#MDIA3 enfrenta um cenário desafiador, e não é de hoje. A empresa que chegou a ser sinônimo de resultados estáveis e previsíveis, vem decepcionando em meio a volatilidade de seus resultados.
Houve queda acentuada no EBITDA: nas contas do BTG ele teria vindo 29% abaixo do mesmo período no ano passado, mas o Itaú afirma que teria sido ainda pior, caindo 35% no comparativo.
O certo é que as margens de #MDIA3 caíram, margem EBITDA está próxima a 7%.
Apesar de as receitas terem subido 5% ano a ano, empurradas por um aumento de 25% na média dos preços, os volumes caíram 16%, com destaque para massas e biscoitos. No entanto, a empresa está desalavancada, com solida geração de caixa livre, e com programa de recompra aprovado.
Segundo o Itaú, a queda no volume impactou a alavancagem operacional, reduzindo a margem líquida para 7%, impactada, também, pela depreciação do Real e da alta do trigo em dólares. Os custos unitários aumentaram 34% de ano a ano, e o repasse de preços teria impactado as vendas.
Por sua vez, o Bradesco tem preço alvo de R$ 40,00 para a ação, e destacou que a empresa apresentou EBITDA ajustado 20% acima do consenso para o 2T2021, reflexo da queda nas despesas de vendas e administrativas.
O Bradesco afirma que a ação negocia a um atrativo P/L projetado para 2022 de 11,6x enquanto a média seria de 17x, e que, conforme previsão do banco, deverá ser beneficiada com queda no preço da commodity (trigo) entre 2022 e 2024.
O cenário para #MDIA3 ainda deve ser desafiador no futuro próximo: o câmbio não parece dar folga, e as notícias são no sentido de que o trigo deve manter-se em alta.
No entanto, podemos estar em final de ciclo negativo para a empresa.
As coisas, boas ou ruins, não duram para sempre, e a empresa deverá encontrar, em algum momento, ventos mais favoráveis.
Os ciclos de commodities, especialmente agrícolas, dependem da oferta e demanda.
A alta do trigo ocasionará, em algum momento, que mais produtores ofereçam o produto no mercado, o que fará com que os preços caiam.
De outro lado, as dificuldades enfrentadas pela #MDIA3 também são enfrentadas pelas concorrentes, provavelmente com mais severidade.
#MDIA3 possui marcas muito fortes, ampla abrangência territorial, grande penetração nos mercados.
Talvez seja melhor ficar atento: comprar um final de ciclo ruim, ou o início de um ciclo bom é muito melhor do que comprar depois que o barco já tiver zarpado.
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A "entrevista" se desenrolou em ritmo de conversa, sem grandes formalismos, mas como os entrevistadores eram muito qualificados e sabiam o assunto sobre o qual estavam falando (o que nem sempre acontece), o resultado foi muito bom. Parabéns @MarceloCerize pelas mudanças na Inv.
Não posso deixar de destacar a clareza e transparência de @marcelo_bacci , que respondeu a todas as perguntas, com dados, com sinceridade, e indo direto ao ponto do que realmente pode interessar ao investidor.
#GGPS3 - De acordo com a própria companhia, a GPS Participações e Empreendimentos S.A. é uma holding que, através de suas controladas, oferece soluções multisserviços a mais de 2700 clientes em todo o território nacional, em cobertura geográfica que corresponde a 98% do PIB BR
Possui atuação nos segmentos de prestação de serviços de higienização e limpeza (facilities); segurança patrimonial; logística indoor; prestação de serviços de segurança eletrônica, implantação, operação e manutenção predial; manutenção e serviços industriais; +
prestação de serviços de hotelaria marítima (em plataformas petrolíferas); prestação de serviços de cozinha e venda de refeições; prestação de serviços de manutenção de rodovias; tudo através de terceirização de mão de obra a seus clientes.
#RRRP3 anunciou a compra da parte da #PETR4 no campo de Papa-Terra, equivalente a 62,5%. Os outros 37,5% continuam sendo da Chevron, que atuará em parceria com a empresa.
Na verdade, quem comprou foi a sua subsidiária 3R Offshore, empresa da qual 3R tem 70%.
A aquisição muda a empresa de patamar, principalmente por ser sua estreia no offshore, e em águas profundas. É um campo maduro, mas desafiador. Novos riscos são incorporados à atividade, mas também novas possibilidades.
Meu amigo (censurado), que sabe tudo do setor, me disse que a 3R muda o patamar de parceiros (Chevron), podendo ser transformacional. Ele também lembrou que a plataforma P-61 é moderna e possui válvulas de controle de poços não submersas, o que facilita muito a manutenção.
Segundo relatório do Morgan Stanley, a revitalização de poços de petróleo maduros é um tema atrativo no Brasil. Com a decisão de #PETR4 em vender esses poços, uma nova classe de ativos toma força, criando uma “oportunidade de única na vida”. #RECV3#PRIO3#RRRP3#ENAT3
Qual a lógica? A exploração de petróleo no Brasil mudou completamente com a “descoberta” do Pré-sal. Com a decisão estratégica da Petrobrás de investir pesadamente no Pré-sal, os poços onshore (em terra) e alguns offshore (em mar), passaram a ser menos atrativos.
Para as MAJORS (grandes empresas de petróleo) não faz mais sentido manter a exploração de vários e pequenos poços de petróleo, sendo muito mais rentável concentrar suas operações no Pré-sal, vende-los a empresas menores.
#TOTS3 está negociando, neste momento, a R$ 36,61, 67x o lucro, 32x o EBITDA, com dividend yeld de 0,71%. Significa que o acionista levaria 67 anos para reaver o investimento com os lucros atuais. Está cara?
Desde logo, já afirmo que mantenho o papel em carteira desde o 3T2020. O que me fez comprá-la? Certamente não foi uma queda. Comprei a +/- R$ 28,00, sendo que meses antes o papel negociou abaixo de R$ 14,00.
TOTS3 parecia uma empresa de tecnologia que tinha dado errado. Após um pico de R$ 0,46 de lucro por ação em 2014, a empresa obteve lucros decrescentes: R$ 0,34 em 2015, R$ 0,26 em 2016, R$ 0,16 em 2019 e apenas R$ 0,10 de lucro por ação em 2018.
A Vale divulgou ontem que irá distribuir dividendos aos acionistas, no valor de R$ 2,17 (e mais várias casas decimais), dos quais R$ 0,71 correspondem aos resultados do 1T2021, e R$ 1,46 se refere a reservas de lucros constantes no balanço de dezembro de 2020.
Interessante notar que no 1T2021 a Vale teve um lucro por ação de US$ 1,08, o que, pelo câmbio de hoje, seria algo próximo a R$ 5,47 por ação. Distribuindo apenas R$ 0,71 referentes a esse resultado, a VALE está retendo R$ 4,76 dos lucros por ação, um payout de 13%.
Em abril de 2021, a VALE já havia efetuado o pagamento de dividendos no valor de R$ 4,26 por ação. Somados aos dividendos anunciados, teríamos o pagamento de dividendos totais de R$ 6,43 apenas no primeiro trimestre de 2021. Pelo valor da ação hoje, seria um yeld próximo a 5,91%