fico pensando numa palavra-chave:
memória.
os cristãos imperiais,
colonizadores,
os cristo-fascistas,
os evangélicos bolsonaristas,
a igreja branca norte-americana,
o protestantismo eurocêntrico,
não suportam fazer a MEMÓRIA
do Natal de Jesus
ocultar,
dissimular,
desencarnar,
abstrair
as memórias e histórias
do Deus que se fez corpo
e habitou entre nós.
pesquisas sobre a história,
a antropologia,
a sociologia,
os estudos literários,
os estudos culturais
do movimento de Jesus,
recuperamos milhares
de fragmentos de MEMÓRIA
do Messias de Nazaré,
o Santo de Deus.
tiramos a vida real de Jesus de debaixo dos escombros
ideológicos e políticos
da religião institucionalizada.
A memória nos permitiu
conhecer
o lugar político,
o lugar sócio-econômico,
o lugar epistemológico,
o lugar narrativo e
teológico de Jesus,
Messias
assombro/escândalo
para os cristão amantes do PODER?
porque a memória do Natal
não nos permite falar livremente
de Deus e de Jesus como se
eles não tivessem corpo,
como se não tivessem pele,
como se não tivessem vivido
uma experiência real de humanidade
não nos permite mais
abstrair Deus na vida real,
falar dele como uma
ideologia religiosa
desprovida de existência real
e estes cristãos
do Deus-abstrato
preferem um Jesus
sem memória,
um natal sem história,
para que possam falar d’Ele
aquilo que quiserem,
desenhar,
inventar,
produzir,
- livremente -
e a partir de seus interesses
ideológicos e políticos,
um deus às suas
imagens e semelhanças,
um ídolo,
um deus-abstrato.
lugar,
textura,
cheiro de estrebaria,
economia,
geopolítica,
literatura,
humanidades,
memórias.
e isso é uma boa-notícia:
a memória nos liberta
de uma relação idolátrica
com Jesus.
Natal
Real