A "entrevista" se desenrolou em ritmo de conversa, sem grandes formalismos, mas como os entrevistadores eram muito qualificados e sabiam o assunto sobre o qual estavam falando (o que nem sempre acontece), o resultado foi muito bom. Parabéns @MarceloCerize pelas mudanças na Inv.
Não posso deixar de destacar a clareza e transparência de @marcelo_bacci , que respondeu a todas as perguntas, com dados, com sinceridade, e indo direto ao ponto do que realmente pode interessar ao investidor.
Feita toda essa rasgação de seda, alguns pontos da entrevista me chamaram muito atenção: 1) Suzano tem a possibilidade de reinvestir capital a altas margens de retorno por muitos e muitos anos; 2) O mercado de celulose é um mercado em crescimento constante;
3) o ritmo de crescimento do mercado de celulose tende a acelerar; 4) o pilar estratégico n. 1 de Suzano é permanecer relevante no mercado (ou seja, a maior); 5) O Projeto Cerrado (nova fábrica) terá a celulose com o menor custo caixa do mercado (repetindo o feito da última
última fábrica da Suzano); 6) Enquanto Suzano estiver expandindo capacidade, os concorrentes terão desafios ainda maiores para investir em novos projetos; 7) Estima-se que o custo da celulose dos produtores de mais alto custo gire em torno de US$ 500;
8) Embora a celulose possa ser negociada, por um tempo, abaixo desses 500 dólares, essa é a linha d'agua onde os produtores de mais alto custo começam a ter prejuízo e, caso os preços não subam, diminuam a produção, o que leva a diminuir a oferta e, após, à recuperação do preço;
9) O custo de produção de Suzano é muito abaixo desse patamar, próximo a US$ 200,00; 10) Poucos lugares no mundo possuem as características necessárias para uma planta fabril de larga escala e baixo custo, sendo necessária ampla área de terras, água, insolação, e logística;
11) O hedge de Suzano é feito para garantir, no mínimo, a geração de caixa em R$ suficiente para pagar todos os custos. Como a empresa gera receitas em dólares, mas tem a maior parte das despesas em Reais, ela se protege quanto a valorização do Real, e não o contrário;
12) A variação cambial "polui" o lucro líquido, não sendo a melhor métrica para avaliar o desempenho da empresa; 13) O que mostra o desempenho é o fluxo de caixa livre, e o 2tri2021 foi o melhor da série histórica nesse sentido; 14) O cenário de alta de juros, "favorece" a
estratégia de hedge da empresa, que consegue strikes mais altos nas suas opções; 15) Ela não é impactada pela recente alta do custo de frete, pois mantém contratos de longo prazo e estáveis, mas pode haver pequenos atrasos por conta da paralização dos portos;
16) A empresa acaba de lançar um projeto ambiental muito audacioso e inovador, com prazo de execução de 9 anos; 17) Suzano gera caixa e oxigênio (kkkkk)
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#MDIA3 enfrenta um cenário desafiador, e não é de hoje. A empresa que chegou a ser sinônimo de resultados estáveis e previsíveis, vem decepcionando em meio a volatilidade de seus resultados.
Houve queda acentuada no EBITDA: nas contas do BTG ele teria vindo 29% abaixo do mesmo período no ano passado, mas o Itaú afirma que teria sido ainda pior, caindo 35% no comparativo.
O certo é que as margens de #MDIA3 caíram, margem EBITDA está próxima a 7%.
Apesar de as receitas terem subido 5% ano a ano, empurradas por um aumento de 25% na média dos preços, os volumes caíram 16%, com destaque para massas e biscoitos. No entanto, a empresa está desalavancada, com solida geração de caixa livre, e com programa de recompra aprovado.
#GGPS3 - De acordo com a própria companhia, a GPS Participações e Empreendimentos S.A. é uma holding que, através de suas controladas, oferece soluções multisserviços a mais de 2700 clientes em todo o território nacional, em cobertura geográfica que corresponde a 98% do PIB BR
Possui atuação nos segmentos de prestação de serviços de higienização e limpeza (facilities); segurança patrimonial; logística indoor; prestação de serviços de segurança eletrônica, implantação, operação e manutenção predial; manutenção e serviços industriais; +
prestação de serviços de hotelaria marítima (em plataformas petrolíferas); prestação de serviços de cozinha e venda de refeições; prestação de serviços de manutenção de rodovias; tudo através de terceirização de mão de obra a seus clientes.
#RRRP3 anunciou a compra da parte da #PETR4 no campo de Papa-Terra, equivalente a 62,5%. Os outros 37,5% continuam sendo da Chevron, que atuará em parceria com a empresa.
Na verdade, quem comprou foi a sua subsidiária 3R Offshore, empresa da qual 3R tem 70%.
A aquisição muda a empresa de patamar, principalmente por ser sua estreia no offshore, e em águas profundas. É um campo maduro, mas desafiador. Novos riscos são incorporados à atividade, mas também novas possibilidades.
Meu amigo (censurado), que sabe tudo do setor, me disse que a 3R muda o patamar de parceiros (Chevron), podendo ser transformacional. Ele também lembrou que a plataforma P-61 é moderna e possui válvulas de controle de poços não submersas, o que facilita muito a manutenção.
Segundo relatório do Morgan Stanley, a revitalização de poços de petróleo maduros é um tema atrativo no Brasil. Com a decisão de #PETR4 em vender esses poços, uma nova classe de ativos toma força, criando uma “oportunidade de única na vida”. #RECV3#PRIO3#RRRP3#ENAT3
Qual a lógica? A exploração de petróleo no Brasil mudou completamente com a “descoberta” do Pré-sal. Com a decisão estratégica da Petrobrás de investir pesadamente no Pré-sal, os poços onshore (em terra) e alguns offshore (em mar), passaram a ser menos atrativos.
Para as MAJORS (grandes empresas de petróleo) não faz mais sentido manter a exploração de vários e pequenos poços de petróleo, sendo muito mais rentável concentrar suas operações no Pré-sal, vende-los a empresas menores.
#TOTS3 está negociando, neste momento, a R$ 36,61, 67x o lucro, 32x o EBITDA, com dividend yeld de 0,71%. Significa que o acionista levaria 67 anos para reaver o investimento com os lucros atuais. Está cara?
Desde logo, já afirmo que mantenho o papel em carteira desde o 3T2020. O que me fez comprá-la? Certamente não foi uma queda. Comprei a +/- R$ 28,00, sendo que meses antes o papel negociou abaixo de R$ 14,00.
TOTS3 parecia uma empresa de tecnologia que tinha dado errado. Após um pico de R$ 0,46 de lucro por ação em 2014, a empresa obteve lucros decrescentes: R$ 0,34 em 2015, R$ 0,26 em 2016, R$ 0,16 em 2019 e apenas R$ 0,10 de lucro por ação em 2018.
A Vale divulgou ontem que irá distribuir dividendos aos acionistas, no valor de R$ 2,17 (e mais várias casas decimais), dos quais R$ 0,71 correspondem aos resultados do 1T2021, e R$ 1,46 se refere a reservas de lucros constantes no balanço de dezembro de 2020.
Interessante notar que no 1T2021 a Vale teve um lucro por ação de US$ 1,08, o que, pelo câmbio de hoje, seria algo próximo a R$ 5,47 por ação. Distribuindo apenas R$ 0,71 referentes a esse resultado, a VALE está retendo R$ 4,76 dos lucros por ação, um payout de 13%.
Em abril de 2021, a VALE já havia efetuado o pagamento de dividendos no valor de R$ 4,26 por ação. Somados aos dividendos anunciados, teríamos o pagamento de dividendos totais de R$ 6,43 apenas no primeiro trimestre de 2021. Pelo valor da ação hoje, seria um yeld próximo a 5,91%