Dados interessantes do @Eurosurveillanc indicando que uma proporção maior de casos de COVID-19 pela infecção por VOC (B.1.1.7: 11,0%; B.1.351: 19,3%, e P.1: 20,0%) foram admitidos em hospitais do que não-VOC
Tem alguns pontos importantes nessa análise, dá só uma olhada 👇
Foi caracterizado quais faixas etárias teriam um maior risco de hospitalização considerando cada variante, mas existem fatores que modificam isso, como o grau de exposição dessas faixas etárias, mobilidade... É um dado super relevante, mas temos que olhá-lo de forma + abrangente
Um ponto que me deixou preocupada: "No início, taxas de infecção mais altas em grupos mais jovens em idade escolar com infecções subsequentes em todas as faixas etárias foram observadas no Reino Unido"
Quando a transmissão está alta, todos expostos estão em maior risco
O que eu consigo tirar de conclusão é que temos no cenário variantes de preocupação que podem ter um aumento da transmissão, infectividade, escape das defesas imunológicas e não sabemos, para algumas, o impacto de agravamentos.
Pessoas que não fazem adoção de medidas de enfrentamento (no geral, ou fazendo de forma inadequada) estão em maior risco, inclusive para agravamento. Num cenário como este, mesmo pessoas sem comorbidades estão em risco alto se não aderirem a medidas de enfrentamento.
Vamos ser práticos, nos desnudando de possíveis viéses políticos ou quaisquer que sejam que não técnico- científicos: algumas questões sobre o imbróglio da @anvisa_oficial e @sputnikvaccine
1) Controle de qualidade:
- O Inst. Gamaleya mandou a documentação de vários lotes que foram inspecionados
- Na documentação acusava a presença de vetores adenovirais replicantes
- No artigo de fase 3, consta que os vetores são não-replicantes thelancet.com/journals/lance…
- Existe um limite tolerável de vetores adenovirais replicantes em uma amostra, pois eventualmente mesmo com todo o processo para torná-los deficientes de replicação, uma coisa e outra pode aparecer
🩸 Grupo sanguíneo NÃO afetam o risco de contrair COVID-19! Estudo da @JAMA_current traz dados mostrando que associações entre COVID-19 e grupos ABO não serão fatores úteis associados à suscetibilidade ou gravidade da doença em um nível individual ou populacional
No início da pandemia, alguns estudos levantaram a hipótese de que as pessoas com sangue do tipo 🅰️ eram mais suscetíveis à COVID, enquanto aquelas com sangue do tipo 🅾️ eram menos suscetíveis.
A decisão da @anvisa_oficial , ontem, sobre a Sputnik-V pegou muitas pessoas de surpresa. Questões relevantes foram apontadas, culminando com a não autorização de pedidos de importação emergencial da vacina.
Vou comentar brevemente alguns dos pontos pra ajudar na compreensão🧶
Vamos em partes. Podemos acompanhar o andamento das análises das vacinas em que pedidos de aprovação foram realizados aqui no Brasil: gov.br/anvisa/pt-br/a…
🕐Cronologicamente, a @anvisa_oficial tinha anteriormente enviado ao STF laudos internos da avaliação científica sobre os dados da Sputnik-V apontando algumas preocupações, em especial, a ausência de alguns dados www1.folha.uol.com.br/equilibrioesau…
@anvisa_oficial não autoriza a importação da vacina Sputnik-V. O @jasonptodd comenta alguns pontos relevantes durante a análise. Há diversas questões documentais, com a produção do vetor adenoviral e a não certificação de boas práticas de fabricação pelo laboratório.
Sempre foi uma questão a transparência nos dados. Muito comentamos isso durante a condução dos estudos clínicos e após a conclusão da fase 3. Se o imunizante não atende os requisitos da agência, seria uma falha na própria análise e certificação autoriza-lo, nesse momento
Vou escrever mais sobre isso a medida que vamos recolhendo mais dados sobre a situação. Espero também observar a manifestação do Inst. Gamaleya (quem produz a Sputnik-V)
Butantan localiza variante sueca do novo coronavírus em SP e confirma outro caso da sul-africana. Mais do que nunca, investir em ciência, seguir com a vigilância e aumentar as restrições e adesão das medidas de enfrentamento é imperativo
A variante emergente da África do Sul é a B.1.351. Sabemos que apresenta um conjunto de mutações, como a E484K, que podem estar relacionadas com um aumento do escape da resposta imunológica por pessoas recuperadas e por algumas vacinas*
*no caso de Vacinas, algumas testaram um dos componentes que forma resposta imunológica contra o agente infeccioso, a ação é quantidade dos anticorpos neutralizantes. Nesses estudos, observa-se um impacto significativo pela B.1.351, mas não temos dados da imunidade celular, p. ex
👥373.402 participantes de idade ≥16 anos contribuíram com 1.610.562 resultados a partir de amostras coletadas de nariz e garganta para RT-PCR entre 1 de dezembro de 2020 e 3 de abril de 2021.
🔍O principal objetivo aqui era investigar as probabilidades de novos casos de COVID-19 nessa população de UK.
👉A probabilidade foi reduzida em 65% naqueles com ≥21 dias desde a 1ª vacinação (sem segunda dose) vs. indivíduos não vacinados (sem evidência de infecção prévia)