Thread by @ScuderiaMilani

#F1 1991 - O FIO
Hoje, completam 29 anos do dia em que o @ayrtonsenna conquistou seu terceiro título na #F1. Bora seguir o fio de como foi ?

f1mania.net/f1/historias-d…

1991 apontava como um ano difícil. Graças ao esforço para o título de 90 e problemas no túnel de vento, a @McLarenF1 se atrasou e o MP4/6 ficou pronto 1 semana antes da temporada começar. O carro contava com um novo V12 da @HondaRacingF1

A @ScuderiaFerrari prometia ser a grande favorita ao título. Veio com o 642, uma versão melhorada do carro de 90 e contava com Alain Prost e a sensação francesa Jean Alesi

A @WilliamsRacing vinha com o FW14, bastante inspirado no Leyton House CG901, também desenhado por Adrian Newey. Riccardo Patrese ficava mais um ano e era ladeado por Nigel Mansell, que retornava ao time depois de ter anunciado sua aposentadoria

Por fora, a Benetton vinha com Nelson Piquet e Roberto Pupo Moreno. Teriam o status de equipe principal da Pirelli, um novo Ford V8 e um novo carro que faria sua estréia em Imola. As primeiras provas seriam feitas com o B190 modificado.

Podemos citar ainda em 91: a Tyrrell/Honda, a Leyton House/Ilmor...e uma novata: a Jordan/Ford

Era uma época em que 26 carros largavam e havia pre-qualificacao na sexta de manhã para decidir quem iria para o treino da tarde. AGS, Fondmetal, Coloni...

A temporada começou mais uma vez nos Estados Unidos. E Senna conseguiu fazer pole e vencer de ponta a ponta até com certa facilidade

Veio o Brasil e o famoso caso do "milagre da 6a marcha". Senna conseguiu vencer pela primeira vez em casa e tendo as Williams em seus calcanhares

San Marino marcava o começo da temporada europeia. A Benetton apresentava o B191 "tubarão" desenhado por John Barnard e a Footwook, o FA12, empurrado pelo Porsche V12

San Marino foi marcado pela guerra aberta entre Alain Prost e Cesare Fiorio, então chefe de equipe. A briga que era velada 1990 se tornou aberta em 91, especialmente pelo.mau começo. Na queda de braço, o francês levou a melhor. Mas...

Só que um pouco antes da largada, choveu. E aí Prost fez algo que não poderia: errou. E feio. Rodou na volta de apresentação. Berger também saiu, mas trouxe de volta...

Senna venceu está também. Marcou também o único pódio de JJ Letho e os primeiros pontos de um tal Mika Hakkinen

Monaco marcou mais uma vitória de Senna. 4 provas, 4 vitórias. Mas a história começava a mudar...

Canadá chega e as Williams nadam de braçada. Senna abandona e Mansell caminhava para uma tranquila vitória. Até que o alternador da Williams vai pro espaço na última volta e o primeiro lugar cai no colo de Nelson Piquet (foi a última vitória do brasileiro na F1)

A partir daí, uma sequência da Williams: Patrese no México. Mansell vence França, Inglaterra e Alemanha. Senna tenta, mas o máximo que consegue é um terceiro lugar no México. Inglaterra e Alemanha, tem pane seca

A Ferrari tentou se meter nesta briga e lançou na França, o 643, feito em 3 meses por Jean Claude Migeot. Prost ainda brigou pela liderança em Magny Cours, mas teve que ficar em segundo.

Na Hungria, McLaren, Honda e Shell trazem novidades e Senna consegue se impor às Williams. Na Bélgica, outra vitória e o abandono de Mansell deixa as coisas mais simples

Neste mesmo GP da Bélgica, estreou um tal Michael Schumacher. Com a prisão de Bertrand Gachot por ter agredido um taxista, a equipe ficou sem piloto. Com um combustível de US$ 100 mil da Mercedes, Schumacher correu. Fez o 7o tempo e não deu uma volta

Na Itália, Mansell leva a melhor e consegue ainda manter suas chances. Nesta prova, Briatore rifa Moreno e põe Schumacher em seu luga Tudo vai para a justiça e Moreno leva uma indenização e corre pela Jordan. Piquet também completa 200 GPs

A F1 chega à Espanha para estrear o Circuito da Catalunha, nos arredores de Barcelona. Mansell consegue vender no meio de um aguaceiro e mantém suas chances. Senna consegue um 5 lugar

E no dia 20 de outubro de 91, o GP do Japão. Berger consegue marcar a pole, deixando Senna 2 décimos atrás. Mansell consegue ficar em terceiro e vai tentar jogar tudo na largada.

Mas os companheiros da McLaren se acertam: Berger iria tentar manter a liderança e Senna “faria a marcação” do inglês. O austríaco tentaria andar o mais rápido possível para abrir uma boa diferença, caso Mansell passasse Senna.

E a largada seguiu este figurino: Berger pulou na frente e Senna segurou Mansell. Mansell conseguia se aproximar nas curvas, mas o motor Honda tinha uma melhor saída , o que permitia Senna se manter à frente. Até que na 10a volta...

Na aproximação para a primeira curva, Mansell perdeu o controle do carro (turbulência? Freio com problemas?) e vai parar na caixa de brita, sem conseguir voltar. Senna conseguia vencer o seu terceiro campeonato.

A partir daí, Senna passou a fazer sua corrida: tirou a diferença de 5 segundos que o separava de Berger e o ultrapassou. Mas término da última volta, Senna abre caminho para que Berger obtivesse sua primeira vitória na McLaren

A entrevista pós-corrida acaba sendo um grande desabafo sobre tudo que havia acontecido nos anos anteriores. Aproveitando que havia tido uma mudança no comando da FISA, Senna abre a metralhadora e disparou contra muita coisa. Houve barulho, mas sem maiores consequências.

Após o GP do Japão, Prost comparou pilotar sua Ferrari como dirigir um caminhão. Foi o motivo para os italianos romperem o contrato. Gianni Morbidelli foi chamado para pilotar na Australia

O GP da Austrália acaba sendo uma formalidade. Ainda mais por conta do aguaceiro que caiu no dia da prova, fazendo que só houvesse 14 voltas (o mais curto de toda a história). Além de ser o fechamento da temporada, acabou sendo a última prova de Nelson Piquet na F1.

O campeonato acabou desta forma