Chamar a #rendabasicaemergencial de "coronavaucher" é uma indignidade. É tentativa perversa de acoplar a RBE à gramática ultraliberal. O objetivo da estratégia é submeter o que é dever do Estado e direito dos cidadãos à lógica de mercado e aos padrões do hiperindividualismo. 👇🏿
Além da atecnia de chamar de "voucher" o que é transferência de recurso, a aparente troca dos termos traz embutida a ideia de que a peste ou o risco da peste é uma espécie de "mérito" que, ao valer dinheiro, permite que se vá ao mercado trocar por alguma mercadoria. 👇🏿
Se quer impedir que se estabeleça a convicção de que o Estado é que pode (e deve) resolver as grandes crises sociais do capitalismo. A "voucherização" serve apenas para minar a ideia-força do Estado como organizador em última instância de uma sociedade dividida e conflituosa. 👇🏿
O medo maior dos mercadores da vida: que a Renda Básica Emergencial se torne Renda Básica Permanente; que a saúde e a educação não possam mais ser mercantilizadas; que a solidariedade social se torne uma força incontornável da vida política. A história está aberta.
