A morte de Roland Ratzenberger em Imola, no ano de 1994, colocou a equipe Simtek. Com uma história tenebrosa, a equipe chegou a ter a "benção" do Zé do Caixão no GP do Brasil daquele ano. Eis a história da equipe nessa thread:
A Simtek foi fundada por Nick Wirth e Max Mosley, em 1989. Max, apenas dois anos depois, se tornaria presidente da FISA. A ideia da empresa era prestar consultoria para as equipes da F1, F3000 (atual F2) e IndyCar, com preços mais acessíveis, mas com alta qualidade
Inicialmente, a sede da empresa era na casa de Wirth. Mas o crescimento foi rápido, sendo necessária uma estrutura na cidade de Banbury, no condado de Oxfordshire, Inglaterra. A estrutura contava com um moderno tunek de vento e prestou consultoria à Ligier, time de F1 na época
Em 1990, a BMW estava interessada em entrar na F1, encomendando um estudo a Simtek. Entretanto, a montadora alemã preferiu usar a consultoria em seus carros da DTM, para 1991. Além disso, a empresa instalou e deu assistência técnica ao novo túnel de vento da Ligier.
Próximo ao circuito de Magny-Cours. O governo na época era dono da Renault e da Elf, e investia dinheiro no projeto da equipe francesa. O Presidente Francois Mitterrand era amigo próximo de Guy Ligier, da época da Resistência Francesa na Segunda Guerra Mundial
Mas aquele projeto da F1 foi reativado: chamado de S921, foi para a pitoresca equipe Andrea Moda no ano de 1992. A equipe de Andrea Sassetti passou vergonha e foi excluída do campeonato depois do GP da Bélgica.
Na Bélgica, o próprio Andrea chegou a ser preso, acusado de falsificação de faturas. a equipe estava um caos total. Isso é apenas um resumo da história. Mas tem esse vídeo do @projetomotor que explica melhor:
Em 1992, Mosley vendeu sua participação na empresa para Wirth. Em 1993, ele assumia o comando da FIA, no lugar de Balestre. A FISA que era o braço desportivo da entidade máxima do automobilismo deixaria de existir.
Também em 1993, um novo projeto na F1 contaria com a Simtek. Dessa vez, seria a equipe anglo-espanhola Bravo F1. O protótipo S931 foi apresentado e chegou a ser testado. Mas em Novembro de 1992, não passou no crash-test.
Além disso, Jean-François Mosnier, fundador da equipe, morreu ainda em 1992, e os projetos foram arquivados. Então, em Agosto de 1993, Nick Wirth anunciou a entrada da Simtek na F1.
O projeto inicial previa recursos como suspensão ativa. Mas com as mudanças das regras previstas para 1994, isso caiu por terra. Além disso, outros conceitos como bico "tubarão" foram considerados, porém o dinheiro não permitiu o uso dessas evoluções.
Inicialmente, o projeto teve o financiamento do tricampeão Jack Brabham, que, em troca, queria que seu filho David ocupasse uma das vagas. A empresa alemã SMS Motorsport tornou-se acionista do time ao comprar 15% de suas ações.
Também em 1994, a equipe anunciou uma parceria com a filial da MTV na Europa. Nao era uma parceria financeira na verdade O acordo de patrocínio era de fato do tipo "triangular".
Caso um patrocinador se interessasse por estampar sua marca nos carros da Simtek, ele poderia pagar diretamente a equipe um valor bastante reduzido para veicular seus comerciais na MTV Europeia.
O carro, chamado de S941 (uma evolução do S931), contaria com motores Ford HB Série V V8 aspirado, versão usada pela Benetton em 1991. Um transmissão XTrac T semiautomática de 6 velocidades foi usada.
Esse modelo passou no crash-test, diferente de seu antecessor. No ano seguinte teriam regras bem mais pesadas. Em relação a segundo piloto, eram cotados nomes como Jos Verstappen e Gil de Ferran.
Mas quem acabou ficando com a vaga foi austríaco Roland Ratzenberger, nascido em 1960, ele era poucos meses mais novo que Ayrton Senna, que tinha estreado na categoria 10 anos antes. Ele tinha começado sua carreira pela F3 Alemã, em 1983, passando por algumas outras categorias
Fez seu nome no endurance, correndo no Japão e em Le Mans, inclusive com o brasileiro Maurizio Sandro Sala, que o descreveu com uma pessoa bem reservada. Ele também correu pela F3000 Japonesa nos anos de 1990, 1992 e 1993.
Seu maior feito no automobilismo tinha vencer as 24 Horas de Le Mans de 1993, pela classe C2, sendo quinto no geral. Ele dividiu o Toyota 93C-V com o japônes Naoki Nagasaka e o italiano Mauro Martini. Mas o contrato de Ratzenberger era apenas de cinco corridas.
Para assinar por cinco corridas, ele teve ajuda de patrocínios, além do dinheiro que ele ganhou correndo no Japão. Eram apenas cinco corridas, mas ele já tinha um contrato para correr pela Toyota em Le Mans, dessa vez com um carro que poderia vencer no geral.
A primeira parada da F1 daquele ano foi em Interlagos, o GP do Brasil. Enquanto o público focava em Senna, estreando na Williams, a Simtek se preparava para uma batalha com a equipe Pacific, outra estreante. O Grid contava com 28 carros, mas só 26 se qualificavam.
O grid eram definido em duas sessões de treinos: uma sexta (Q1) e outra no sábado (Q2). O piloto da Pacific, Paul Belmondo, não participou das sessões. Então apenas um piloto seria eliminado. No Q1, Brabham fez o 25° tempo, com 1:22.266
Seguido por Bertrand Gachot (Pacific), com 1:22.495. Em 27° ficou Ratzenberger, com 1:22.707. Na sessão de sábado, Gachot conseguiu melhorar seu tempo, com 1:20.729, Brabham fez 1:21.186 e Ratzenberger marcou apenas 1:23.109. Sendo assim, Gachot conquistou a 25°
Brabham a 26° e Ratzenberger não se qualificou, com o 27° tempo. Mas outra coisa que aconteceu no GP do Brasil chamou a atenção: o jornal Notícias Populares convocou o ator e cineasta José Mojica Marins, mais conhecido como Zé do Caixão, para ser seu reporter
Segundo o @almanaquedaf1, dois dias antes da corrida, Zé do Caixão visitou a Simtek e a seguinte declaração apareceu no jornal: "O Zé do Caixão deu a maior força pra Simtek, a pior equipe da Fórmula-1. Nosso enviado especial exorcizou (continua)
a carroça da equipe e encheu de poder os pilotos Roland Ratzenberger e David Brabham com a força das trevas. O pessoal da Simtek adorou o Zé. Os carros da equipe são pretos e roxos, as cores preferidas do Zé, e ele acha que a Simtek pode surpreender."
Brabham terminou o GP do Brasil em último, cruzando em 12°, 4 voltas atrás do vencedor, Michael Schumacher (Benetton). A segunda etapa daquela temporada seria o GP do Pacifico em Aida, Japão.
Era uma pista conhecida de Ratzenberger, que só foi à correr no segundo dia. Marcou o 26° tempo, com 1:16.536, ficando logo atrás de Brabham, com 1:14.748. As duas Pacific não se qualificaram. Na corrida, Brabham abandonou logo no ínicio e Ratzenberger terminou em 11°
Foi o último a cruzar a linha de chegada, a 5 voltas do vencedor, Schumacher. A terceira etapa seria em Imola, um dos finais de semana mais trágicos da F1. No Q1, o primeiro acidente grave: Rubens Barrichello (Jordan) decolou após sair na primeira perna da Variante Bassa
O impacto foi feio e o cuidado dos fiscais não foi o adequado. Porém, Barrichello sobreviveu, o que poderia ser a evidência que os carros eram seguros na época. Sem o brasileiro na sessão, só um carro iria ficar de fora

Ainda no Q1, Brabham marcou o 24° tempo, e o Ratzenberger o 25°. Mas no Q2, Gachot abaixou seu tempo para 1:27.143, jogando Roland para a 26° posição. Então, ele foi a pista para tentar superar esse tempo. Na primeira volta, ele conseguiu 1:27.584, bem atrás do tempo desejado.
Em sua segunda saída, durante a volta de aquecimento, danificou a asa dianteira na curva Acque Minerale. Resolveu continuar e o bico soltou-se quando estava a 310 km/h, fazendo perder o controle e batendo na curva Villeneuve. Ficou inconsciente e as esperanças eram poucas
Ratzenberger foi transferido de ambulância para o centro médico do circuito de Imola e posteriormente ao Hospital Maggiore, em Bolonha. Ele foi declarado morto na chegada. A causa oficial da morte foi uma fratura no crânio.
Foi a primeira morte da F1 desde Elio de Angelis em um teste privado em Paul Ricard no ano de 1986, a primeira em um final de semana desde Riccardo Paletti no GP do Canadá de 1982
A sessão iria ficar parada por 28 minutos. No retorno, Benetton e Williams se recusariam a voltar a pista. Ao fim, David Brabham continuou com seu 24° tempo e Ratzenberger ficou com o 26° tempo. E logicamente sua posição ficou vaga no domingo
Brabham decidiu correr no domingo, relatando: "Eu perdi um amigo próximo ontem. Apesar de serem companheiros de equipe por apenas algumas semanas, já nos divertimos muito juntos e tínhamos todos os motivos para esperar um grande ano com a equipe Simtek. (continua)
Estou confiante de que a maior homenagem que podemos prestar a Roland é correr hoje, daí a minha decisão". A Simtek pregava que eles correriam pelo Roland
Mas nesse dia teria outra tragédia: Ayrton Senna bateu forte na Tamburello após a quebra da coluna de direção, que contava com uma soldagem mal feita. No acidente, o braço da suspensão acertou o visor do capacete, levando a vida do brasileiro.
Adentrando a órbita acima do olho direito, danificando irreversivelmente o lobo frontal. Sua morte cerebral foi atestada no hospital. Enquanto na corrida, a Simtek de Brabham rodou na volta 27. Algumas pessoas do circo da F1 compareceram ao funeral de Roland:
Max Mosley, seu companheiro de equipe David Brabham, Johnny Herbert, Heinz-Harald Frentzen e os compatriotas de Ratzenberger Karl Wendlinger e Gerhard Berger. A mídia em geral estava focada no funeral de Ayrton Senna, enquanto o austríaco era enterrado em Salzburg
A quarta etapa do campeonato era em Mônaco, tanto WIlliams, quanto Simtek correram apenas com um piloto. Na sessão de treinos da quinta, outro susto: Karl Wendlinger da Sauber, bateu a 280 km/h na saída do túnel. A equipe se retirou da etapa e o piloto ficou em coma por semanas
Com apenas 24 carros na qualificação, Brabham foi o 22°, à frente dos carros da Pacific. Na corrida, Brabham conseguiu passar Lamy (Lotus), contando com um acidente na primeira volta, era o 17° de 20 carros. Mas acabou abandonando por conta do motor na 45° volta
No GP da Espanha, o carro #32 voltaria a ser usado, o piloto seria o italiano Andrea Montermini, mas logo na qualificação, ele acabou escapando na reta principal, bateu e a frente do carro simplesmente se desfez, Andrea quebrou o tornozelo, e logicamente, ficou de fora da corrida
Brabham se qualificou em 24°, sendo o último piloto a cruzar a linha de chegada, em 10°, quatro voltas atrás do vencedor. No Canadá, apenas Brabham iria correr pela Simtek. Conseguiu um 24° lugar no grid, terminando em 14°, quatro voltas atrás do vencedor.
Na semana seguinte ao Canadá, aconteceu as 24 Horas de Le Mans, etapa que Roland devia correr com a Toyota 94C-V. No lugar dele, correu Eddie Irvine, mas a marca japonesa manteve o nome de Ratzenberger no carro, em forma de homenagem. O carro finalizou em segundo no geral
A partir do GP da França, a vaga seria do carro #32 seria ocupada pelo francês Jean-Marc Gounon. Foram sete corridas dessa forma. Gounon faria a melhor posição da história da Simtek na França, ficando em 9°, penúltimo carro a cruzar a linha de chegada.
A equipe largaria em todos os GPs em diante até o final da sua vida. Algumas performances em qualificação foram muito boas: Brabham no GP da Bélgica conseguiu largar em 21°. Gounon sairia da equipe após o GP de Portugal, dando lugar a "Mimmo" Schiattarella no GP da Europa
Taki Inoue iria assumir o carro #32 no Japão e Schiattarella voltaria ao carro na Austrália. Wirth decidiu manter a equipe para 1995. Um novo carro teria que ser produzido, já que as regras seriam bem mais rígidas em relaçao a segurança que o ano anterior.
A Simtek S951 com certeza era uma grande evolução para a equipe. as linhas mais suaves e alguns conceitos que não puderam ser implantados em 1994. Além disso, a equipe correria com o mesmo motor e câmbio da campeã que a Benetton tinha usado no ano anterior
Brabham decidiu sair da equipe ao final da temporada de 1994, deixando espaço para o italiano Domenico "Mimmo" Schiattarella, que ficaria com o carro #11. O carro #12 seria de um piloto emprestado da Benetton, Jos Verstappen, considerando um piloto que tinha por onde evoluir.
Naquele ano apenas 26 carros competiram, então não existia mais a chance de não se qualificar. No Brasil, um verdadeiro fiasco. Na qualificação, Jos ficou com o 24° tempo, Domenico com o 26°. Ficando no nível da Forti, estreante daquele ano que tinha um carro bem ruim
Na corrida, Domenico abandonou por um problema no volante e Jos por um problema no câmbio. Mas na segunda etapa, Argentina, as coisas foram bem mais animadoras, Jos se qualificou em 14° e Domenico em 20°. Ambos pularam bem na largada, passando em 10° e 14° na primeira volta
Mas Jos acabou abandonando, de novo por problemas de câmbio, enquanto Domenico terminou em 9°, quatro voltas atrás do vencedor. Em Imola, Jos se qualificou em 17° e Domenico em 23°, ambos abandonaram. Na Espanha, Jos se qualificou em 16° e Domenico em 23°.
Ambos os carros chegaram ao fim, com Jos terminando em 12° e Domenico em 15°, o último carro a cruzar a linha de chegada. A etapa seguinte era Mônaco, que seria a última corrida da história da equipe. Jos Verstappen teve um problema de câmbio na qualificação.
Marcou o 23° tempo, a situação financeira era tão grave, que não havia outro câmbio para substituir, então ele teria que correr com aquele carro defeituoso no domingo.
Na largada, um acidente entre Coulthard (Williams), Berger (Ferrari) e Alesi (Ferrari), fez com que vários carros tivessem a passagem bloqueada, a direção de prova optou por uma nova largada, procedimento comum na época.
Mas ao tentar empurrar o carro de Domenico, os ficais acabaram danificando o veículo, a equipe infelizmente não tinha o que fazer. Jos abandonou quando estava tentando ir a caminho da segunda largada, pelo problema que vinha enfrentando desde a qualificação.
Nick Wirth após o GP disse que só um milagre salvaria a equipe, em situação calamitosa, ele chegou a ter reuniões com os patrocinadores, que não mostraram nenhum empenho em tentar ajudar. Eram US$ 10 milhões em dívidas, um valor muito alto para manter o time do grid
Queria agradecer a essas pessoas que me ajudaram na thread: @Speeder76, @alvesalessandra, @bandeiraverde, @Voltarapida, @smilani80 e Leonardo Felix

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