Quando a gente fala de movimentos coletivos, jogar em conjunto, é sobre isso...
Tecnicamente falando, o Inter tem seis jogadores atrás da linha da bola, mas Marcos Paulo tem DUAS excelentes opções de passe para sair na cara do gol.
Mas você sabe como a jogada chegou até aqui?
Sete ou oito segundos antes, a jogada era essa: tiro de meta curto, Fluminense fazendo uma meia-pressão, o chutão sai, mas o domínio é ruim e a bola fica com o Fluminense.
Danilo Barcelos acelera o passe. Zé Gabriel, que deu o chutão, já está colado em Marcos Paulo, mas só agora Cuesta começa a correr para frente, tentando desesperadamente achatar o campo... Lá do outro lado, Uendel ainda não começou a reagrupar...
Dando condição para todo mundo, Cuesta tem que escolher fechar um ou outro. Vai em Filipe Cardoso... O posicionamento é tão estranho que o atacante nem entende que está em posição legal. Em vez de atacar o espaço, dá um passo para trás tentando fugir de um suposto impedimento...
Com uma rota de passe livre (na verdade, uma autoestrada), Marcos Paulo deixa Caio Paulista na cara do gol para virar o jogo.
A gente fala muito em "controlar as transições" e isso não é só saber lidar com contra-ataques. Os cinco ou seis segundos depois que a posse de bola troca de dono são muito perigosos justamente porque os times costumam ficar desestruturados.
Tem muito detalhe no futebol. Um time é um organismo vivo que precisa funcionar em harmonia. São onze corpos e onze cérebros que precisam se movimentar como um só.
O Inter tinha a bola, se livrou dela e deixou uma série de buracos. Acabou saindo derrotado...
O momento do passe por outro ângulo...
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Quem já pisou no Maracanã conhece a magia do momento em que milhares de corações passam a bater no mesmo ritmo.
Desfazer-se na multidão, deixar de ser um e passar a ser muitos. Talvez essa seja a experiência mais transcendental — e ao mesmo tempo mais humana — que existe.
Há exatamente um ano, vivemos a versão mais radical dessa experiência. Por um segundo, quarenta milhões de corações não apenas bateram em sintonia: simplesmente pararam de bater.
O tempo congelou. Por um segundo, a Terra ficou em silêncio.
Meu livro começa neste exato momento.
Dizem que a vida passa como um filme na nossa frente quando vivemos experiências extremas.
Quando a bola quicou, cada rubro-negro vivo viu o filme de uma vida.
O FLA DE CENI - PARTE 1: As comparações com o Fortaleza
Rogério Ceni chega ao Flamengo com o respeito conquistado no seu bom trabalho no Fortaleza. Lá, ajudou a reestruturar o clube, chegou a mais de 150 jogos e se tornou ídolo.
O que essa passagem tem a nos dizer?
A primeira conclusão parece óbvia. Afinal, o grande problema do Flamengo hoje é defensivo e ninguém nega
Hoje o Flamengo pode ser resumido em uma palavra: erro.
Erro de escalação, de estratégia, de preparação mental, erro técnico, tático, até físico. Erro individual e erro coletivo.
Tudo, absolutamente tudo, foi errado. Parece que não aprendemos nenhuma lição nas últimas semanas.
É até fácil falar depois que deu errado. Mas mesmo voltando ao início, tentando entender o processo de decisão para chegar no jogo, nada faz sentido.
Domenec insistiu em uma escolha impopular: manteve Gustavo Henrique na zaga.
Dá pra dizer que ninguém mais faria isso, já que o zagueiro vem muito mal, errando tudo, falhou feio nos dois últimos jogos decisivos e psicologicamente parece não estar aguentando o rojão.
Sinceramente, não gosto desse "assunto do momento" nas transmissões. Acaba servindo apenas como megafone para a toxicidade das redes sociais. E nem é contínuo, algo sempre visível.
Alguém escolhe o momento de pinçar o assunto.
Acho que nunca vi nada positivo destacado ali.
Não acho que os "assuntos" sejam simplesmente inventados pelos jornalistas. Mas acho sim que ajudam a montar a narrativa do jogo e, normalmente, essa narrativa vem nascendo mais por sentimentos negativos do que qualquer outra coisa.
Me parece uma escolha pelo sensacionalismo
Além disso, a interpretação do "assunto" acaba sendo definida na cabine de transmissão. Se o goleiro toma um frango, o nome dele aparece nos "assuntos do momento". Não importa se, na verdade, a torcida estiver em peso o perdoando pelo erro — a impressão será de massacre coletivo.
Bruno Henrique chegou ao Flamengo como aposta. Terminou 2019 sendo eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Em um time cheio de estrelas em grande fase, há quem diga que foi o jogador mais importante do ano. De fato, não é nenhum absurdo.
Segue o fio aí…
Gerson ganhou o apelido de “coringa”, pela versatilidade demonstrada logo nos primeiros jogos, mas talvez a alcunha caísse ainda melhor em Bruno Henrique. Com Jorge Jesus, o atacante atuou consistentemente em cinco posições diferentes. Foi bem em todas!
O Mister variava bastante as formações entre os jogos e também dentro das partidas. Era comum começar com uma estrutura e mudar — às vezes mais de uma vez — o posicionamento durante os 90 minutos, mesmo sem substituições. BH era fundamental para isso.
Já falei muito sobre o jogo de ontem lá no Telegram. Infelizmente não terei tempo para escrever aqui.
O resumo é: como sempre, pontos positivos e pontos negativos. Mesmo em jogos seguros, o Flamengo ainda tem falhas importantes que dificultam muito o jogo.
Obviamente, a grande preocupação continua sendo a defesa. Acho que um bom resumo é o último texto que publiquei antes do jogo.
Ontem, especialmente no primeiro tempo, a defesa até ficou menos exposta. Mas os erros de saída de bola levaram muito perigo...