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Tá circulando a ata do BMG sobre o patrocínio ao Corinthians, com um valor inferior ao dito por Luis Paulo Rosenberg – R$ 12 milhões em vez dos R$ 30 milhões que o vice citou como adiantamento. Há uma falha de comunicação aí, mas eu ainda não queimaria camisas com o logo laranja.
A real é que este é um patrocínio diferente de tudo o que já foi testado. Não dá para comparar com Crefisa, nem com Caixa, porque nenhum acordo teve uma remuneração variável de 50% sobre o lucro líquido de produtos financeiros. Por isso qualquer conclusão por ora é precipitada.
O Corinthians falhou ao anunciar um valor superior. Não há dúvida. Não adianta tentar acalmar ânimos da torcida com um numerão bonito para ser contrariado em seguida por um comunicado do banco. Melhor seria ter detalhado exatamente o patrocínio como ele é ou não falar em valores.
Entre comunicação mal feita e conclusão de que o patrocínio é ruim, porém, tem um longo caminho. O resultado depende inteiramente da adesão e do engajamento da torcida aos produtos do patrocinador. Consumiu? Rende. Senão fica nos R$ 12 milhões. É um modelo que precisa se provar.
Sabe que setor do mercado esportivo optou por esses moldes faz tempo? O de fornecimento de materiais esportivos. Hoje, exceto Corinthians e Flamengo, todos os grandes clubes têm suas remunerações condicionadas à venda de camisas. Com nada ou quase nada em mínimo garantido.
Não precisa entrar na onda do "vamos faturar R$ 150 milhões" – inacreditavelmente, este valor circulou esses dias no Twitter e na imprensa. Nem precisa detonar o patrocínio precipitadamente. Melhor entender o modelo e acompanhar de perto seus resultados. Vai com calma, torcedor.
