Não. Conhecemos os coronavírus desde os anos 60. Diferentes mutações foram responsáveis pelo surto de SARS entre 2002 e 2003 na China e por espalhar, em 2012, a MERS, do Oriente Médio. Em 2019, foi a vez da Covid-19, na China.
As primeiras pessoas contaminadas haviam estado em um mercado de frutos do mar, confirmando a origem animal do vírus. Em pouco tempo a transmissão entre seres humanos foi comprovada e o vírus começou a se espalhar.
O contágio pode acontecer pelo ar (tosse ou espirro), gotículas de saliva ou catarro, contato pessoal (aperto de mão, beijo) ou com superfícies contaminadas como maçanetas.
Na maior parte dos casos, a transmissão é limitada e se dá por contato próximo. Ou seja, profissionais de saúde ou membros da família que tenha tido contato físico com o paciente ou permanecido no mesmo local que o paciente doente.
Ainda não há uma informação exata. Presume-se que o tempo de exposição ao vírus e o início dos sintomas seja de até duas semanas.
Pode variar desde casos assintomáticos, casos semelhante ao resfriado (febre, dificuldade para respirar), até casos graves com pneumonia e insuficiência respiratória aguda.
Das 80 mil pessoas infectadas até agora, cerca de 2,7 mil morreram. A taxa geral de mortalidade dele é de 2,3% — mas chega a 14,8% em pessoas com mais de 80 anos, diz estudo do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CCDC).
O governo brasileiro adotou, até o momento, a seguinte definição: toda e qualquer pessoa que apresente sintomas de infecção respiratória e tenha viajado para a área de transmissão local ou contatado paciente suspeito ou confirmado com o vírus.
Exames laboratoriais realizados por biologia molecular identificam o material genético do vírus em secreções respiratórias.
Não há medicamento específico. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de analgésicos e antitérmicos para aliviar os sintomas. Nos casos mais graves, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.
Não há vacina até o momento. Além disso, é importante lembrar que a vacina da gripe protege somente contra o vírus influenza, uma outra família de vírus, não sendo eficiente contra o coronavírus.
Os casos suspeitos devem ser isolados enquanto houver sinais clínicos, e o uso de máscaras é recomendado para esses pacientes. Profissionais da saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas.
Com o aumento do nível de alerta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alto em relação ao risco global do novo coronavírus, o Ministério da Saúde recomenda que viagens ao país sejam realizadas apenas em extrema necessidade.
As recomendações são as mesmas que temos para evitar outras infecções respiratórias:
- Evite contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas;
- Lave as mãos com frequência; (+)
- Cubra boca e nariz ao tossir ou espirrar;
- Caso apresente sintomas e tenha viajado recentemente para a China, contate um serviço médico.
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