Rodrigo Maia é, na prática, o presidente da Câmara do mercado financeiro.
Por lógica, ele não quer "agenda social" que colida com a "agenda econômica" - que ele representa.
As "propostas sociais" que ele "ouve" e "estimula" obedecem a essa racionalidade. Simples assim.
Maia não pauta o Fundeb, seus aliados ultraliberais atrapalham a tramitação.
Mas na "agenda social" de fato, congruente com a Carta Magna, Maia só atrapalhou até aqui.
Até aqui o que se vê é o oposto: uma Reforma da Previdência injusta, uma "agenda social" falsa e críticas ao Fundeb.
O que se quer "apaziguar"? A luta social.
"Superar" a "polarização" sem programa econômico justo e com consagração de direitos significa, no máximo, um projeto de "desigualdade com afeto".
Precisa ter uma política econômica obsessiva por produzir e gerar empregos. Deve pensar em desenvolvimento, não em recessão.
Mas ela só faz sentido se for pautada pela primazia dos direitos para promoção da justiça social.
Sem isso, é apenas oba-oba.
Tanto o ultraliberalismo quanto o ultrarreacionarismo matam.