Boa tarde. Vou socializar cinco fotos (em um mini fio) da matéria da Carta Capital onde faço uma análise da encruzilhada da eleição paulistana para o PT e o PSOL
Aqui, as opiniões do Valter Pomar, as minhas e as de Sérgio Braga
Nesta penúltima foto, o texto ampliado para facilitar a vida de gente mais idosa como eu....
Finalmente... o final....
Errei a conta... não eram cinco, mas quatro fotos.... velhice....
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A novidade nesta eleição em Belo Horizonte: a Coletiva
Na eleição passada, várias candidaturas identitárias do PSOL lançaram a ideia das candidaturas coletivas. A novidade dialogava com a experiência política de 2013: liderança não é algo individual, mas coletivo. Segue o fio
1) Havia, ali, uma simbiose entre a democracia representativa – aquela em que o cidadão vota em alguém que o representará no campo institucional – e a democracia participativa – em que vários coletivos e cidadãos se inserem nas estruturas de poder público
2) Em 2016, a campanha coletiva lançava várias candidaturas a partir de uma ideia de unidade, de projeto comum ao redor da sigla MUITAS. A proposta elegeu Áurea Carolina e Cida Falabella e acabou gerando um gabinete unificado na Câmara de Vereadores: a Gabinetona
Retorno à análise das crises petistas abertas pelos Fernandos. No fio de hoje (mais cedo), detalhei o "novo acordo interno" forjado por Fernando Pimentel que redundou num imenso fracasso. Agora, analisarei os erros de outro Fernando, o Haddad. Este, quebrou as pernas do PT SP.
1) Fernando Haddad era uma aposta de renovação, algo extremamente necessário ao PT. Jovem, perfil classe média branca intelectualizada, contido, estilo britânico, não muito afeto às periferias, como o outro Fernando, próximo de uma agenda gerencialista-empresarial.
2) No MEC, desmontou toda tradição de proposta pedagógica progressista do país que envolve gente como Paulo Freire e Anísio Teixeira. Ao contrário, propôs a adoção das avaliações externas, refutadas por uma de suas criadoras, Diane Ravicht.
Em meio à tensão que vivo neste acompanhamento da apuração dos votos nos EUA, decidi fazer um fio atemporal sobre como os Fernandos desmontaram a imagem do PT em São Paulo e Belo Horizonte. Que fique claro: torço pelo PT e é por este motivo que alerto para os erros. Segue o fio
1) Fernando Pimentel ingressou na prefeitura de Belo Horizonte para se opor ao modo petista de governar e, consequentemente, parte considerável dos programas de Patrus Ananias. Logo de início, ficou famoso o seminário que planejou esta reviravolta.
2) Pimentel tinha como mote a transformação de BH em cidade global. Conceito nascido nas projeções utópicas empresarias da década de 1990, significa aglomerações urbanas que funcionam como centros de influência internacional, casos de Nova York, Tóquio, Roma, Paris, Londres...
Ontem, ouvi de um amigo que chegou a um alto cargo num dos principais bancos privados do Brasil como o assédio moral diário é uma rotina de bancário, seja lá qual posto assumir. Fiquei com a impressão que os sindicatos de bancários pegam leve demais. (Segue o fio)
1) Este meu amigo relatou que ao dirigir um banco, supervisores regionais ligam diariamente pressionando por metas que, muitas vezes, já cumpriram: uma, duas, três, quatro vezes ao dia.
Não adianta o bancário retrucar dizendo que já cumpriu.
2) Se os bancos de uma região não cumpriram suas metas, a sua agência é pressionada a compensar a venda de "produtos", como títulos de capitalização (que ele sustenta que é uma loteria em que o cliente é levado a jogar sem qualquer certeza de resultado)
Bom dia. Farei um pequeno fio sobre minha fala na live da Coletiva, a candidatura da médica Sônia Lansky à Câmara Municipal de Belo Horizonte em que 9 lideranças sociais se apresentam como co-vereadores dela. Falei sobre a "nova sociedade" que necessita de uma "nova política".
1) Sobre a nova sociedade: a marca prática da nova sociedade é a provisoriedade. Aquele compromisso social e a fidelidade política do século XX para com alguma organização vem decaindo rapidamente. Agora, o avatar propicia múltiplas personalidades, dúvidas e mudanças de rumo
2) Hoje é possível deslizar na opinião a respeito de qualquer coisa podendo aceitar um argumento no grupo de whatsapp e discordar do mesmo argumento em outro. E ninguém o cobrará pela incoerência. Na ação social, temos a substituição de movimentos sociais por mobilizações sociais
Prometi, ontem, postar comentários sobre o levantamento que minha equipe fez das pesquisas de intenção de voto em capitais e cidades-polo do Nordeste, Sudeste e Sul do país. Vou postar agora. Segue o fio.
1) Primeiro, algumas advertências. Fizemos um levantamento em virtude do acesso a pesquisas de intenção de votos. A seleção de cidades-polo, portanto, não segue um critério político, mas de acesso aos dados. Em segundo lugar, não se trata de vaticínio, mas de leitura de dados
2) Comecemos pelas capitais do Nordeste. As pesquisas não indicam uma região exatamente marcada pelo voto progressista. E também não indicam uma relação com o cenário nacional ou até mesmo com o governo estadual de plantão.