Peço licença para contar uma pequena história, fazer uma indicação e terminar com um pedido.
No final, claro, tudo tem a ver com futebol.
Em um cantinho da Costa Verde, perto de Paraty, há uma comunidade caiçara cheia de gente de verdade. Gente simples, que vive da pesca, do turismo e das conexões humanas...
Ponta Negra é um lugar mágico.
Há dez anos, o Coletivo João do Rio organiza uma mostra de cinema lá e leva, por alguns dias, filmes nacionais à comunidade que não tinha luz elétrica até 2018.
A experiência do Maré Cheia de Cinema sempre foi sobre gente. Sempre foi rica e divertida, mas se tornou transformadora de verdade quando a própria comunidade de Ponta Negra passou a se ver na tela, nos filmes produzidos ali mesmo, pelas crianças, durante os dias de festival.
Dez anos se passaram. As crianças cresceram e, hoje, aquela experiência cinematográfica despretensiosa serve também como parte da memória coletiva do lugar.
Quando conheci o Maré Cheia, em 2016, nem pensei duas vezes: fiz as malas e fui acompanhar de perto aquela aventura.
Eu ainda não sabia, mas estava conhecendo também a mulher da minha vida...
(Três anos depois, foi lá que pedi ela em casamento, mas essa é outra história)
Em 2018, voltamos mais uma vez a Ponta Negra, mas agora estávamos juntos. O olhar dela, que realmente vivia as relações daquele lugar há tanto tempo e de maneira tão sutil, me fez enxergar um monte de detalhes lindos, me fez amar aquele lugar e aquela gente.
Mas nem só da pesca e do turismo vive Ponta Negra. Todo dia, ao cair da tarde, começa a pelada da praia. Adultos, crianças e jovens. Todo mundo misturado. O jogo é pegado e ninguém quer perder, mas quase todo lance acaba em risada.
Talvez pela eletricidade ter demorado tanto a chegar, ninguém parece ligar tanto assim para o futebol profissional.
Mas, se você conversa com qualquer um ali, o futebol é mais que um jogo, mais que uma brincadeira. Os olhos brilham e um sorriso sempre se abre.
Não faltam histórias. Em 2020, então, decidimos juntar tudo isso, fazer um pouquinho de cinema e colocar algumas dessas histórias na tela.
Voltamos a Ponta Negra para filmar a 20a edição do FestJuá, campeonato das comunidades caiçaras da Reserva Ecológica da Juatinga.
A aventura deu origem a dois filmes feitos em parceria com o pessoal incrível do @DOZE_futebol. Ambos deveriam estrear, claro, na Mostra Maré Cheia, mas a pandemia impediu o evento... Aliás, o FestJuá foi a última coisa que aconteceu antes da quarentena ser decretada em março.
O primeiro filme, feito para os ingleses do @Copa90, já está no Youtube há algum tempo e conta a história do campeonato.
O segundo se chama Ponta Negra F.C., foca mais no time local e na identidade caiçara, e está estreando hoje no @CINEfoot.
Finalmente, então, fica aqui a indicação:
Entre no site (innsaei.tv/#/detalhes/565…), clique em ACESSE no canto superior direito, faça um login rápido e assista Ponta Negra F.C., um filme feito com carinho e verdade.
Por fim, o pedido:
Estamos participando da Mostra Competitiva de Curtas. Ao fim do filme, vai aparecer uma votação. Se você gostar de verdade, clique em GOL DE PLACA e depois em PRÓXIMO FILME.
Seria muito legal levar o troféu do fantástico @CINEfoot para Ponta Negra!
Ah, claro, e também separe um tempinho para ver os outros filmes do @CINEfoot e conhecer os conteúdos do @DOZE_futebol. Tem muita coisa boa acontecendo fora dos holofotes, muito trabalho que merece ser prestigiado!
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O ano era 1982. O governo militar argentino estava em maus lençóis. O modelo econômico dos anos 70 havia se esgotado no início dos anos 80. O país estava mergulhado em uma profunda recessão, a inflação anual ultrapassava a marca de 90% e a classe média empobrecia rapidamente.
O que um governo ultranacionalista pode fazer diante de tamanha crise? Declarar uma guerra. Foi assim que a Argentina decidiu retomar as Ilhas Malvinas do controle britânico.
Mas os generais subestimaram a situação e o tiro saiu pela culatra. Afinal, mesmo com seu poderio militar concentrado a meio mundo de distância, o Reino Unido não tinha o menor interesse em perder um confronto bélico no auge da Guerra Fria e em ano eleitoral.
Quem já pisou no Maracanã conhece a magia do momento em que milhares de corações passam a bater no mesmo ritmo.
Desfazer-se na multidão, deixar de ser um e passar a ser muitos. Talvez essa seja a experiência mais transcendental — e ao mesmo tempo mais humana — que existe.
Há exatamente um ano, vivemos a versão mais radical dessa experiência. Por um segundo, quarenta milhões de corações não apenas bateram em sintonia: simplesmente pararam de bater.
O tempo congelou. Por um segundo, a Terra ficou em silêncio.
Meu livro começa neste exato momento.
Dizem que a vida passa como um filme na nossa frente quando vivemos experiências extremas.
Quando a bola quicou, cada rubro-negro vivo viu o filme de uma vida.
Quando a gente fala de movimentos coletivos, jogar em conjunto, é sobre isso...
Tecnicamente falando, o Inter tem seis jogadores atrás da linha da bola, mas Marcos Paulo tem DUAS excelentes opções de passe para sair na cara do gol.
Mas você sabe como a jogada chegou até aqui?
Sete ou oito segundos antes, a jogada era essa: tiro de meta curto, Fluminense fazendo uma meia-pressão, o chutão sai, mas o domínio é ruim e a bola fica com o Fluminense.
Danilo Barcelos acelera o passe. Zé Gabriel, que deu o chutão, já está colado em Marcos Paulo, mas só agora Cuesta começa a correr para frente, tentando desesperadamente achatar o campo... Lá do outro lado, Uendel ainda não começou a reagrupar...
O FLA DE CENI - PARTE 1: As comparações com o Fortaleza
Rogério Ceni chega ao Flamengo com o respeito conquistado no seu bom trabalho no Fortaleza. Lá, ajudou a reestruturar o clube, chegou a mais de 150 jogos e se tornou ídolo.
O que essa passagem tem a nos dizer?
A primeira conclusão parece óbvia. Afinal, o grande problema do Flamengo hoje é defensivo e ninguém nega
Hoje o Flamengo pode ser resumido em uma palavra: erro.
Erro de escalação, de estratégia, de preparação mental, erro técnico, tático, até físico. Erro individual e erro coletivo.
Tudo, absolutamente tudo, foi errado. Parece que não aprendemos nenhuma lição nas últimas semanas.
É até fácil falar depois que deu errado. Mas mesmo voltando ao início, tentando entender o processo de decisão para chegar no jogo, nada faz sentido.
Domenec insistiu em uma escolha impopular: manteve Gustavo Henrique na zaga.
Dá pra dizer que ninguém mais faria isso, já que o zagueiro vem muito mal, errando tudo, falhou feio nos dois últimos jogos decisivos e psicologicamente parece não estar aguentando o rojão.
Sinceramente, não gosto desse "assunto do momento" nas transmissões. Acaba servindo apenas como megafone para a toxicidade das redes sociais. E nem é contínuo, algo sempre visível.
Alguém escolhe o momento de pinçar o assunto.
Acho que nunca vi nada positivo destacado ali.
Não acho que os "assuntos" sejam simplesmente inventados pelos jornalistas. Mas acho sim que ajudam a montar a narrativa do jogo e, normalmente, essa narrativa vem nascendo mais por sentimentos negativos do que qualquer outra coisa.
Me parece uma escolha pelo sensacionalismo
Além disso, a interpretação do "assunto" acaba sendo definida na cabine de transmissão. Se o goleiro toma um frango, o nome dele aparece nos "assuntos do momento". Não importa se, na verdade, a torcida estiver em peso o perdoando pelo erro — a impressão será de massacre coletivo.