Você já imaginou ser eleito Deputado Federal com ZERO VOTOS? Por mais estranho que isso possa parecer, isso aconteceu em 2002.
As regras eleitorais MUDARAM, mas é importante conhecer esse caso para entender o CENÁRIO ATUAL.
Vamos lá…
Os Deputados e Vereadores são eleitos pelo voto proporcional, ou seja, nem sempre o mais votado é eleito.
É daí q surgem casos como o TOCERA.
Ele foi “puxado” pelo icônico Enéas (PRONA), q teve + de 1,5 milhão de votos. E isso permitiu ao partido mais 7 vagas na Câmara Federal.
Acontece que o PRONA tinha o Enéas e mais 6 deputados inscritos na eleição. 1 deles teve 18 mil votos. Os outros 4 menos de 1.000 cada um.
E o Tocera 0 votos. Nem ele votou em si próprio, tamanha era a confiança na campanha 😅
Mesmo depois do caso do PRONA, outros casos parecidos ocorreram, por meio do famoso “puxador de votos”: Tiririca e Russomanno tiveram votações expressivas em 2014, e conquistarão mais cadeiras para seus respectivos partidos.
Com isso, era óbvio que mudanças eram necessárias...
A Lei 13.165 de 2015 criou uma cláusula de desempenho individual.
Funciona assim: votos válidos são divididos pelo número de cadeiras existentes, para, assim, calcular o QUOCIENTE ELEITORAL.
Se tivermos 100 mil votos válidos e 10 vagas possíveis, o quociente eleitoral é 10 mil.
Mas há um IMPOTANTE detalhe: caso o candidato não atinja o número de votos equivalente a 10% desse quociente, ele não pode ser eleito!
Logo, há um mínimo a ser atingido.
No nosso exemplo, cada candidato deve ter no mínimo 1.000 votos para estar habilitado a preencher a vaga.
Há também o QUOCIENTE PARTIDÁRIO, que é utilizado para calcular o número de cadeiras conquistadas pelo partido.
É o resultado da divisão: (número de votos conquistados pelos candidatos do partido + votos na legenda) / Quociente Eleitoral.
Assim, se o partido recebeu 30 mil votos ao todo (candidatos + legenda), seguindo o exemplo, o partido conseguiu 3 cadeiras!
É aí que está a mudança: caso a maior parte dos votos recebidos seja na legenda, alguns candidatos poderão ñ atingir o mínimo e o partido perde a cadeira.
Esse fato pode beneficiar outra sigla a eleger um candidato com viés político totalmente diferente do escolhido pelo eleitor! A regra é clara!
Votos na legenda são contabilizados como votos válidos e entram para o cálculo do quociente eleitoral; brancos e nulos são descartados!
Por isso, é importante escolher, além do partido, um candidato que represente suas ideias, para que ele consiga obter os votos necessários e conquistar a cadeira
Se antes votar na legenda era uma opção, hoje pode ser uma ação que não leve ao resultado pretendido
Pelo contrário.
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Dos 5.570 municípios que temos no 🇧🇷, 1.856 não geraram receita suficiente nem para pagar os salários de prefeitos, vereadores e equipes que serão eleitos no próximo domingo.
Será que precisamos de TANTOS municípios dependentes da mesada do "PAPAI ESTADO"?
Vamos aos dados…
O grande número de municípios pode ser explicado porque após a Constituição Federal de 1988 estes foram elevados a entes federativos, adquirindo AMPLA AUTONOMIA política, financeira e administrativa.
Mas a receita gerada no município não era suficiente...
É aí que entra os recursos do Fundo de Participação de Municípios (FPM).
O governo federal distribui BILHÕES de reais todos os anos para complementar a receita dos municípios.
Em 2019 foram R$94 bilhões, e o foco são os pequenos municípios, q recebem mais proporcionalmente.
O @GuilhermeBoulos acha que o estacionamento do Parque do Ibirapuera deveria ser gratuito para todos.
Com a CONCESSÃO do parque à iniciativa privada, o dono “malvadão” capitalista agora vai ganhar em cima do “pobre paulistano”.
A lógica não poderia estar mais ERRADA... Segue 👇
Em 1o lugar, as vagas dentro do parque já eram cobradas, via Zona Azul. Períodos de até 2 horas durante a semana já custavam R$10, e nos finais de semana R$5.
Agora, a empresa vencedora deve cobrar o preço único de R$10 na semana e R$12 no final de semana (s/ limite de tempo).
Mas não é só a OMISSÃO PROPOSITAL dessa informação que chama a atenção na crítica de Boulos.
O candidato do PSOL deixa de lado todo um contexto urbanístico extremamente relevante para as cidades grandes, como SP.
Ele realmente não sabia ou é populismo puro? Seguindo...
Fui autor de uma das denúncias realizadas que culminaram na expulsão do ex-candidato à prefeitura de SP pelo @partidonovo30
É importante esclarecer q a denúncia, q o próprio ex-candidato e ex-filiado tornou público ao recorrer ao TSE (c/ acesso público a todos q quiserem ler), continha fatos q evidenciavam desalinhamento do ex-filiado c/ o estatuto do NOVO
Foi uma denúncia técnica e bem fundamentada.
O motivo da expulsão já foi amplamente divulgado na imprensa.
Não se trata do que o ex-filiado falou ou deixou de falar e sim de diversas inconsistências apresentadas sobretudo ligadas à sua formação acadêmica.
O @GuilhermeBoulos disse que quem toma a casa de uma pessoa não é ELE nem o MST, mas sim os BANCOS
O ESQUECIMENTO SELETIVO dele não é à toa: o maior avanço na legislação para melhorar a segurança em operações de crédito foi feita no governo LULA
Deixe eu te relembrar, Boulos...
A lógica de um empréstimo é bastante trivial: uma quantia de dinheiro é repassado com uma promessa de devolução do valor + juros. Simples assim.
E se o devedor não pagar?
Aí que entra a questão levantada pelo candidato do PSOL…
Até meados de 2000, havia muita insegurança jurídica na concessão de crédito: era difícil (para ñ dizer impossível) tomar para si bens ou imóveis dados como garantia em empréstimos, pois necessariamente tinha que passar pela justiça, o processo era lento, as partes recorriam, etc