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General Severiano - Reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo

Após homenagens ao falecido ex-presidente do Conselho Deliberativo, o time de vôlei do Botafogo é chamado e recebe os aplausos de todos, enquanto alguém (não ficou claro quem é) discursa sobre a trajetória da equipe.

Casa está bem cheia hoje. Fato raro nas reuniões do Conselho Deliberativo.

Time de vôlei é homenageado

O ex-presidente CEP reclama do item 2 que trata das eleições para os membros da Mesa do Conselho. Segundo ele, não foi democrático o processo que já trouxe os nomes dos candidatos na convocação.

(continua)

O presidente em exercício do Conselho, Luiz Fernando Carneiro, lamenta a atitude do ex-presidente e diz que só houve uma chapa inscrita no período adequado.

Neste momento, homenagem póstuma ao ex-goleiro Adalberto, campeão de 1957, e também a Jorge Aurélio, que era o presidente do CD, e a Aloísio Freitas.

O grande benemérito Aderaldo Vieira Chaves, 2º Vice-Presidente do CD, fez emocionado discurso em homenagem a Jorge Aurélio. Agora, fala em sua homenagem o VP Comercial Ricardo Rotenberg.

CEP fala em homenagem a Jorge Aurélio Domingues.

Luiz Felipe Carneiro, presidente em exercício do CD e responsável pelo Centro de Memórias do Botafogo, falou sobre o ex-goleiro Adalberto, campeão no lendário time de 1957. O benemérito José Victor também fala sobre Adalberto.

A votação das demonstrações contábeis de 2018 e o item g da pauta.

O resultado da votação para a Mesa Diretora do CD foi lido. A composição da Mesa se dará como descrito no item B, com Edson Alves Júnior como novo presidente do Conselho Deliberativo. Edson Alves foi bastante aplaudido. CEP era contra a eleição de Edson.

Edson Alves retoma a presidência da sessão. Homóloga os nomes dos itens c, d e e, que são o novo integrante da Junta de Julgamento e Recursos, o VP de Comunicação e o VP de Administração. Ver os nomes na pauta.

No item f, a concessão de títulos honorários. Os ex-goleiro Jefferson e o ex-camisa 8 Mendonça foram aprovados, com apenas três votos contrários cada. Arnaldinho, do basquete, foi aprovado como sócio emérito. Ver item f.

Chegamos ao item g, Balanço 2018. CEP diz que por problemas de saúde na família precisa se retirar mais cedo, mas deixa consignado o seu voto favorável.

Luiz Felipe Novis, VP de Finanças, começa a sua apresentação sobre os números referentes a 2018.

Está meio ruim de enxergar a apresentação de Novis. Mas alguns números são interessantes. O clube assume em 2018 um déficit de 17,3 milhões de reais.

Clube social e esportes olímpicos (incluindo remo) tiveram arrecadação líquida de R$ 17,8 milhões e despesas de R$ 37,2 milhões.

Lembram do orçamento prevendo arrecadar R$ 12 milhões com sócio torcedor? O realizado foi de R$ 5,4 milhões.

“A área financeira trabalha com dinheiro velho, trata do passado. Nossa preocupação é renegociar dívidas, fazer operações de crédito dando recebíveis como garantia. Quem tem que trazer dinheiro novo é o comercial.” Novis complementa se dizendo otimista com o VP Comercial.

O Botafogo dependeu em 2018 de sucessivos empréstimos, visto que CEP já havia gasto as antecipações de receita da Globo. Note a evolução de empréstimos de 2017 para 2018.

O conselheiro Júnior Ferraz pergunta sobre a queda de receitas em clube social de R$ 54,6 milhões para R$ 12,5 milhões. Novis explica que os valores de 2017 estão influenciadas pela questão da Odebrecht.

Explicando. Em 31/12/2017 o Botafogo deveria ter registrado R$ 43 milhões em dívidas com a Odebrecht no seu passivo. O clube entrou com ação para anular o empréstimo, alegando que havia vício, e entendeu como sendo causa de provável vitória.

A partir dessa afirmação do Jurídico de que a causa provavelmente seria ganha, CEP tirou os R$ 43 milhões do passivo e os jogou como “receitas diversas” em “clube social”. Isso inflou as receitas de clube social e o próprio superávit do Botafogo em 2017.

Novis considera a estratégia do Dr. Walmer Machado “genial” e confia no sucesso do contencioso jurídico. Em vez de tentar acordo, o Botafogo busca anular o empréstimo e ainda ser indenizado por isso.

Fala agora o VP Jurídico Domingos Fleury. Ele considera o contrato atípico, visto que a Odebrecht não é instituição financeira. A diretoria do Botafogo associa o empréstimo a uma compensação pelo fechamento do estádio na Nilton Santos.

Fleury explica que o clube entrou com um recurso chamado de “exceção de pré-executividade” para obter a nulidade. O Botafogo já perdeu em primeira instância, em decisão de uma juíza, e no TJ, por maioria, onde o tribunal entendeu que seria necessário haver prova da simulação.

O Botafogo entrará com embargo de execução, onde terá de mostrar provas da simulação. O embargo será apreciado pela mesma juíza de 1ª instância e depois pelos desembargadores. A questão é como provar que o empréstimo foi simulado, visto que o dinheiro entrou e existe contrato.

Eis a decisão em segunda instância:

O conselheiro fiscal Carlos Eduardo Godinho questiona uma ressalva apresentada pela auditoria BDO e que não foi apresentada aos conselheiros. Novis rebate de forma agressiva e admite que o parecer da BDO constante do Balanço era provisório, não definitivo, e não contém a ressalva

Marcelo Murad, diretor financeiro, explica que esses atrasos em relatórios são normais. O relatório definitivo só foi encaminhado na tarde de hoje pela BDO ao financeiro, e do financeiro ao Conselho Fiscal.

Godinho volta a destacar que jamais foi dito a ele, como conselheiro fiscal, que o relatório da auditoria era provisório, não definitivo. O Conselho Fiscal e o Conselho Deliberativo estão aprovando um balanço sem um relatório definitivo da auditoria externa.

O VP Financeiro minimiza o caso e diz que o parecer do CF independe do relatório da auditoria externa. E que depois pode rever quando chegar o relatório final. Novis respondeu de forma agressiva negando que a Diretoria esteja omitindo informações dos conselheiros.

Novis também diz que a ressalva da BDO não impactaria em nada o parecer do CF.

Ricardo Wagner, ex-presidente do Mais Botafogo e atual presidente do Conselho Fiscal, diz que não mudaria o parecer do CF e que, se necessário, poderia convocar outra reunião do órgão. Diz que o CF recebe todos os documentos necessários.

Ricardo Wagner, um dos mais fervorosos militantes do Mais Botafogo, sobe o tom e ataca o conselheiro Júnior, que perguntou antes sobre a questão da dívida Odebrecht colocada como receita em 2017.

Junior Ferraz retoma a fala sobre o fato da dívida com a Odebrecht ter se convertido em receitas diversas do clube social. E diz que a pergunta não é política como afirmara Ricardo Wagner.

José Victor lê o parecer do CF. O único conselheiro fiscal a votar contra foi Carlos Eduardo Godinho.

O conselheiro André Barros diz que devem ser mais discutidas propostas e soluções. Defende a profissionalização do clube, defende a parceria com os irmãos Moreira Salles, como a já existente no CT, e diz que ninguém no clube discorda da chegada dos irmãos.

André Barros também defende uma proposta de sócio torcedor a 50 reais para aumentar a base de associados e arrecadar mais com este programa. Acredita em sucesso do programa porque a torcida do Botafogo é nacional.

O Balanço 2018 é colocado em votação. Carlos Eduardo Godinho vota contra. No total, são dois votos contrários e três abstenções. Balanço 2018 aprovado.

Presidente Nelson Mufarrej destaca que não houve antecipação em 2028 e que em 2019 houve a mudança na forma de pagamento da Globo. A nova divisão de cota muda o fluxo de pagamentos, mais concentrados no segundo semestre.

Mufarrej admite atrasos de salários do mês passado de jogadores e funcionários. Mas que estão buscando receitas.

Pessoal, aprovado o Balanço 2018, estamos indo embora. Não ficaremos para Assuntos Gerais. Valeu.