Sobre a Roda-viva do Bolsonazi (ou qualquer outra entrevista dele),
ta aí a principal estratégia dele para qualquer resposta, dividida em etapas:
ta aí a principal estratégia dele para qualquer resposta, dividida em etapas:
(Adaptei desse vídeo [] da Vox sobre a ex-diretora de campanha do Trump e atual conselheira da Casa Branca. A estratégia é ridiculamente igual.)
1: Desviar a pergunta, caçando qualquer uma das palavras da pergunta oferecida como ingrediente para sua resposta. Dessa forma ele finge responder sem, de fato, responder o cerne da questão e aí muda pra um assunto mais fácil ou genérico.
2: Explorar a obrigação que o jornalista/entrevistador tem de ser educado e calmo, e "cansá-lo" com assuntos paralelos até que ele desista de continuar naquela pergunta.
3: Admitir que simplesmente não sabe algo, com uma falsa modéstia que pretende soar como uma honestidade para fugir de respostas objetivas. Com isso, ele mascara a ignorância ou cinismo como simples sinceridade.
4: Atirar fatos pra longe e tirar mentiras da bunda já que quase ninguém (principalmente desinteressados por história/política) está disposto a ir atrás e checar a veracidade das coisas hoje.
(esse o bonoalro adora fazer)
(esse o bonoalro adora fazer)
4.1: Isso inclui ressignificar suas palavras e transformar sua própria opinião através do tempo, sendo auxiliado por um esquecimento coletivo.
5: Agora uma que não tava no vídeo da Vox, mas que eu também percebi: dar ênfase ao mencionar números e datas (na maioria das vezes aleatórios e mentirosos), pra dar a impressão de que determinados fatos são verdadeiros.
Bônus: Agora uma que ele se perde total, num combo com os itens anteriores. Na mesma fala, inventa fatos, cita números aleatórios, muda de opinião, repete palavra da pergunta sem ir a lugar algum até a jornalista cansar. Isso imediatamente após admitir não saber nada de economia.
