Sobre os dados da capital do Rio de Janeiro, segue momento "elucidar é preciso". 1/n
2/n Sim. Mudanças de critério de classificação de caso impactam na contagem de novos casos, principalmente quando se usa data de divulgação (digitação no banco de dados) ao invés de data de ocorrência (1os sintomas ou óbito).
3/n Sim. Dados apresentados por data de divulgação/digitação não necessariamente refletem a situação atual, pois lá dentro tem casos de toda uma gama de datas de ocorrência. Da semana passada, retrasada, mês passado, ...
4/n Não. Usar o dado por data de ocorrência já inserido no banco para dizer que agora está em queda não é correto. Se o dado por data de divulgação não é adequado para tendência pq tem muito caso antigo no meio, então o dado recente por data de ocorrência é muito incompleto.
5/n Ou seja, o número de novos casos ou óbitos, por data de ocorrência, referente às semanas recentes também não refletem a realidade, pois sempre parecem estar caindo, por conta do atraso. Olha as semanas 14 e 17, por ex (dado do estado): 
6/n O dado de casos graves de síndrome respiratória por data de ocorrência, **corrigido pelo atraso de divulgação**, sugere que não está caindo há várias semanas na capital. Para usar o dado por data de ocorrência (mais adequado p/ tendência) TEM q usar correção do atraso.
7/n Não. Ñ é razoável supor q a tendência de estabilização nesses dados de SRAG da capital são consequência de casos do interior, pois usamos município de residência para esse dado em particular (p estados e macrorregiões de saúde usamos município de notificação).
8/n. Não. Os dados de SRAG ñ sofrem com mudança de critério de confirmação de casos de #COVID ou de internação quando se usa os dados gerais com filtro de sintomas adequados à SRAG mantido constante ao longo do tempo.
9/n Novos casos de SRAG terem parado de cair pode resultar em aumento de óbitos divulgados algumas semanas depois, pois não estar mais caindo faz com que o número de novos óbitos represados pare de cair e, portanto, o divulgado pode subir. Isso se soma à mudança de classificação.
10/n Além disso, sabemos que mudança na tendência de casos leva algumas semanas à se refletir em mudança nos óbitos (tudo por data de ocorrência), pois isso depende do tempo de evolução natural da doença, i.e., tempo médio entre 1os sintomas e óbito nos casos graves.
11/n Ou seja, está correto dizer que parte desse aumento nos registros de casos de sg e óbito de covid sejam consequência de mudança de critério, mas não é só isso. É errado dizer que o dado por data de ocorrência apresenta queda. Esse dado apresenta queda mesmo no pico.
12/n O conjunto de evidência aponta para o fato de que não, não estamos mais em queda na capital do Rio de Janeiro. Diminuímos bastante em relação ao pico, mas o problema não acabou.
13/n Quase esqueço: sim, mudanças na agilidade da inserção de registros pode afetar a estimativa de casos recentes. Isso pode explicar pq lá pela semana 26 a estimativa sugeria possível aumento e hoje vemos que foi suave e estabilizou.
14/n no entanto, como o modelo é atualizado semanalmente, ele é capaz de aprender com o novo perfil do atraso. Portanto, como o sinal de estabilização se mantém há várias semanas, não é razoável supor que isso ainda é efeito de mudança na agilidade de digitação dos dados.
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