,
7 tweets,
2 min read
Read on Twitter
Se acha que a economia tá ruim, senta que vem mais drama. Vale muito ler esse estudo do @iedi, divulgado nesta semana, com base nos balanços anuais de 318 empresas brasileiras com ações negociadas na bolsa (exceto bancos). Alguns destaques no fio. iedi.org.br/cartas/carta_i…
O endividamento dessas corporações (excluídas Vale, Petrobras e Eletrobras) aumentou R$ 105 bilhões (9,5% a mais que em 2017), chegando a bizarros R$ 1,5 trilhão. E isso apesar de o lucro líquido delas também ter aumentado razoavelmente (R$ 28 bi a mais que em 2017).
Beleza. Em tese, o aumento da dívida com os bancos poderia ter representado um aumento de investimento das empresas em máquinas, em produção etc. Mas não foi isso que aconteceu.
O nível de ativos imobilizados (máquinas, equipamentos etc) nos balanços das empresas caiu. Mais que isso, a taxa de investimento atingiu, no ano passado, o segundo menor nível desde 2005.
E aí vem o círculo vicioso, que está bem difícil de quebrar, como mostrou a @lauraabcarvalho hoje. Diz o IEDI: “O alto grau de endividamento de muitas empresas impede que novas dívidas sejam contraídas em volume suficiente para fazer frente a grandes projetos de investimento".
Logo, “vai se consolidando o quadro de alto endividamento com baixa lucratividade e, assim, baixo investimento".
Importante: não se trata de uma amostra qualquer. É um conjunto de 318 empresas, com faturamento líquido delas no ano passado representando mais de 28% do PIB brasileiro. E o que puxa isso tudo pra baixo é a indústria, que não consegue mais se mexer.
