Senado argentino acaba de votar projeto de legalização do aborto. Resultado:
38 votos contra
31 a favor
2 abstenções
Um novo projeto sobre a legalização do aborto só poderá ser apresentado no ano que vem.
38 votos contra
31 a favor
2 abstenções
Um novo projeto sobre a legalização do aborto só poderá ser apresentado no ano que vem.
Desta forma a Argentina permanece em sintonia com os países como a Nicarágua, El Salvador, Haiti, a República Dominicana, Haiti, Afeganistão e outros países do 3º Mundo onde o aborto é proibido.
Na região o aborto é permitido no Uruguai, na Guiana Francesa, nas Ilhas Malvinas e no Canadá, em sintonia com outros países do 1º Mundo, como a Suécia, Dinamarca, Holanda, Alemanha, Noruega, Finlândia e França.
O projeto dividiu os partidos da direita, de centro e da centro-esquerda. Houve divisões internas em cada um deles, gerando um cenário inédito de pessoas de direita votando da mesma forma que parlamentares de esquerda, a favor...e outros, de direita e esquerda votando contra.
Parte do governo Macri é a favor da legalização e parte contra. Os opositores peronistas também se dividiram.
A divisão foi até geográfica: as empobrecidas e conservadoras províncias do norte, de menor nível educativo, governadas por caudilhos, posicionaram-se contra.
E as províncias do centro e sul, mais ricas, com maior escolaridade, posicionaram-se a favor da legalização.
E as províncias do centro e sul, mais ricas, com maior escolaridade, posicionaram-se a favor da legalização.
Na Câmera de Deputados o peso proporcional de cada província pesou a favor da legalização...mas no Senado, onde cada província, grande ou pequena, tem o mesmo número de senadores, a oposição à legalização teve mais peso.
Para ilustrar: dos 38 votos contra a legalização, 23 são das províncias do norte.
Outro exemplo: Os senadores de La Rioja, que votarão contra, foram eleitos por apenas 270 mil eleitores...E na província de Buenos Aires, com quase 12 milhões de eleitores, os senadores são majoritariamente a favor da legalização.
Dentro da Igreja Católica, onde os setores estão tradicionalmente divididos por questões políticas, desta vez se uniram contra o aborto: a direita e a esquerda da Igreja Católica dispararam em conjunto fortes críticas contra o presidente Macri..
Padres da ala da direita do clero chamaram o presidente de “satânico” e pediram sua excomunhão...enquanto que a ala esquerda da Igreja alegou a teoria da conspiração de que o FMI estava por trás da legalização do aborto...
