10 fatos sobre sífilis, uma infecção cercada de mitos e já complexa por natureza, mas que todo mundo deveria conhecer melhor.
A grande enganadora. 👻
Compartilhe o fio e ajude pessoas que possam estar passando por isso.
Fatos sobre sífilis
1) Os casos estão aumentando. Mas isso vem de muito tempo. Não é ‘por causa da PrEP.’ No ano passado tivemos uma queda mas provavelmente foi pela gigante subnotificação e pela baixa testagem na pandemia.
2) Não precisa de ejaculação para transmitir. O contato com úlcera já é suficiente. Sexo oral transmite también e tem sido reconhecida como uma importante fonte de transmissão.
3) A taxa de transmissão é alta 30% nas primeiras semanas mas cai drasticamente após um ano.
4) A bactéria ‘Treponema pallidum’ não está resistente à penicilina. Continua bastante sensível. Mas existem cepas mais agressivas que causam neurosífilis com mais frequência, por exemplo.
5) Em qualquer fase, ela pode atingir o sistema nervoso causando neurossífilis, que
também tem tratamento.
6) O controle de cura é feito por pelo menos um ano, através de exames como o VDRL e RPR. Por isso é importante guardar todos exames e tentar fazê-los preferencialmente no mesmo laboratório.
7) A associação com o HIV é altíssima. Uma lesão de sífilis aumenta em mais de 10x a chance de transmissão do hiv.
8) A transmissão na gestação é muito fácil e tem se tornado um grande problema de saúde pública. Toda gestante deve se testar contra sífilis 2 a 3 vezes
em uma mesma gestação.
9) Não gera imunidade. Você pode ter quantas vezes se expuser.
‘A Unitaid, agência global de saúde ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS), vai financiar a implementação do projeto de implantação da Profilaxia Pré-exposição (PrEp) Injetável no Brasil, utilizando o Cabotegravir de ação prolongada.
Considerada a mais recente inovação para prevenção do HIV, a PrEP Injetável se mostrou mais eficaz que a PrEP oral diária na redução de risco de infecção pelo vírus com apenas seis injeções por ano (Estudo HPTN 083).
O ideal seria todes utilizarem preservativo no sexo oral, que pode sim transmitir HIV, hepatites e IST’s. Mas convenhamos: isso não acontece. Por isso, pensando no mundo real, juntei dicas importantes para diminuir os riscos dessa prática. Fiz com muito carinho. Compartilhe.
Sexo oral é sexo, não é preliminar. Portanto tem sim riscos para HIV e IST’s. O ideal seria todes utilizarmos preservativo. Mas como isso não acontece, seguem dicas pra diminuir os riscos:
1 - Teste-se regularmente para HIV, sífilis e hepatites.
No Brasil as testagens podem ser feitas pelo SUS nas UBS, SAE’e e CTA’s. A frequência vai variar de acordo com a frequência da sua exposição, mas pelo menos 1 a 2x por ano é indicado para pessoas com vida sexualmente ativa.
A pessoa utiliza PrEP pra se prevenir do HIV, mas acaba ganhando o hábito de se testar sempre,
de tratar tudo no início,
de tomar vacinas
e assim vai construindo uma linha de cuidado.
Acaba sendo a porta de entrada nos serviços de saúde e no SUS.
E tem gente que critica. 😅
Falar sobre.
Testar-se. Testar-se sempre.
Tratar.
Dialogar.
Avaliar riscos.
É muito mais que tomar comprimido.
Seja comprada na farmácia ou entregue no SUS, o principal da PrEP é o processo de educação em saúde.
SUS passa a disponibilizar tratamento mais eficiente para infecções fúngicas graves em pessoas com Aids: criptococose e mucormicose. Leia.
Nota informativa recente do Ministério da Saúde No 5/2022-CGDR/.DCCI/SVS/MS dispôs sobre a liberação de anfotericina B complexo lipídico e flucitosina para tratamento de neurocriptococose e mucormicose em pessoas com Aids.
Só infectologista sabe o quanto essas doenças são graves e o quanto sofremos nas enfermarias para tentar cuidar dos pacientes.
A fórmula convencional da anfotericina (desoxicolato) é bastante tóxica e muitas vezes ocasiona lesão renal grave devido ao tratamento
Pra quem quiser tem esse vídeo que fiz com o fofíssimo Pedro HMC para o @CanalPoenaRoda
A ‘chuca’ consiste na lavagem do reto antes da prática do sexo anal, muito popularizada entre a população LGBT. Mas muitos héteros também a fazem, pois afinal todes podem sentir prazer no ânus.
Geralmente as pessoas fazem isso pelo medo de se ‘sujar’ ou ‘sujar o parceiro’ durante o ato sexual, que pode gerar constrangimento ou algum desconforto. Mas quando se estuda a anatomia do trato digestivo, percebe-se que nem sempre a chuca é de fato necessária.
Pessoal, vocês estão conseguindo retirar lubrificante íntimo pelo SUS?
Seja UBS, SAE ou CTA.
O tubinho de gel na drogaria está mais de 30 reais, totalmente fora da realidade de muita gente.
Não adianta mostrar os malefícios do ‘cuspe’ se não fornecem alternativas democráticas.