O @teofb levantou a bola do conceito de sobrecarga que o JJ usou contra o Corinthians e eu decidi me aprofundar mais nessa análise.
Afinal, sobrecarga não tem nada ver com "time torto". Mas a estratégia precisa fazer sentido e ter um propósito.
Segue o fio...
Afinal, sobrecarga não tem nada ver com "time torto". Mas a estratégia precisa fazer sentido e ter um propósito.
Segue o fio...
Repare no mapa de posicionamento médio do @SofaScoreBR nos jogos contra CSA e Goiás.
Perceba a maior concentração no lado esquerdo e o quanto isso condiciona o posicionamento de jogadores de outros setores.
ER7, Gabigol e até o volante mais avançando tendem para esse mesmo lado
Perceba a maior concentração no lado esquerdo e o quanto isso condiciona o posicionamento de jogadores de outros setores.
ER7, Gabigol e até o volante mais avançando tendem para esse mesmo lado
Mas quais são as vantagens de jogar dessa forma? Pra isso a gente tem que entender o tipo de marcação que o adversário utiliza.
Se o adversário marca de forma individual, a tendência é você atrair os jogadores para o lado sobrecarregado e gerar espaços no lado oposto.
Se o adversário marca de forma individual, a tendência é você atrair os jogadores para o lado sobrecarregado e gerar espaços no lado oposto.
Se a marcação adversária é por zona, você gera superioridade numérica no setor sobrecarregado e facilita a troca de passes e associações curtas.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
O ponto é: não necessariamente o lado sobrecarregado vai ser o lado mais perigoso do time.
Tudo depende de como a marcação adversária funciona, de como ela vai se portar e como isso vai condicionar a sua construção ofensiva.
Tudo depende de como a marcação adversária funciona, de como ela vai se portar e como isso vai condicionar a sua construção ofensiva.
Dentro dessa dinâmica de sobrecarga do Fla de JJ, uma peça é fundamental: Éverton Ribeiro.
Repare como no mapa de posicionamento médio ele mais parece um meia central do que com sua posição original, meia-direita.
Repare como no mapa de posicionamento médio ele mais parece um meia central do que com sua posição original, meia-direita.
Por ser o principal construtor do time, ele busca o jogo como tal e se faz sempre presente como opção na construção, seja no lado direito ou flutuando para buscar jogo nas zonas central e esquerda.
Aliás, é muito comum vermos Éverton Ribeiro e Arrascaeta jogando próximos e buscando associações entre si.
E isso mesmo partindo de corredores completamente opostos do campo, se pensarmos no 4-4-2 padrão de JJ.
E isso mesmo partindo de corredores completamente opostos do campo, se pensarmos no 4-4-2 padrão de JJ.
Contra o Goiás e CSA, por exemplo, Arrascaeta foi o jogador que mais recebeu passes de Éverton Ribeiro. Contra o Corinthians, foi o 4º.
A sobrecarga de JJ é estratégia, não falta de imaginação. O Fla está bem longe de ser um “time torto”.
Tudo nesse time é pensado. E muito bem pensado.
Tudo nesse time é pensado. E muito bem pensado.
