Tal créditos é dado aos exploradores russos e britânicos no início do século XIX, mas um estudo recentemente publicado no ‘Royal Society of New Zealand’ sugere que os navegadores Maori chegaram à Antártida muito antes.
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Para esse projeto de pesquisa, cientistas da universidade de Otago, na Nova Zelândia estudaram histórias orais, literatura, e registros arqueológicos Maori.
Dentre elas, a façanha de um antigo explorador polinésio chamado ‘Hui Te Rangiora’, que teria descoberto o continente.
Hui Te Rangiora foi um chefe polinésio na ilha de Rarotonga (Ilhas Cook), localizada a 8.000 km do continente antártico, que poderia ser alcançado por navios à vela em viagens de longa distância rumo ao sul, usando as duas ilhas principais da Nova Zelândia como pontos de parada.
As histórias de sua viagem são específicas em detalhes, dizem que ele era capitão de um navio chamado ‘Te Ivi o Atea’ que partiu em uma viagem ao sul por volta do ano 650 EC.
Depois de algum tempo teriam encontrado uma área gelada do oceano que chamaram de ‘Te tai-uka-a-pia’.
Esse nome se traduz para “o oceano congelado que parece araruta”.
A araruta polinésia é uma planta que, quando trituradas ou raladas, criam um uma substância (fécula) branca e fofa, que se assemelha à neve.
O primeiro ocidental a catalogar extensivamente as tradições Maori foi Stephenson Percy Smith, um etnólogo Neo-Zelandês, e em um artigo no Journal of Polynesian Society, traduziu a seguinte descrição da região antártica relatadas na história de Hui Te Rangiora:
“Mares monstruosos (..) cujas mechas ondulam na água e na superfície do mar que mergulha em grandes profundidades. Um lugar nebuloso, enevoado e escuro, não visto pelo sol. Outras coisas são como rochas, cujos cumes perfuram os céus e estão completamente nuas e sem vegetação.”
Smith concluiu que essas descrições poderiam se referir as geleiras, comparadas como rochas estéreis para Hui Te Rangiora e seus companheiros.
Não há nada que sugira que desembarcaram seus navios na Antártida, mas é uma possibilidade intrigante dado a curiosidade que estariam.
A viagem de Hui Te Rangiora faz parte da história do povo Ngāti Rārua e aparecem em uma série de esculturas com referências aos oceanos do sul.
O grupo Ngāi Tahu, assim como outras comunidades indígenas na ilha sul da Nova Zelândia também guardam histórias em relação à viagem.
O projeto de pesquisa da universidade de Otago foi liderado pela bióloga conservacionista Priscilla Wehu.
Seu projeto foi elaborado para corrigir o registro histórico, que por muitas vezes excluiu narrativas de grupos indígenas e que podem ter contribuições significativas.
Além de relatar as façanhas de Hui Te Rangiora, os autores do estudo também contaram com as observações de outros exploradores, estudantes, e cientistas Maori que estiveram envolvidos em pesquisas e estudos na Antártida e de seu ambiente circundante.
“A conexão Maori e polinésia com a Antártida tem sido parte da história do continente desde o século VII, da tradicional viagem relatada até a participação em viagens e explorações em pesquisas científicas contemporâneas.”
Tal estudo vem sendo apresentado como algo novo, mas como os próprios autores apontam, desde o início do século XX tais relatos já foram apresentados aos ocidentais, mas, apenas agora o mundo acadêmico parece estar levando as verdades indígenas a sério.
O link para o artigo do estudo original pode ser encontrado aqui, caso queiram dar uma lida: tandfonline.com/doi/full/10.10…
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Os Chachapoyas floresceram por volta de 800 EC nas florestas nubladas da região conhecida como ‘Andes Amazônicos’, entre o nordeste dos andes peruanos e a alta bacia amazônica, e integrados ao império Inca no século XVI.
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O nome atribuído à essa cultura foi dado pelos Incas e provém do quéchua ‘sach’a phuya’, algo como ‘floresta nublada’, enfatizando a geografia e ambiente de seu território, localizado no triangular formado pela confluência dos rios Marañón e Utcubamba, até a bacia do rio Abiseo.
Tal território oferecia uma posição estratégica para mediar a interação cultural entre três grandes tradições arqueológicas da América do Sul:
Os Andes centrais, os setentrionais e a Amazônia ocidental, contribuindo para o desenvolvimento artístico, arquitetônico e iconográfico.
Mas tem uma informação que pode ajudar esse cara um pouco:
A pedra do sol (creio que o tweet se refira a ela) não representa um calendário, tão pouco um relógio, se ele deixar isso claro pro povo podem parar de azucrinar o coitado 😬😅
Apesar de ter iconografias de calendário e de eras solares da cosmologia Mexica (Asteca), existem outras possíveis funções mais coerentes: A de um ‘temalacatl’, uma plataforma cerimonial de sacrifício e combates ou um ‘cuauhxicalli’ para oferendas rituais.
No entanto, esses tipo de peças costumavam apresentar em seu centro aberturas circulares ou contavam com alças e/ou formato de tigela, respectivamente, o que sugerem que poderiam ter funções singulares e até mescladas entre elas.
A privação de oxigênio levou artistas em cavernas a estados alterados de consciência?
Uma equipe da Universidade de Tel Aviv publicou um novo artigo evidenciando que no paleolítico superior, entre 50.000 a 12.000, esse provavelmente foi o caso ao criarem arte.
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A equipe sugeriu que os artistas que eles estudaram, por toda a Europa, estavam em um estado alterado quando criaram suas artes porque o oxigênio reduzido em cavernas profundas teria causado hipóxia, privação de oxigênio, em seus cérebros, levando a um estado de euforia.
Ao usar o fogo para iluminar as cavernas, isso teria reduzido os níveis de oxigênio e levado a um estado de hipóxia, que libera dopamina e pode levar a ‘alucinações’ e ‘experiências fora do corpo’,” disse Ran Barkai, coautor e professor de arqueologia pré-histórica, à CNN.
Embora a maioria dos trompetes andinos apresentem a forma ou tenham sido feita com conchas de gastrópodes, em uma proporção menor, também foram reproduzidos trompetes de cerâmica reproduzindo a cabeça de felinos na extremidade superior.
🎺😺
Cada tipo de trompete estava relacionado a um contexto específico, cerimonial, bélico ou ritual, onde, além do sentido acústico do objeto, a atenção também se concentrava no conteúdo iconográfico ou simbólico, para que forma, função e som fossem entrelaçados.
Nesse caso, a cabeça do felino com as mandíbulas entreabertas ou abertas tinha um significado simbólico junto ao acústico, já que foi produzida para melhorar o som do ar que sairia das mandíbulas do animal, com o intuito de soar como um rugido.
Uma missão egípcia descobriu as ruínas da chamada "Cidade de Ouro Perdida", associada a grandes nomes da história egípcia antiga como Amenhotep III, Tutankhamun, Ay e Akhenaton e foi o "maior assentamento administrativo e industrial" na margem ocidental de Luxor (Tebas).
No passado, a cidade era uma metrópole industrial e real, mas sua localização exata era um mistério, até agora.
De acordo com Zahi Hawass, “Muitas missões estrangeiras procuraram por esta cidade e nunca a encontraram.”
A busca foi eficaz e as equipes egípcias anunciaram que descobriram que a cidade foi fundada pelo Faraó Amenhotep III, que reinou por volta de 1386/1391-1353 AEC.
O selo abaixo, por exemplo, ajudou a confirmar que a cidade estava ativa durante tal época.
Uma nova descoberta em Tikal revela que Teotihuacan pode ter tido um posto militar avançado na cidade Maia muito antes de possivelmente conquistá-la e reforça a ideia de que o império de Teotihuacan nasceu de uma aliança destruída.
A descoberta vem de um levantamento da região de Tikal com LIDAR.
Na parte sul da cidade, onde os mapas indicavam uma mera colina, o LIDAR revelou um pátio com uma pirâmide e notaram que seu layout parecia uma versão menor de uma estrutura em Teotihuacan conhecida como cidadela.
O arqueólogo Edwin Román Ramírez e sua equipe descobriram também armas, algumas feitas de obsidiana verde do México central, pedaços de queimadores de incenso usados em cerimônias religiosas e políticas, esculturas do deus da chuva e oferendas, todas no estilo de Teotihuacan.