Continuando nossa série #CorposDiversos, que contempla a diversidade da anatomia humana, vamos falar hoje do capuz do clitóris ou prepúcio clitoriano.
E também sobre a diferença da clitoropexia e mutilação genital feminina.
Um post para todas as pessoas com vulva/vagina.
O capuz do clitóris, ou prepúcio clitoriano, é uma prega de pele que envolve e protege a glande do clitóris. É basicamente o equivalente do prepúcio em pessoas com pênis.
E, assim como os lábios da vulva, os capuzes do clitóris vêm em todas as formas, tamanhos e cores. E isso é lindo.
Muitas pessoas temem que seu capuz não pareça "normal", mas realmente não existe “normal”. Existe natural.
A glande fica com todos os méritos quando se trata de prazer sexual, mas tem muito mais no clitóris do que apenas aquele botãozinho!
O clitóris contém mais de 15.000 terminações nervosas. O capuz existe para protegê-lo da estimulação excessiva e irritantes externos.
As glândulas também produzem um lubrificante que ajudam o capuz a se mover suavemente.
Ter um capuz maior ou mais grosso pode afetar a sensibilidade, mas se você retrai-lo manualmente ou experimentar diferentes posições pode ajudar nisso.
Às vezes, aplicar mais pressão sobre o capuz pode intensificar bastante o prazer. É onde se coloca o piercing também, mas não há evidências de que ele aumente o prazer sexual.
Para pessoas com vulva/vagina com mais tecido no clitóris, que às vezes pode gerar aumento de infecções por fungos, desconforto durante o sexo ou diminuição da sensibilidade sexual, existe a clitoropexia.
É um procedimento cirúrgico para reduzir o tamanho do capuz clitoriano removendo o excesso de tecido. O procedimento geralmente é realizado junto com uma labioplastia, o que reduz o tamanho dos lábios internos.
O tempo de recuperação varia de pessoa para pessoa. Pode haver sim dor e desconforto durante o tratamento.
Se você estiver interessade em uma clitoropexia ou outro procedimento vaginal, converse com seu médico.
A cirurgia estética genital, quando realizada por cirurgião plástico ou ginecologista competente e certificado, apresenta baixos índices de complicações.
A clitoropexia não deve ser confundida com mutilação genital feminina (MGF). MGF refere-se a todos os procedimentos que
envolvem a remoção parcial ou completa ou qualquer lesão dos órgãos genitais vulva e vagina . É reconhecida internacionalmente como uma violação dos direitos humanos de mulheres cis e demais pessoas com vulva.
Sempre importante reforçar que há forte pressão cultural sobre mulheres cis e demais pessoas com vagina sobre a aparência, a forma e o tamanho de seus genitais. Mais um espectro do machismo e misoginia.
A cirurgia estética genital deve visar ao conforto e prazer da própria pessoa, não uma simples conveniência estética para ‘agradar’ homens e seus caprichos machistas.
Obs: Atenção galera! Se vier de comentário misógino aqui será excluído sumariamente. Nós lutamos pra ser respeitados e então devemos fazer o mesmo. É o mínimo.
● Anal receptivo - 1 transmissão a cada 72 atos sexuais
● Anal insertivo - 1 a cada 900
● Relações pênis-vaginais receptivas - 1 a cada 1.250
● Relação peniana-vaginal insertiva - 1 a cada 2.500
● Sexo oral-peniano receptivo ou insertivo - 4 em 10 mil
Atos insertivos geralmente são das pessoas ‘ativas’ e receptivos das pessoas ‘passivas’.
Uma lesão ulcerada de sífilis pode aumentar a chance de transmissão de 10 a 15x, por exemplo. E presença de outras IST’s também.
Feridas na boca, sangramentos, carga viral elevada, também são de risco aumentado para sexo oral, que embora ninguém acredite, tem riscos sim. Baixos mas tem.
Na verdade eu não julgo, pois a descoberta da própria sexualidade ainda é um tabu para muitos, quando deveria ser encarada com paciência e naturalidade.
e quem ‘gosta’. Ou por quem sente tesão. E sofre com isso.
Estamos num sistema em que todas pessoas que não sejam heterossexuais ou cisgêneros são rechaçadas, e isso faz muita gente viver no ‘armário’ por muito tempo.
Conjunturas familiares, econômicas, políticas, raciais, até como uma forma de garantir a própria sobrevivência.
Já vi gente que recalcou tanto o próprio desejo que hoje em dia não sabe direito quem é mais. Ou de quem ‘gosta’. Ou por quem sente tesão. E sofre com isso.
No verdade, eu particularmente acredito na teoria de que ninguém é 100% gay ou 100% hétero. Pelo menos não o tempo todo.
‘Eu achava que sarna era coisa de gente desleixada.
E que HIV era coisa de gente promíscua.
E que tuberculose era coisa de gente pobre.’
Doenças infectocontagiosas acontecem com TODES.
São sociais.
E ser pobre, ‘promíscuo’ e desleixado não são problema. A desigualdade é.
O mais lindo da minha especialidade é exatamente isso: tudo pode acontecer. E com todes.
E tudo tem solução.
Vou perguntar onde você mora, com quem você mora, como você transa, pra onde você viaja, o que você come e o que você faz no tempo livre.
Vou te ver inserido no meio ambiente.
Viver neste planeta traz alguns riscos. A natureza não vai parar pra te dar licença.
Os ‘bichinhos’ estão aí desde muito antes de nós. Então as infecções infecto parasitárias existem.
Eu detesto pedir exames demais. Dosar coisas inúteis sem sentido.
Uma boa conversa e exame físico completo já dispensam exames.
Mas alguns são necessários.
E convênio vem encher meu saco porque solicito PCR para ISTs assintomáticas?
Melhorem. Democratizem o acesso.
Vocês sabiam que as #DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) agoram se chamam #ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) porque grande parte delas podem estar presentes apenas nos exames sem lesões aparentes? Sem corrimento, sem úlcera, sem verruga...
Sífilis latente, gonorreia orofaríngea, gonorreia anal e vaginal, clamídia, lesões iniciais de HPV e herpes. O próprio HIV!
Mas isso não quer dizer que não causam danos e não possam ser transmitidas! Já vi muita gente descobrindo infecção em estágio avançado ou
Iniciando a série #CorposDiversos, onde falaremos de variações de nossos corpos, que nos embelezam e não nos afastam, vou falar hoje sobre essas estruturas que geram tanta confusão entre as pessoas com pênis e admiradores. As glândulas de Tyson!
Elas são pequenas bolinhas ao redor da cabeça do pênis, região chamada de coroa da glande.
São responsáveis por produzir um líquido lubrificante que facilita a penetração durante o sexo e são, muitas vezes, imperceptíveis. No entanto, existem casos em que ficam mais visíveis,