Thread by @danieljosebr

O ranking de avaliação da educação básica mais importante do mundo saiu hoje!

O Pisa 2018 (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) mostra o desempenho de alunos de 15 anos de 79 países em matemática, ciências e leitura.

Os resultados não são nada animadores. Segue!

1. De maneira resumida, dos 79 países analisados o Brasil está entre os 20 últimos nas três áreas.

- Matemática: 70º
- Ciências: 65º
- Leitura: 57º

Estamos atrás, inclusive, de países com realidade mais próxima à do Brasil: México e Colômbia, Costa Rica e Peru.

2. Nosso alunos aprendem muito pouco. Abaixo o % dos estudantes brasileiros que estão em níveis muito baixos de aprendizado nas 3 disciplinas:

- Brasil: 43%
- Chile: 24%
- Portugal: 13%
- Estados Unidos: 13%
- Canadá: 6%
- Média OCDE: 13%

3. Nossa desigualdade também aumentou.

Abaixo, a diferença de pontuação entre os alunos brasileiros de maior e menor níveis socioeconômicos.

- 2009: 84 pontos
- 2018: 97 pontos.

Isso reflete a diferença entre o ensino público e privado.

4. Qualquer fracasso no PISA não começou de agora e não é culpa de um governo exclusivo.

Entre 2000 e 2009, o Brasil teve um grande avanço. Porém, nas últimas 4 edições da avaliação (2009, 2012, 2015 e 2018) os resultados médios dos alunos brasileiros permanecem estagnados.

5. Ainda em relação a desigualdade (desempenho de alunos mais pobres em relação aos mais ricos).

Dos 78 países participantes, somente 10 (Argentina, República Dominicana, Guatemala, Honduras, Panamá, Peru, Paraguai, Filipinas, Camboja e Zâmbia) têm níveis piores nesse quesito.

6. Como melhorar este cenário? Algumas propostas.

- Ênfase na formação PRÁTICA dos professores
- Aumentar o ensino integral
- Permitir que os melhores professores possam receber prêmios
- Fazer com que as escolas boas possam ensinar as escolas com maior dificuldade

7. Em termos de investimentos, precisamos alocar mais recursos para o ensino básico.

James Heckman - um dos maiores economistas que estudam educação - mostra em diversos estudos que quanto mais cedo um país investe nos jovens, maior o retorno para a sociedade.