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1/ O PCP aceitaria q a CGTP paralisasse o país em prol das reivindicações d 600 pessoas? Não. É um partido, depende d votos, está no circuito institucional. Tb n paralisaria cirurgias e duvido q levasse tão longe a paralisação dos portos. A retórica é mais inflamada q o processo.
2/ A este carácter institucional da CGTP/PCP junta-se outro lado da partidarização do sindicato: a sua ação é menos forte com este governo apoiado pelo PCP. Há muita retórica e mtos pré-avisos de greve, mas é sobretudo foguetório (a excepção serão talvez os professores).
3/ Num cenário pós crise e com esta percepção de partidarização do sindicalismo a ser mais clara, abre-se o mercado a mais protagonistas: são os sindicatos independentes. Motoristas, enfermeiros, estivadores (este mais antigo), professores, etc.
4/ Alguns destes sindicatos são mais duros no protesto do q a CGTP. Respondem só perante os associados e querem resultados. Os seus líderes - ambiciosos - querem tb protagonismo. A sua acção sindical sai fora da caixa institucional e partidária q tem monopolizado o sindicalismo
5/ A CGTP ainda é a força dominante, mas a sua influência está a diluir-se (a da UGT é residual e fabricada institucionalmente). É uma consequência indirecta da crise. Está para provar se os novos sindicatos conseguem consistentemente melhores resultados p/os associados.
6/ Pq n estão automaticamente inscritos no circuito mediático/político, como a CGTP e a UGT, estes sindicatos são subvalorizados pela política e pelos media. O caso dos combustíveis é disso exemplo. Essa desvalorização é um erro (q tenderá a passar com a experiência).
7/ Este thread completa o artigo publicado hoje no @JNegocios / FIM jornaldenegocios.pt/opiniao/coluni…ão_grupo2
