Há dois enormes desafios:
1) Político (convencer as pessoas a abrirem mão dos privilégios atuais);
2) Financeiros (cobrir o rombo atual que está disfarçado).
Lá vai:
Além disso, como toda reforma é parcial, mesmo...
Por isso, a minha sugestão é reconhecer que esses privilégios e PAGAREM as pessoas proporcionalmente pelo que elas iriam abrir mão.
Uma coisa razoavelmente simples em finanças é converter um fluxo de pagamento em um valor total para um pagamento único. Por exemplo, quem recebe X por mês e tem uma expectativa de Y anos tem uma aposentadoria de valor total Z.
Com base nisso, em vez de discutir se a regra atual é justa, eu simplesmente calcularia toda a dívida implícita no sistema atual.
O passo seguinte seria pagar todo mundo...
Obviamente, algumas pessoas reclamariam: quem tivesse completado apenas 20% de uma carreira super-privilegiada ficaria chateada em receber apenas 1/5 do que receberia ao fim da carreira. Mas seria mais...
Logo, acredito que a grande maioria aceitará a mudança.
E esse é o momento onde eu coloco meu chapéu de economista-totalmente-amador e reconheço que estou trilhando um caminho arriscado.
No novo sistema, ele não teria mais fluxo negativo, o que...
Porém, isso seria uma vantagem para as contas públicas: como o sistema está deficitário, ele sairá...
Portanto, eis a proposta: o governo iria emitir um montão de novos títulos de dívidas que iriam...
Mas eis a "pegadinha": a dívida do governo iria estourar.
Porém, isso também é uma vantagem dessa reforma: o governo precisaria sentar e ter um "momento de verdade" -- ver o tamanho do buraco e eleger prioridades.
Eu proporia a seguinte combinação: com o fim das contribuições previdências, o sistema tributário ficaria mais level. Logo, é um bom momento para aumentar a progressividade do IR.
- A nova dívida trilionária não seria tão trilionária assim;
- Iria sobrar mais dinheiro no orçamento (por meio de cortes e progressividade) para pagar o serviço da nova dívida.
Além disso, a sociedade economizaria muito dinheiro com a máquina...
Seria como arrancar um band-aid: é melhor fazer de uma vez do que aos poucos.
Se um dia eu arranjar tempo, tentarei avançar nesse projeto.