Primeiro é preciso largar o dogmatismo fiscal e rasgar a fantasia neoliberal.
Temos que esquecer aquele papo de que não tem dinheiro, de que o Estado está falido. Por que isso é mito/mentira.
Tem dinheiro. 1/n
O governo gasta, depois o Banco Central avalia a base monetária/meta de juros e recolhe $ em troca de dívida.
O governo não precisa de dinheiro prévio, nem de taxar pra depois gastar. 2/n
Qualquer gasto público é redistributivo. Se o Estado garantir renda para o mais pobres, $ para a saúde e para que o sistema econômico não colapse, uns ganham mais do que outros. Mas, ao evitar um caos social, a sociedade como um todo sai ganhando. 4/n
Não, isso vai acontecer se o governo não gastar agora.
5/n
Alias, o padrão do comportamento das dívidas soberanas mostram: dívida pública não se paga, se rola.
A tentativa de reduzir dívida em seguida da crise sanitária por meio de um forte ajuste fiscal seria trágica. 6/n
A dívida pública não é um problema moral. Não há limite mágico para a dívida publica. Dar calote na dívida em moeda nacional não faz nenhum sentido. 7/n
Não precisa vender dólar para financiar gastos em reais, isso mantem a dívida líquida constante e aumenta a vulnerabilidade externa.
Se for usar, que financie importação de medicamentos ou empresas endividadas em dólar.
8/n
Dívida publica se estabiliza com crescimento. Enquanto houver desemprego e capacidade ociosa, a política fiscal pode ajudar.
9/n
A realidade é tao chocante que as pessoas abandonam os dogmas. As ideias monetaristas foram por terra depois da crise de 2008/09. Agora é a vez definitiva dos dogmas fiscais.
10/n
Retirando as regras fiscais do caminho usa-se a conta unica. Retirando a proibição do BC financiar o TN, não há limites para o gasto público