Thread by @DoutorMaravilha

SUS passa a disponibilizar novo esquema de tratamento para tuberculose latente, com dose semanal em vez de diária e por 3 meses, em vez de 9. O rastreio é recomendado para toda pessoa vivendo com HIV.

Pela enfermeira @ marinamf

Em julho de 2021, o Ministério da Saúde publicou a Nota Informativa No 5/2021-CGDR/.DCCI/SVS/MS atualizando as recomendações do tratamento da infecção latente da tuberculose - ILTB. E agora em janeiro de 2022 foi divulgada a Nota

Informativa No 1/2022-CGDR/.DCCI/SVS/MS, que estabelece que esta alteração será o esquema preferencial para tratamento da ILTB aqui no Brasil.

Essas notas trouxeram um importante avanço no tratamento da ILTB, que até então era feito principalmente com o antibiótico Isoniazida,

que a pessoa em tratamento de ILTB precisava tomar todos os dias durante pelo menos 6 meses (às vezes poderia chegar a 9 meses de tratamento). De forma alternativa, poderia ser utilizado o antibiótico Rifampicina, e a pessoa tomava essa medicação todos os dias por 4 meses.

Com a atualização, foi permitido o uso do esquema chamado de 3HP, que é feito com dois antibióticos: a Isoniazida e a Rifapentina. No esquema 3HP, é feito uma dose semanal destes medicamentos durante 3 meses.
Isso poderá facilitar bastante a adesão ao tratamento,

especialmente para quem tem dificuldade de tomar medicação todos os dias, além de ser um tratamento mais curto.
No entanto, apesar de ser apenas uma dose por semana, é importante se atentar à dosagem recomendada, o que levará a pessoa (se adulto) a tomar entre 9 a 15 comprimidos

nesta dose semanal (a isoniazida está disponível em comprimidos de 100mg ou 300mg cada, e a rifapentina em comprimidos de 150mg cada – e a dosagem total recomendada para adultos é de 900mg de cada medicação).
Também é importante observar que para as PVHIV em uso de TARV

que contenha Dolutegravir e/ou Raltegravir, a dosagem de algumas dessas medicações tem que ser ajustada (aumentada) devido ao tratamento da ILTB.
Ainda destaco que cada município/estado tem uma organização diferente e, por isso, é importante conversar

com o SAE da sua cidade para saber se este tratamento já está disponível.

De qualquer forma, é importante comemorar mais este avanço científico no tratamento da ILTB e rastreio da tuberculose.
Viva o SUS!

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