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@MiriamFAndre @ElvoFerreira @AbrahamWeint

Quando se debate o que deve ser lecionado aos nossos alunos, a partir de uma nova concepção de currículo, a variedade é imensa.

Na discussão em torno do assunto, a imaginação é o limite.
Chegamos ao absurdo de ler propostas de cortar episódios como a Inconfidência Mineira, Brasil Império e a revolução Farroupilha, sob o pretexto de que não contém elementos indígenas ou afrodescendentes em número expressivo.
Querem reescrever a nossa história, como se isso fosse possível.
Alguns professores defenderam a tese de que devemos abandonar os estudos das nossas matrizes eurocêntricas, o que atingiria a língua portuguesa, a sua literatura, e também a história do Brasil.
Como abrir mão de tanta riqueza cultural?
A briga pelo aperfeiçoamento da educação brasileira não se limita mais a meia dúzia de abnegados. Hoje, há o generalizado convencimento de que é preciso mudar – e para melhor.
Os discursos não são originais e esperar por milagres improváveis é deixar o sistema caminhar para um nó inexorável.

Quem ganharia com isso?
Os conhecimentos de leitura e interpretação não passam de precários.
Como pretender alunos críticos, reflexivos e investigativos, se lhes falta o essencial, que é o domínio da língua portuguesa?
Ao mesmo tempo em que isso ocorre especialista em educação apontam erros mais frequentes anotados nas provas do Enem:
1. Falta de adequada ordenação de ideias, o que prova não ter o aluno o hábito de escrever;
2. Falta coerência e coesão nos textos;
3. Inadequação ao tema proposto (por falta de familiaridade com o tema indicado, o aluno foge para outro mais confortável);
4. Dificuldade em estruturação de parágrafos;
5. Erros de concordância nos tempos verbais, fragmentação da frase, separando sujeito do predicado por vírgula, utilização equivocada de verbos e pronomes, o que em alguns casos leva até a prejudicar a compreensão do texto.
Se isso é verdade no texto das redações, é fácil imaginar o que ocorre quando o indivíduo se expressa verbalmente, em que as agressões ao vernáculo doem em nossos ouvidos.
Se os alunos têm dificuldades de escrever e expor com clareza suas ideias é porque sua cota de informação e leitura é mínima, para não dizer inexistente.
A educação brasileira vive um tempo curioso, para não dizer exótico.
As novidades se sucedem - e o ensino está cada vez pior. Além disso, há o desprezo pelas regras gramaticais e ortográficas, como se houvesse um desejo recôndito de prestigiar a ignorância
O assunto é muito rico, instigante, e ainda será objeto de muita discussão pelas “autoridades educacionais” do país.
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