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1 - Paulo Guedes já deu a real. A redistribuição dos recursos do Petróleo é o gesto de confiança com os prefeitos e governadores em troca de apoio ao projeto de reforma do estado, que inclui, nesta ordem, Reforma da Previdência, Tributária e do Pacto Federativo.
2 - A primeira retira o sufoco das máquinas falidas, devolvendo ao Estado brasileiro a capacidade de investir, a segunda prepara um ambiente competitivo, livre e pronto para o desenvolvimento, a segunda desce esses ganhos para estados e municípios e descentraliza competências.
3 - É um pacote consistente com a própria disposição anunciada do Presidente de não ficar no poder por muitos anos. Se for implementado, leva o afluxo de energia da política despertada pelas redes sociais no andar de baixo. É nele que a nova direita precisa começar a investir.
4 - E isso não tem a ver só com cobrar dos deputados que aprovem as reformas - por que, afinal, nenhum movimento não publicou a a lista dos deputados do Centrão que estão fazendo chicana na CCJ, para começar o corpo a corpo? - Tem a ver com municipalizar a ação política.
5 - Tem espaço para todo mundo. Cada cidade brasileira poderia ter pelo menos um cara com a capacidade de comunicação voltado para politização e mobilização local, apresentando a realidade como ela é para os brasileiros. Existe uma agenda inteira que não desceu ainda para o povo.
6 - Significa gravar vídeos debatendo porque o imposto indireto mata, o problema da segurança, a irresponsabilidade com a infraestrutura da cidade, o excesso de regulação urbana para o comércio, a quantidade excessiva de taxas, a doutrinação nas escolas, o aborto etc.
7 - E isso não é só porque é na cidade onde as pessoas vivem. Mas porque, se o projeto de reformas der certo, vai ser na cidade, no estado, onde estarão os recursos. E isso significa deixá-los de lucro para os mesmos caciques de sempre, no âmbito municipal e estadual. Não dá.
8 - O momento de levar política para o povo nunca foi tão propício, mas não dá para reclamar de barriga para cima. Eu sou escritor, analista, estudioso. O meu papel é alertar, mostrar caminhos. Mas será que não sobrou ninguém mais na nova direita fora do Parlamento?
9 - Precisa de uma câmera de celular razoável, um microfone de lapela, um grupo político de tamanho restrito, algum estudo estratégico, boa vontade e disposição. A maior parte das redes de contato que possibilitarão isso já foram formadas durante a campanha. Precisa só começar.
10 - Será que vai ficar todo mundo esperando até 2020 para surfar numa eventual popularidade do PR, quando os recursos já estiverem à disposição do cacicado? Bolsonaro vai matar a nova direita por deslumbramento? Isso não precisa esperar sucesso ou fracasso do projeto. Acordem!
