Novembro também é hora de repensarmos a forma como nos organizamos. Um exemplo disso é o Mulherismo Africana, uma proposta política baseada na experiência das mulheres africanas e de ascendência africana. Entenda no fio de @KatiusciaRibero para o #TIBNegro 👇🏿
📸 Getty Image
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@KatiusciaRibero Trata-se de uma proposta política não só para para as mulheres, mas para toda a comunidade negra. O objetivo é tratar as questões da população negra a partir da perspectiva histórica de organização das mulheres africanas.
@KatiusciaRibero A política ocidental, defende a pesquisadora norte-americana Clenora Hudson, que criou o termo ainda em 1987, não dá conta de eliminar o racismo.
Para o mulherismo, o debate de gênero é importante, mas não central e as questões precisam ser pensadas a partir do matriarcado e da irmandade entre mulheres. As mulheristas direcionam a atenção ao racismo e aos resultados de sua violência.
Ao considerar que é preciso refletir coletivamente sobre a violência racial, as mulheristas chamam os homens para lutar junto, mas a partir das estratégias das mulheres. Pois são as mulheres que avaliam os caminhos para a autonomia da população negra.
As soluções para questões cotidianas, por exemplo, são pensadas a partir de políticas já existentes em territórios de luta pretos como comunidades, favelas, quilombos e terreiros.
A partir desse diálogo com o passado, é possível pensar em questões como o genocídio e o feminicídio trazendo a questão racial para o centro do debate.
Assim, o mulherismo é uma proposta de organização política ideológica cunhada na sabedoria, na experiência, na ancestralidade, na espiritualidade e nos elementos que constituem o continente africano.
