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Com a decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, de derrubar a sessão de ontem do Senado, que definiu por eleição com voto aberto, a candidatura de Renan Calheiros volta a ganhar força.
Com o clima de grande hostilidade no Senado, a eleição que está marcada para este sábado pode ter consequências problemáticas para o governo. Devido à atuação de Onyx Lorenzoni em favor de Davi Alcolumbre (DEM-AP), ele terá sua vida dificultada pelo grupo de Renan.
Por um lado, se Calheiros for vitorioso e se transformar no presidente do Senado, poderá inviabilizar a vida de Onyx no governo. Se Renan perder, fará oposição à gestão Bolsonaro. Os dois grupos, neste momento, partem para o tudo ou nada.
A sobrevivência política de Davi Alcolumbre e em parte do próprio Onyx dependem agora de conseguirem vencer a disputa no Senado.
Na decisão em que derrubou a sessão de sexta-feira do Senado, o presidente do STF, Dias Toffoli, diz que a alteração nas regras do regimento em sessão preparatória foi ato de "chapada inconstitucionalidade".
Toffoli disse ainda que, mesmo se a alteração no regimento acontecesse numa sessão deliberativa do Senado, que acontecem após a eleição da Mesa Diretora, seria preciso a unanimidade dos senadores. Algo que não aconteceu, uma vez que a votação foi 50 a 2.
Em sua decisão, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, disse ainda que Davi Alcolumbre (DEM-AP) e seu grupo operaram uma "verdadeira metamorfose casuística" ao alterar as regras de votação em sessão preparativa e sem a unanimidade dos votos.
Toffoli também criticou o fato de Davi Alcolumbre ser candidato à presidência do Senado e ter operado a alteração de regras para favorecê-lo na disputa.
O presidente do Supremo disse que Davi Alcolumbre e a manobra de seu grupo feriram os princípios republicanos da moralidade, impessoalidade e igualdade.
Senadores começam a chegar para sessão em que deve ser eleito o presidente da Casa. Adversários de Renan Calheiros estudam alternativas que vão passam pelo esvaziamento do plenário, anuncio pessoal dos votos no microfone e até mesmo descumprimento da decisão do STF.
Daqui a pouco começa a sessão no plenário do Senado,
Como hoje é sábado, há visita guiada no Congresso para a população que deseja conhecer o Parlamento. Se cenas como a de ontem se repetirem, visitantes assistirão ao vivo a novo espetáculo no Senado.
Painel do Senado já confirma a presença de 81 senadores na Casa. Sessão será iniciada agora.
Sessão é aberta com José Maranhão (MDB-PB), aliado de Renan Calheiros, no comando da Casa. Seu primeiro ato na presidência foi determinar a leitura da decisão do STF, que derrubou a decisão de ontem do plenário e determinou eleição com voto secreto.
Antes mesmo da leitura da decisão do STF, Randolfe Rodrigues e Selma Arruda pedem que voto seja em cédulas de papel, para que cada senador possa posar para foto com seu sufrágio. “Se não, não haverá transparência”, disse Selma.
Major Olímpio (PSL-SP) lamenta a decisão de Dias Toffoli sobre voto secreto no Senado.E cita fala do próprio Toffoli sobre juízes que, caso queiram interferir na política, deveriam se candidatar.Diz ainda que Toffoli se baseou em entrevista dada por Davi a Globo News para decisão
Major Olímpio ainda mandou recado para Toffoli dizendo que o “tribunal dos aviões” também chegará no Judiciário, numa alusão à eventos em que passageiros se manifestam contra autoridades públicas em aeronaves e não raro gravam vídeos de ataques com impropérios.
Candidatos inscritos na disputa pela presidência do Senado: Esperidião Amim (PP-SC), Collor (PROS-AL), Regguffe (Sem partido - DF), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Major Olímpio (PSL-SP), Álvaro Dias (PODE-PR), Ângelo Coronel (PSD-BA) e Renan Calheiros (MDB-AL).
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) diz que a decisão de hoje não é do Supremo, mas só de seu presidente numa liminar da madrugada... Não defendeu, no entanto, seu descumprimento.
Randolfe volta a defender o voto em cédula de papel para que os senadores possam posar para selfies com seus votos. É uma forma de pressão para poder identificar quem vai votar em Renan. No caso, quem não quiser mostrar seu voto, em tese, estaria com Renan.
Kajuru diz que veio ao Senado com seu médico e diz que, se votação não for por cédula de papel ele terá um enfarto. Maranhão diz que a questão já está resolvida e que votação será em cédula de papel.
Kajuru trouxe discurso e já adianta: se preparem... diz que seu coração clama rebeldia contra a decisão do STF. Mas diz que não ajudará a estacionar jipe soldado e cabo no STF.
Kajuru diz que foi eleito para andar pelas ruas de cabeça erguida, que Deus tirou parte de sua visão (consequência da diabetes), mas ganhou seis ouvidos.
Diz que pretende anular seu voto para a presidência do Senado. Fala em meninos que dormem nas ruas sem esperança, mas que o filho do Brasil, Kajuru, não trairá seu país, e cantarola trecho de uma música do Balão Mágico: Depende de nós
Simone Tebet (MDB-MG) diz que Senado precisa fazer pedido público de desculpas à sociedade e quer que, fora das regras da sessão de eleição, senadores possam usar livremente o microfone para discursos. Pelas regras, hoje, só falam os candidatos.
Simone diz que, se senadores não puderem usar o microfone, será candidata avulsa à presidência do Senado...
Mesa do Senado informa que Simone Tebet é candidata à presidência da Casa.
Fazendo as pazes no Senado: Kátia Abreu entrega um buquê de flores para Davi Alcolumbre depois de ter, ontem, afanado a pasta com documentos usados para presidir a sessão do Senado.
Fala nesse momento o senador Fernando Collor (PROS-AL). Faz a defesa de sua candidatura à presidência do Senado. Seus colegas, no entanto, não estão dando muita atenção ao discurso...
Regguffe faz a defesa de sua candidatura para a presidência do Senado. Sua plataforma é corte de gastos. Reduzir salários, aposentadorias, planos de saúde, verba para gastos com assessores...
José Maranhão diz que senadores não vão poder tirar selfies com seus votos, somente falar como estão votando.
Ângelo Coronel (PSD-BA) faz uma espécie de cordel em seu discurso de candidato, citando cada Estado e seus senadores...
Simone Tebet (MDB-MS) fala agora. Diz que viu diversas vezes o regimento ser descumpridor por acordos entre os senadores. Por isso, o certo seria valer o voto aberto. Disse ainda que Davi Alcolumbre não podia ter presidido à sessão de ontem sendo ao mesmo tempo candidato.
Esses discursos dos candidatos ao Senado são uma mera formalidade. Nenhum voto é conquistado nos discursos. Jogo já está jogado, cada senador já sabe em quem vai votar. Mas, seguindo o protocolo, fala agora Álvaro Dias.
Há uma jogada aqui. Para poder usar o microfone e fazer discurso, tem senador que se inscreveu como candidato e diz que na verdade mesmo não vai ser candidato. Álvaro Dias está nessa categoria.
Ninguém presta atenção nos discursos dos candidatos ou pseudocandidatos. Álvaro Dias se irritou e perguntou se os colegas estavam fazendo alguma coisa mais interessante pois ninguém estava prestando atenção nele.
Ao fim do discurso de candidato, Alvaro Dias diz que não é... candidato. Fala que retirou sua candidatura. Disse que não quer ser acusado de dividir os votos da oposição e dar a vitória a Renan Calheiros. Teve quem brincou ironizando em voz baixa: “e dá para dividir 1 voto?”.
Major Olímpio (PSL-SP) diz que o Senado deveria desconhecer a decisão do presidente do Supremo e fazer votação aberta para a presidência do comando da Casa.
Agora Major Olímpio ameaça os ministros do STF com o impeachment. Pergunta se não há motivos para arrancar do STF alguns dos magistrados de lá. Fala que Senado não pode ter complexo de vira-lata e que a dignidade da Casa foi violada.
Major Olímpio ainda acusa o presidente do @STF_oficial de já estar com decisão pronta para derrubar a sessão de ontem antes mesmo de ter recebido o pedido que questionava a reunião...
Pronto, mais um. Falou, falou e falou como candidato e no fim anunciou que... não é candidato. Foi o Major Olímpio (PSL-SP) dessa vez.
Davi Alcolumbre (DEM-AP) faz agora seu discurso. Diz que tem candidatos (falando de Renan) que quer ser presidente do Senado “para escapar da Justiça dos homens”.
Davi Alcolumbre pede que Simone Tebet retire sua candidatura à presidência do Senado. Simone fala um ok e retira sua candidatura. Ela também declarou que vai votar em Alcolumbre.
Esperidião Amim fala que ontem teve esperteza, malandragem, sentença pré-datada, enfim, faz diversas críticas à sessão do Senado e decisão do STF. Critica ainda os dois grupos, de Renan e Davi. Fala que é preciso uma terceira via.
Esperidião Amim vai citar Davi Alcolumbre e fala “Levi”. Se desculpa falando que eram todos da mesma tribo, um guardião e o outro para ir matar Golias. Brincadeiras sobre David e Golias, inclusive, têm sido corriqueiras nos corredores do Senado.
Renan Calheiros fala agora e diz que nunca imaginou que seria indicado pelo seu partido, pela quinta vez, para disputar a presidência do Senado. “Numa planejei, nunca postulei, nunca coloquei como projeto pessoal”.
Renan diz que Onyx Lorenzoni foi quem vazou que Bolsonaro ligou para ele. “Será que quem fez isso tem dimensão institucional para construir correlação no Senado que favoreça a aprovação de reformas?”
Renan defende agora reforma profunda da previdência. Diz que a reforma precisa combater privilégios e aproximar setor público do privado.
Renan promete fazer a reforma da Previdência e “todas as outras reformas”. Diz que o Brasil não cabe mais em seu PIB.
No fim de seu discurso, Renan diz que tudo é volátil, que os ventos mudam. E que nos “ventos novos” a sociedade que reformar tudo o que puder ser reformado. É sua forma de explicar a transição recente que fez do lulismo para o bolsonarismo.
Ele também criticou Davi Alcolumbre. Disse que ele foi autoritário na sessão em que se aprovou o voto aberto. “Já não era Davi, era Golias”
Renan: “Serei liberal em tudo o que significar soltar as rédeas do Brasil”. “Mas serei muito conservador a tudo que diga respeito a qualquer retrocesso a nossas garantias e direitos constitucionais”.
Renan diz que criará secretaria no Senado para assuntos constitucionais. Ela fará triagem entre frutos podres e saudáveis da árvore democrática para poder barrar, de ofício, projetos inconstitucionais. Diz que pediu ao STF que indique um nome para o cargo.
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