Tinha me apegado ao icon com a bandeira LGBTQIA+, fiquei triste de trocar.
Para me animar, vamos falar do outro grupo neointegralista atuante no Rio que tem causado confusões recentes
Em 2018, bandeiras antifascistas colocadas pelo Movimento Estudantil em um dos campus da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) foram roubadas por um grupo neointegralista chamando "Comando de Insurgência Popular Nacionalista" (CIPN)
O grupo assumiu o ato através de um vídeo postado em redes sociais, onde colocavam fogo nas bandeiras e se apresentavam como parte da "Grande família integralista brasileira"
O mesmo grupo, com o mesmo modus operanti, também roubou e queimou em vídeo bandeiras antifascistas do Movimento Estudantil da Universidade Federal Fluminense (UFF)
O ataque a produtora da Porta dos Fundos também foi reivindicado pelo CIPN.
Mas espera, não tinha sida o antigo líder da Accale, Eduardo Fauzi, que tinha feito isso?
Então, Fauzi também demonstra bastante conhecimento sobre quem participou das ações da CIPN, como mostra esse print da matéria do Jornal Ponte (créditos no final do fio)
A relação entre a Accale, que é uma organização legalizada fundada na Câmara Municipal de Niterói com 3 políticos importantes do Rio de Janeiro, e o Comando de Insurgência Popular Nacionalista, que tentou explodir uma produtora, cabe as autoridades competentes investigarem.
Desde que Eduardo Fauzi deixou o país para fugir da prisão e foi, posteriormente, preso pela INTERPOL, o CIPN não realizou nenhuma outra ação pública.
Outra relação que pode talvez ser investigada por autoridades competentes é a relação entre o deputado Rodrigo Amorim e neointegralistas possivelmente violentos, já que ele estava na fundação da Accale. Lembra?
Amorim também foi visto utilizando a camisa com o lema integralista "Deus, Pátria e Família" , em uma de suas incursões para assediar indígenas na Aldeia Maraka'nã realizada, sem máscara, durante a pandemia.
Será que foi coincidência? 🧐
Finalizamos esse mês das galinhas verdes em grande estilo hein
Bora falar então dos seguidores de Evola contemporâneos e acabar com essa bad trip que é o Tradicionalismo
Os evolitas brasileiros contemporâneos pesquisados geralmente se aproximaram do pensamento do autor a partir de interesses no que chamam de “ocultismo”, com interesses que variam entre budismo, hinduísmo, maçonaria e outros “conhecimento milenares”, como chamam.
Eles compartilham da ideia do autor de que a “nossa era é uma era de decadência” e os pontos positivos de Evola, para eles, seria a retomada positiva de uma ortodoxia do budismo.
Então hoje vamos falar de um dos principais autores que a galera próxima do tradicionalismo gosta de ler: Julius Evola
Evola já apareceu aqui outras vezes, ele é bastante lido por diversos grupos de extrema direita, de integralistas a neonazistas revisionistas.
Julius Evola foi um autor e filósofo esotérico italiano do século XX, grande admirador de Mussolini e, ao mesmo tempo, crítico do regime fascista por este “não ser de direita o suficiente”
Então vamos pular já para as vestimentas.
Os coletes de couro são muito importantes para a subcultura dos Motoclubes 1%, é como uma segunda pele para quem veste, e não são transferíveis, eles devem ser "merecido", não comprado ou ganhado.
Vamos continuar o papo sobre Motoclubes 1% e sua ligação com a extrema direita
Hoje vamos falar de algo muito importante para manter a identidade coletiva esses grupos: seus ritos
Os rituais são de grande importância para motoclubes, sejam eles outlaw (1%) ou não. Os rituais de aceitação de um novo membro, chamado “batismo”, existem em quase todos os motoclubes, o que os diferencia são os atos praticados nesses rituais
Antes do batismo, porém, o ingressante passa por diversas etapas: checagem de histórico, apadrinhamento de algum membro antigo, período probatório e por fim é aceito.
Chegamos no final da longa explicação sobre integralistas.
Agora que a gente já sabe a história dos integralistas, seus ritos, símbolos e ideologia, vamos ver quais são os grupos neointegralistas atuantes hoje na região metropolitana do Rio de Janeiro e o que eles já aprontaram
Hoje vamos falar sobre a Accale, ou Associação Cívica e Cultural Arcy Lopes Estrella, fundada em 2017 no estado do Rio de Janeiro.
Se apresentam como “uma associação nacionalista, antimarxista e antiliberal” e em sua página de facebook exaltam figuras como Salgado e Barroso.
A Associação parece seguir a ideia de formar um movimento social para uma “nova consciência" nacional”, como proposto anteriormente, e se utiliza de uma forma de organização já conhecida por integralistas no passado, os Centros de Cultura da Juventude.