Dos 5.570 municípios que temos no 🇧🇷, 1.856 não geraram receita suficiente nem para pagar os salários de prefeitos, vereadores e equipes que serão eleitos no próximo domingo.
Será que precisamos de TANTOS municípios dependentes da mesada do "PAPAI ESTADO"?
Vamos aos dados…
O grande número de municípios pode ser explicado porque após a Constituição Federal de 1988 estes foram elevados a entes federativos, adquirindo AMPLA AUTONOMIA política, financeira e administrativa.
Mas a receita gerada no município não era suficiente...
É aí que entra os recursos do Fundo de Participação de Municípios (FPM).
O governo federal distribui BILHÕES de reais todos os anos para complementar a receita dos municípios.
Em 2019 foram R$94 bilhões, e o foco são os pequenos municípios, q recebem mais proporcionalmente.
Com a grana fluindo para as pequenas cidades, o processo de criação de novos municípios foi acelerado, em prol do “desenvolvimento local”.
A narrativa colou.
Tivemos 1.079 novos municípios desde os anos 90 (quase 20% do total), totalizando os atuais 5.570.
Uma consequência natural disso é o aumento do número de vereadores, de prefeitos, e dos gastos com o Legislativo.
Serão eleitos em 2020 “novos” 55 mil vereadores e 5.570 prefeitos e outros 5.570 vice-prefeitos.
Uma parte em cidades que sequer tem dinheiro pagar seus salários!
Só a eleição municipal de 2020 irá contar com 550 mil candidatos e um custo estimado de R$647 milhões (o custo total do processo passa de R$ 1 BILHÃO)
Será q o município de Serra da Saudade-MG, e seus 776 habitantes, necessitam mesmo de poderes executivo e legislativo autônomos?
A PEC do Pacto Federativo propõe reduzir 1.217 micromunicípios: locais q tenham menos de 5 mil habitantes e cuja arrecadação de impostos próprios seja menor que 10% da receita TOTAL.
É isso mesmo que você leu. O município depende de um $$ que “cai do céu” p/ fechar os outros 90%
Com a redução proposta, 1.217 cargos de prefeito e 10.953 vereadores serão extintos em 2025. Contando as equipes tb, são 30mil cargos!
Como a simples repartição do bolo ñ aumenta o seu tamanho, os pequenos municípios têm preferência no FPM e apenas 2% da população é beneficiada.
A exemplo de como o Fundo de Participação é repassado, em 2020, Serra da Saudade, recebeu R$ 9.775,14, para cada habitante, enquanto Poços de Caldas, com 200 mil habitantes, recebeu R$29,89.
Mas afinal, o que o país ganha reduzindo o número de municípios?
Vai DESAFOGAR os orçamentos de estados e municípios, REDUZIR a distorção de muito dinheiro p/ poucos, INIBIR a criação de novos micromunicípios e MELHORAR os investimentos dos vários níveis de governo.
Essa deveria ser uma PAUTA PRIORITÁRIA dentre tantas REFORMAS necessárias!
O @GuilhermeBoulos acha que o estacionamento do Parque do Ibirapuera deveria ser gratuito para todos.
Com a CONCESSÃO do parque à iniciativa privada, o dono “malvadão” capitalista agora vai ganhar em cima do “pobre paulistano”.
A lógica não poderia estar mais ERRADA... Segue 👇
Em 1o lugar, as vagas dentro do parque já eram cobradas, via Zona Azul. Períodos de até 2 horas durante a semana já custavam R$10, e nos finais de semana R$5.
Agora, a empresa vencedora deve cobrar o preço único de R$10 na semana e R$12 no final de semana (s/ limite de tempo).
Mas não é só a OMISSÃO PROPOSITAL dessa informação que chama a atenção na crítica de Boulos.
O candidato do PSOL deixa de lado todo um contexto urbanístico extremamente relevante para as cidades grandes, como SP.
Ele realmente não sabia ou é populismo puro? Seguindo...
Fui autor de uma das denúncias realizadas que culminaram na expulsão do ex-candidato à prefeitura de SP pelo @partidonovo30
É importante esclarecer q a denúncia, q o próprio ex-candidato e ex-filiado tornou público ao recorrer ao TSE (c/ acesso público a todos q quiserem ler), continha fatos q evidenciavam desalinhamento do ex-filiado c/ o estatuto do NOVO
Foi uma denúncia técnica e bem fundamentada.
O motivo da expulsão já foi amplamente divulgado na imprensa.
Não se trata do que o ex-filiado falou ou deixou de falar e sim de diversas inconsistências apresentadas sobretudo ligadas à sua formação acadêmica.
O @GuilhermeBoulos disse que quem toma a casa de uma pessoa não é ELE nem o MST, mas sim os BANCOS
O ESQUECIMENTO SELETIVO dele não é à toa: o maior avanço na legislação para melhorar a segurança em operações de crédito foi feita no governo LULA
Deixe eu te relembrar, Boulos...
A lógica de um empréstimo é bastante trivial: uma quantia de dinheiro é repassado com uma promessa de devolução do valor + juros. Simples assim.
E se o devedor não pagar?
Aí que entra a questão levantada pelo candidato do PSOL…
Até meados de 2000, havia muita insegurança jurídica na concessão de crédito: era difícil (para ñ dizer impossível) tomar para si bens ou imóveis dados como garantia em empréstimos, pois necessariamente tinha que passar pela justiça, o processo era lento, as partes recorriam, etc