Com o time praticamente titular, gramado excelente, alguns jogadores mais descansados e opções no banco, o contexto um pouco mais favorável fez o Flamengo nadar de braçada contra o Corinthians.
Há muito o que falar sobre a goleada de hoje... Quando tiver um tempinho, vou escrever aqui.
Quem tiver mais pressa, pode conferir a análise bem detalhada em tempo real lá no Telegram (t.me/teofb7)
Só alguns comentários rápidos sobre alguns indivíduos...
Vitinho foi a maior surpresa na escalação e o maior destaque. Deixo aqui uma página do capítulo "Flamengo 3x1 Atlético-MG" do meu livro, Outro Patamar
Para além dele, vale destacar Filipe Luis e Thiago Maia. O primeiro já esgota todos os elogios possíveis. Que jogador fenomenal.
O segundo está se mostrando um monstro. Sobra fisicamente, mas complementa com inteligência, personalidade e muita técnica.
Por fim, é preciso destacar Natan. Vem sendo testado em diferentes contextos e sempre se destacando. Até aqui, vem jogando num nível impressionante com e sem bola, confirmando as primeiras impressões! Mereceu demais o gol!
Vai ser interessante acompanhar o planejamento para as próximas semanas. Domenec já deu a entender que deve poupar na Libertadores.
Com a possibilidade de três semanas abertas para treino (poupando também na Copa do Brasil), o Flamengo pode evoluir mais do que evoluiu até aqui.
Ainda há questões a serem corrigidas. Ainda há problemas — alguns estruturais, outros bem pontuais.. O Fla tem potencial para atropelar no campeonato se ajustar alguns detalhes e conseguir consistência nos 90 minutos, mesmo que não venha a jogar um futebol mágico por enquanto.
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Nenhum rubro-negro ficou feliz com o empate contra o Red Bull Bragantino. Dentro de um contexto surreal, os três pontos e a liderança provisória seriam importantes para a sequência que vem a seguir...
Desde a viagem para o Equador, há exatamente um mês, o rubro-negro não teve um dia de paz. O surto de coronavírus, uma série de lesões, uma sequência insana de jogos, convocações...
Em uma temporada já atípica, o Flamengo viveu um mês de pandemônio.
Neste mês, o Flamengo conseguiu seis vitórias e dois empates. Resultado exemplar, até acima do esperado com tantos problemas.
Mesmo assim, não dá para deixar os resultados mascararem o desempenho: o time teve maus momentos em todos os jogos e mostrou que ainda precisa evoluir.
Ufa! O Flamengo sofreu, mas conseguiu vencer o Goiás no último lance.
Ou melhor… O Flamengo criou, martelou, mas a bola cismou de não entrar até o último lance. Assim é o futebol. O sofrimento foi mais pelo resultado (até o fim) do que pela performance em si.
Vamos à análise!
Antes do apito inicial, havia uma dúvida sobre qual seria o time, uma vez que o Fla está no meio de uma agenda insana. Domenec teve que fazer um exercício de escalação condicional: o time e as substituições planejadas na terça dependiam também do planejamento para quinta.
Isso porque, segundo o próprio Domenec, o pico de desgaste dos jogadores se dá 48h após a partida. Ou seja, provavelmente ele não pensa em repetir (quase) ninguém nos dois jogos.
Talvez contando com a volta dos convocados para quinta, colocou o que tinha de melhor no momento.
Há quem acredite, há quem discorde. Fato é que o Flamengo foi lá e venceu, mesmo sem jogar. Aliás, mesmo em um jogo pouco jogado. Uma exibição fraca e cheia de erros, mas suficiente para garantir três pontos importantíssimos.
Mas clássico se joga? Se vence? O excelente @csguimaraes escreveu na semana passada sobre essa frase. O texto é sobre o Gre-Nal, mas vale para Flamengo x Vasco também.
Flamengo e Vasco vivem trajetórias inversas no campeonato. Um começou oscilando e vem se afirmando, o outro começou voando e vem caindo. Na verdade, ambos começam a gravitar suas posições "naturais" na tabela.
Não é surpresa para quem vinha prestando atenção nos números…
Logo no início do campeonato, um assunto começou a chamar a atenção: a falta de pontaria do Flamengo vinha incomodando. Mergulhei profundamente no tema para entender onde estava o problema.
De fato, o Flamengo ainda não era completamente dominante (como ainda não é) nos jogos, mas já era um time que ficava bom a bola, conseguia progredir razoavelmente, criava chances, finalizava... A bola simplesmente não entrava. Faltava o toque final.
Subiu na fogueira, mas se mostrou sempre rápido, seguro, tranquilo, eficiente... E o mais importante: testado em vários contextos diferentes e sempre se saindo bem.
Em sua estreia, pegou um contexto muito específico: com o time de garotos, o Flamengo recuou, se fechou e forçou o Palmeiras a forçar o jogo pelo lado.
Jogou pelo lado direito da zaga. Ele e Otávio foram quase impecáveis defendendo a área.
Já contra o IDV no Maracanã, jogou pelo lado esquerdo, ao lado de Noga.
O time que até subia o bloco de marcação, mas não pressionava intensamente. Preparava uma arapuca para contra-atacar mortalmente. Neneca teve que fazer até mais defesas, mas a zaga também foi segura.
Existe empate com gosto de vitória? Sinceramente não sei.
Mas certamente existe jogo com gosto de Flamengo.
O rubro-negro terminou a exaustiva semana das liminares com um sorriso no rosto. Não (apenas) pelo ponto conquistado, mas por um verdadeiro domingo de Flamengo.
Com todos os problemas, o Fla foi a campo um time de garotos.
Alguns completamente desconhecidos de boa parte da torcida. Há quem diga que “o time foi reforçado por quatro jogadores experientes”, mas a verdade é exatamente oposta. Eram sete moleques da base, a maioria estreando.
E o domingo foi todo deles. Entraram em campo contra um grande rival, colocaram a bola no chão e jogaram com toda a calma do mundo. Nada de bicões desesperados, de jogadores intimidados, de movimentações aleatórias… Para a surpresa de todos, o Flamengo jogou como um time.