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A Reforma da Previdência não é uma reforma evidentemente popular (muito embora seja a reforma mais necessária para o país). Tentar bater de frente com o Congresso supondo que o “apoio popular” vai ser suficiente acaba supondo, de barato, que a população vai abraçar o Governo +
A intensa campanha do Governo em favor da Reforma - tanto com Temer, como agora - mostra que há um trabalho de convencimento que ainda precisa ser feito — justamente pq é preciso garantir que a população aprove, ao menos em parte, a Reforma.
Basear toda sua estratégia para aprovação da Reforma numa suposta “nova política” parece revelar, nesse caso, uma confusão entre população e militante. A bolha da internet pode até estar muito ativa nos seus tuitaços. Resta saber se a população fora das redes vai fazer o mesmo.
As demonstrações de "força” e “apoio popular” da “ala anti-establishment do Governo” (sic) sempre se basearam em mobilizações de militantes na internet. Mas eles não são e nem representam o grosso da população, ainda mais para discutir uma reforma que afeta a vida de todos.
A estratégia de parte do Governo, ao que parece, é tentar vender a imagem de que essas reações da internet representam, realmente, as reações da população em geral. É um jogo e, em alguma medida, um ilusionismo. Resta saber se será suficiente.
