência de fomento como as brasileiras. São raríssimos os casos financiados pelo próprio aluno ou pela indústria.
Existe um consenso de que o doutorado deve ser dedicação exclusiva porque o trabalho é muito intenso. São pelo menos 4 anos de dedicação integral a um projeto. O estudante respira e transpira pesquisa.
No final da pós-graduação (mestrado e doutorado) é necessário publicar os seus resultados e ser julgado pela comunidade acadêmica pelo seu desempenho. Com o passar dos anos o desempenho também é avaliado através do número de vezes que o trabalho é citado.
Toda vez que um artigo científico é publicado as agências de fomento colhem os frutos de terem investido naquele estudante, naquele projeto e naquele grupo de pesquisa.
Uma nação não avança sem investir em ciência. O Brasil investe em ciência principalmente através do CNPq, CAPES e FAPE(estado).
Eu fui bolsista da CAPES, CNPq e FAPESP na iniciação científica (Observatório Nacional RJ), no mestrado (INPE) e no doutorado (USP). Tenho muito orgulho de ter estudado nestas grandes instituições brasileiras.
E o meu amor pela ciência começou na maior universidade pública brasileira #UFRJ e no @ValongoUFRJ onde cursei astronomia nos anos 80. #PelaCiênciaBrasileira
