ao coaching da classe média,
nenhum problema.
quando ela serve
à prosperidade dos 1% + ricos,
tudo normal.
quando ela serve
para legitimar
a violência e o poder
dos poderosos,
é de Deus.
quando atende
aos prazeres
do homem branco,
maravilhosa.
mas,
revelar o sofrimento,
as injustiças,
e as resistências
dos pobres,
dos pretos
dos índios,
das mulheres,
da favela,
- e também para
apresentar suas
formas poéticas de
REXISTIR,
aí, não pode.
aí, tem problema.
aí, é erro.
quando serve
para denunciar
- profeticamente -
o racismo,
o sexismo,
as desigualdades sociais,
as violências de gênero,
as tiranias do Estado,
aí, não.
não pode.
tá errado.
ela, a teologia.
no Brasil,
dissimuladora,
cínica,
necrófila,
patética.
muito antes de ser
um discurso sobre deus,
não passa de
um discurso [tacanho]
de PODER político.
ela, a teologia,
uma linguagem cativa
aos poderes e
aos gozos dos poderosos
a profecia
insiste em
desobedecer
a teologia.
ela, a teologia:
aquela palavra que
mais oculta do que revela,
disfarça.
do outro lado,
ela, a profecia:
a palavra que desmascara
os poderes do mundo,
os poderes diabólicos
do mundo dos poderosos
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